*Diana
26 de Junho de 1995 - 15h40 P.M
Sérgio estaciona em frente a minha casa e Bento, Júlio e Aninha descem do carro de forma desesperada e entram em casa. Sorrio ao ver alguns familiares na garagem, os pais de todos os meninos estavam ali, assim como alguns vizinhos também.
- Finalmente, pensei que iria ter que buscar vocês. - Cláudia resmunga ao passar pelo portão e se aproximar, ela dá um selinho em Sérgio e me olha. - Você está linda. - ela sorri. - Mas o vestido está todo torto, não se olhou no espelho não? - ela pergunta e puxa algumas parte do vestido, arrumando o mesmo. Seu sorriso se desfaz ao ver a minha expressão. - Não se olhou no espelho, Diana?
- Não tive coragem. - respondo e ela suspira.
- Vamos entrar antes que suas tias infartem. - Sérgio fala segurando a mão de Cláudia e me dando um empurrãozinho.
Passo pelo portão e minhas tias correm em minha direção, o mesmo de sempre.
"Como você cresceu?"
"Está linda."
"Está a cara da sua mãe."
Entre outras frases que elas faziam questão de dizer toda vez que me viam e após longos minutos finalmente consegui entrar em casa. Minha mãe estava conversando com a tia Helena e a tia Carol, ela sorri ao me ver e se levanta.
- Feliz aniversário, meu amor. - ela me abraça. - Que Deus siga te abençoando, eu amo você.
- Obrigada, mãe. - retribuo o abraço. - Também amo você.
Cumprimento a mãe dos meninos e o restante dos convidados, eu estava conversando com a irmã de Júlio quando minha mãe me chama.
- Filha, poderia ir buscar a caixa de fotos? Quero mostrar algumas para a dona Helena, a caixa está no seu guarda-roupa.
- Claro, eu já volto. - olho ao redor e não vejo nenhum dos meninos, apenas Cláudia. - Clau? Sabe dos meninos?
- Eles sumiram. - ela dá de ombros e me segue até o quarto, abro a porta do mesmo e antes de entrar me viro para ela.
- O Sam ainda não chegou, será que aconteceu alguma coisa? - pergunto e ela me encara impaciente.
- Não aconteceu nada não, vai pegar o que sua mãe pediu logo. - ela me empurra para dentro do quarto.
- Porra, você e o Sérgio tiraram o dia para ficar me empurrando. - resmungo. - Acende a luz, como vou achar a caixa na bagunça que é o guarda-roupa do Din... - ela acende a luz e eu sinto meu coração acelerar ao ver a cena.
Samuel estava no meio do quarto e com as mãos atrás das costas, minha cama estava cheia de pétalas de rosas, assim como o chão e na parede diversas fotos nossas, desde quando éramos crianças até a mais recente, todos nós no shopping.
- Meu Deus, eu tinha tanta coisa para dizer. - ele fala nervoso. - Eu tinha feito um discurso e agora... Sumiu tudo.
- Meu Deus, Sam. - sinto meus olhos marejarem e ele sorri.
- Eu não sei se vou conseguir demonstrar o quanto eu te amo e o quão importante você é em minha vida. Eu sou apaixonado por você desde sempre, Diana. - ele respira fundo. - Eu me apaixonei por aquela garotinha que chegou em casa e roubou o meu sorvete, me apaixonei pela garota que jogava vídeo game comigo todas as tardes, pela menina que sempre apoiou um dos meus maiores sonhos e nunca saiu do meu lado ou do lado dos nossos amigos, eu me apaixonei pela garota da boate. - ele fala e eu dou risada, sinto as lágrimas começarem a escorrer por meu rosto e tento em vão limpar as mesmas. - Eu amo seu sorriso, amo o seu corpo, seu cabelo, amo quando você está brava e fica com um bico do tamanho do mundo, como se fosse criança. Amo sua risada escandalosa e a animação que você tem ao contar uma piada de humor duvidoso, eu amo seus olhos e o brilho que eles transmitem toda vez que você está feliz... Eu poderia ficar aqui horas falando sobre cada partezinha sua a qual eu sou apaixonado e ainda sim não seria o suficiente. A verdade é que eu sou completamente louco e apaixonado por você e eu não sei se consigo viver sem ter você na minha vida. - ele tira as mãos das costas e eu levo as mãos até o rosto ao ver o que tinha em suas mãos. - Você quer namorar comigo, Diana?
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Fiksi RemajaO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...