*92*

831 88 87
                                    

*Capítulo com gatilho*

*Narrador

João se aproxima do grupo e respira fundo, todos estavam em uma sala reservada, tensos e esperando por notícias de Diana.

- Ela ainda não acordou, os pais estão no quarto e o Dinho foi buscar um café para eles. - ele fala ao ter o olhar de todos sobre o mesmo. - Diogo foi encaminhado para a delegacia e eu estou indo para abrir um boletim de ocorrência, sobre a agressão não podemos o acusar já que Diana esta inconsciente e não temos provas ou testemunhas.

- O quê? - Samuel se levanta e Sérgio se levanta também, receoso com a reação do irmão. - Foi ele que fez isso com ela, eu sei disso e todo mundo sabe.

- Não temos provas, Samuel! - João insiste e o mais novo nega e força um risada.

- Então é isso? Ele vai sair impune?

- Não, o Diogo estava desviando dinheiro para a conta de Diana e a usando como laranja, vou fazer o boletim de ocorrência contra isso. - ele explica e Bento suspira.

- Não vai prejudicar ela? Já que o dinheiro estava indo para a conta dela? - ele pergunta e João nega.

- Eu conversei com a Diana ontem sobre isso e ela não sabia de nada, também temos como provar que ele era o responsável pelas transações financeiras e eu tenho certeza que ao puxarmos o extrato bancário, os gastos vão ser direcionados a ele. - João responde e Bento assente. - Precisamos dos documentos da Diana para abrir a ficha aqui no hospital e um policial está disposto a acompanhar alguém até o apartamento do Diogo para pegar os mesmos.

- Eu vou. - Samuel fala e Sérgio o encara.

- Sam, é melhor eu ou o Bento. - Júlio fala e ele nega.

- Eu não posso ficar aqui, eu preciso sair e esfriar a cabeça. - Samuel fala e os amigos suspiram.

João se despede do grupo e segue com Samuel até a saída do hospital, alguns paparazzis estavam presentes e jornalistas tentavam se aproximar, mas os seguranças do hospital os impediam.

- Se precisar de alguma coisa me liga.  - João fala e Samuel assente, ele entra em silêncio na viatura e observa as ruas enquanto o policial dirigia.

Não demora muito para chegarem em frente ao prédio de Diogo, ao entrarem o porteiro não esperou ser questionado e já foi dizendo o número e o andar do apartamento. Eles sobem as escadas e Samuel para ao ver uma senhora limpando o sangue que estava no chão, o rapaz respira fundo e volta a subir as escadas.

O policial abre a porta com a chave reserva que o porteiro tinha lhe entregado e dá espaço para Samuel entrar.

- Vou ficar aqui na porta, qualquer coisa me chama. - ele avisa e Samuel assente.

A casa estava uma bagunça e havia latinhas de cerveja e garrafas de bebida vazias, a mesma estava rachada e com alguns papéis sobre a mesma, no chão tinha uma mancha de sangue já seca e várias folhas jogadas. Samuel recolhe uma por uma e sente o coração acelerar ao reconhecer a letra de Diana.

"É meu segundo dia aqui e eu já não aguento mais, sei que devo ter irritado vocês ao vir da praia direto para a casa do Diogo, mas ele me obrigou. Espero ter a chance de um dia poder explicar tudo para vocês."

Ele coloca a folha sobre a mesa e lê outra.

"Sam, eu sinto sua falta todos os dias, hoje especificamente eu só queria ouvir sua risada e quem sabe assim conseguiria distrair a minha mente. Contando com hoje já são dez dias que eu não vejo vocês, dez dias que eu não sei o que é dormir direito, pois não tenho seus braços ao meu redor ou o meu Sansão."

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora