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*AVISO IMPORTANTE NO FINAL*

*AVISO: GATILHO*

*Narrador

*Duas semanas depois

02 de agosto de 1995 - 14h40 P.M

*Rio de Janeiro*

Samuel puxa a cadeira para Diana se sentar e logo se senta ao seu lado, eles estavam em um viagem para conhecer a gravadora no Rio de Janeiro. Após passarem o dia com os empresários e o João, decidiram ir almoçar em um restaurante do lado da gravadora.

- Eu estou morrendo de fome. - Bento fala passando a mão na barriga.

- Você sempre está com fome, japonês. - Sérgio fala rindo.

- Eu vou ao banheiro. - Diana avisa e dá um selinho no namorado, ela se levanta e segue até o banheiro.

- Vamos continuar fingindo que não está acontecendo nada? - Júlio pergunta sem paciência.

- Do que está falando, Júlio? - Valéria pergunta confusa e Dinho a abraça.

- Não está acontecendo nada, Júlio. - Dinho fala e Júlio o encara irritado.

- Não? A Diana não fala, não come, não interage de forma normal com a gente já tem duas semanas! - ele fala e Simone o encara assustada, nunca tinha visto o namorado tão nervoso. - Nós já passamos por isso antes e vocês sabem disso.

- É diferente, Júlio. - Dinho fala e Júlio força uma risada. - Não vamos mais passar por isso, a Diana não passa mais por isso.

- É diferente mesmo ou você que não quer enxergar, Dinho? - ele pergunta e Dinho desvia o olhar. - Vocês sabem que eu estou certo, a garota mal fala, ela não come... Notaram que ela emagreceu? Claro que notaram, os olhos estão fundos.

- Não, Júlio. - Cláudia fala chamando a atenção do amigo. - Você não está certo e para de ficar relembrando o passado, sabe que esse é um assunto delicado.

- Tão delicado quanto o fato de você estar ignorando sua melhor amiga a três semanas? É delicado mesmo. - Bento resmunga e Aninha aperta sua mão por debaixo da mesa.

Sérgio fuzila Bento com o olhar e quando vai falar algo, Cláudia o interrompe.

- Eu tenho os meus motivos e eu não devo satisfações para você, Alberto. - seu tom de voz incisivo incomodou o japonês que apesar de querer revidar, permaneceu em silêncio.

- O que você está fazendo é cruel, Cláudia. - Samuel fala chamando a atenção da cunhada. - Não sei quais são os seus motivos, mas tenho certeza que não são o suficiente para justificar o que você está fazendo.

- Samuel! - Sérgio repreende o irmão, mas Samuel estava com aquilo intalado na garganta a dias e não conseguia mais se segurar.

- Sam, eu... - ela começa, mas o cunhado a interrompe.

- Uma hora ela cansa de correr atrás de você, a Diana é boazinha, mas não é de ferro. - ele fala e se vira ao ver a namorada se aproximando.

- Vocês precisam ouvir isso. - João fala se aproximando logo atrás de Diana e com um rádio em mãos.

Antes que qualquer um retruque ele coloca o rádio no centro da mesa e aumenta o volume, todos presentes arregalam os olhos ao ouvir Vira-vira tocando.

- Isso é sério? - Dinho pergunta e João assente, com um sorriso orgulhoso no rosto.

- É mais do que sério, crianças.

Apesar do clima tenso que tinha se formado a pouco tempo, logo foi dissipado por uma mistura de emoção e felicidade. Depois de tanto tempo lutando, depois de tanta garra e persistência, eles sabiam que tinham vencido.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora