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*Narrador

Quem encontra Diana é Sérgio. Ele apenas a envolve em um abraço apertado e a pega no colo, voltando até o quarto. Ao entrar os únicos que estavam presentes no quarto eram Dinho e a doutora.

- Menina, não faz assim. - ela fala quando Sérgio coloca Diana na cama. - Você pode machucar seu braço desse jeito. - Duda suspira frustrada e começa a fazer o curativo no local do acesso. - Vai ficar roxo.

Dinho se aproxima e fica ao lado de Sérgio, ambos estavam ao lado esquerdo de Diana.

- Eu quero ir embora. - ela pede e Dinho suspira.

- Eu sei. - ele fala segurando a mão da irmã e acariciando a mesma.

- Eu não a encontrei, procurei por todo lugar e... - Samuel fala desesperado ao entrar no quarto. - Porra, Di! - ele suspira frustrado e vai em direção a namorada, segurando seu rosto e selando seus lábios. - Não faz isso, você me deixou preocupado.

- Me perdoa.

- Esta tudo bem. - ele fala e beija a testa da mesma.

- Eu posso falar com vocês? - a doutora pergunta olhando para os três e eles assentem, mas Samuel logo nega e se senta ao lado de Diana.

- Vão vocês, eu vou ficar com ela. - ele avisa e o irmão e o cunhado assentem, saindo do quarto com a doutora.

- Eu sinto muito, Sam. - ela fala e ele suspira. - Eu não queria estragar essa viagem, eu juro que não queria.

- Você não tem culpa de não estar bem, Diana e eu quero que a viagem se foda, eu só quero que você melhore. - ele fala de forma séria e acaricia o rosto da mesma. - Eu que peço desculpas, deveria saber que você não estava bem... Na verdade, eu preciso te contar uma coisa e... - ela o interrompe.

- Não, não precisa. - ela fala e ele a encara confuso. - Eu só quero ir pra casa e ficar com você. - ela força um sorriso e ele assente.

Samuel estranha a escolha de Diana, ela estava insistindo tanto para saber o que tinha acontecido e agora simplesmente não queria mais saber. Já Diana por outro lado orava para que ele não tocasse mais no assunto, dessa forma ela conseguiria evitar contar o que aconteceu com Diogo.

Samuel conhecia Diana como a palma de sua mão e sabia quando a garota estava omitindo alguma coisa, ao ver que ela estava quase cochilando, ele se levanta e apaga a luz. Ela vai para o lado, se encolhendo na cama e batendo na mesma para que ele se deitasse com ela.

Sam acata o pedido da namorada, tira os tênis e sobe na cama, deitando ao seu lado e puxando a mesma para deitar em seu peito.

- Você sabe que eu sempre vou estar aqui com você, não sabe? - ele pergunta e ela assente.

- Eu tenho certeza disso. - ela responde e ele deixa um beijo em sua testa. Agora com a garota em seus braços, seu coração estava mais tranquilo e ele finalmente conseguiu descansar, mesmo com aquele sentimento de culpa no fundo do peito.

*Três dias depois

Os meninos tinham finalizado o disco e a alegria estava lá em cima, o grupo de amigos ganhou o último dia de folga para aproveitar a cidade e estavam andando pela calçada da fama.

Diana não teve mais febre desde o dia em que saiu do hospital e aos poucos voltava ao normal, Diogo havia voltado para o Brasil no dia seguinte mentindo que tinha problemas pessoais para resolver. Isso fez com que a garota ficasse mais tranquila sem a sua presença e prometesse para si mesma que não iria estragar a viagem mais importante da vida dos amigos e do irmão.

- Olha, um cachorrinho. - ela fala ao ver um Golden em uma coleira que estava amarrada em um hidrante ao lado de uma cabine telefone, onde uma mulher estava.

- Que bonitinho. - Samuel se agacha ao lado do cachorro e acaricia o mesmo.

- Seu primo, Samuel. - Bento fala e leva um tapa de Aninha.

- Impossível, o nariz do cachorro é minúsculo e o do Samuel é gigante. - Júlio fala rindo.

- Será que é treinado? - Simone pergunta ao se abaixar e acariciar o cachorro.

- Deixa eu ver... Dá a patinha. - Sérgio fala e se inclina estendendo a mão para o cachorro, que apenas o encara.

- Você é burro, Sérgio? Ele só entende em inglês. - Samuel fala e estende a mão para o cachorro. - Give me the little duck. (Me dê a patinha.)

- Puta que pariu. - Júlio bate na testa e Valéria da risada. - Vocês me surpreendem a cada dia mais.

- O quê? Tá errado? - Samuel pergunta.

- Duck é o animal, animal. - Júlio fala. - O certo é "Give me your paw". (Me dê a sua pata.)

- Pau? Que isso, Júlio. - Samuel se levanta.

- A gente no maior respeito falando com o animalzinho e você falando de pau. - Dinho fala e Júlio revira os olhos.

- É, um animal cachorro e quatro animais humanos. - ele fala e Bento o encara incrédulo.

- Mas eu nem fiz nada. - o japonês fala levantando as mãos em rendição.

- Mas pensou que eu sei. - Júlio resmunga e segura a mão de Simone. - Vamos voltar pro hotel?

- Não, ainda não encontramos o pateta da Diana. - Samuel fala e Diana nega.

- Amor, não precisa. - ela fala e ele a abraça.

- Não saio daqui sem um pateta pra você. - ele fala e Diana sorri.

- Outro? - Dinho pergunta confuso.

- Que outro? - Samuel pergunta.

- Ela já tem você de pateta, pra que mais um? - ele pergunta e sai correndo enquanto puxa Valéria.

- Por que eu sempre tenho que fugir com você? - ela pergunta incrédula e eles dão risada.

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Capítulo ruinzinho só para não deixar vocês sem capítulos.

Capítulo escrito: 11.03.2024

Capítulo postado: 11.03.2024

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora