*Narrador
Segunda-feira - 12 de Julho de 1995.
Diana sorri ao acordar e sentir o cheiro do namorado, ela se aninha em seus braços e deita sua cabeça em seu peito.
- Bom dia. - sua voz rouca chama a sua atenção.
- Bom dia, amor. - ela sente ele acariciando seu rosto.
- Você está bem? - ele pergunta e antes que ela consiga responder, a mesma levanta correndo e segue em direção ao banheiro que tinha no quarto, ela se agacha em frente a privada e vomita. A mesma escuta passos e logo sente seu cabelo sendo levantado, Samuel acaricia as costas da namorada e suspira. - Vem, eu te ajudo. - ele a levanta quando ela termina e fecha a tampa da privada, dando descarga.
- Eu nunca mais vou beber. - ela resmunga enquanto ele a ajudava a entrar no box.
Samuel permanece em silêncio, ele ajuda a namorada a tomar banho e toma um banho rápido também. Ambos saem do banheiro e ela se senta na cama ainda enrolada na toalha.
- Vai vomitar novamente? - ele pergunta preocupado ao ver ela encarar um ponto fixo no chão, ela nega e suspira.
- Eu nunca fiquei assim antes, minha cabeça está explodindo. - ela reclama, ele pega sua mochila e tira da mesma uma calça jeans, uma camiseta do São Paulo e uma boxer. O mesmo veste e segue até Diana, ele se ajoelha em sua frente e segura suas mãos.
- O que aconteceu ontem, Diana? - ele pergunta e ela o encara confusa.
- Como assim o que aconteceu ontem? - ela pergunta e Samuel suspira ao ver confusão em seu olhar.
- Você não lembra?
- Amor, você está me assustando. - ela aperta as mãos dele. - O que eu fiz? Eu fiz merda? Eu briguei com alguém? Meu Deus, eu briguei com o Dinho? Por isso ele estava aqui? - ela pergunta tudo de uma vez e ele nega.
- Você não fez nada, só bebeu demais. - ele responde e força um sorriso. - Consegue se trocar sozinha? Vou ir preparar alguma coisa pra você comer.
- Consigo, pode ir lá. - Diana observa o namorado sair do quarto, ela se levanta da cama e segue até sua mochila, pega um vestido azul escuro e veste o mesmo. A mesma se sente zonza e se deita novamente, esperando a tontura passar.
- Pitchula? - Dinho a chama ao abrir a porta. - Você está bem?
- Estou. - ela se levanta e força um sorriso. - Estou com dor de cabeça e tontura, mas vou melhorar.
- Quer comer alguma coisa? - ele pergunta e ela segue até o mesmo.
- O Sam foi preparar alguma coisa pra gente comer. - ela responde e ele a abraça, um abraço apertado e daqueles que ele só dá quando está preocupado. Ela retribui o abraço e quando finalmente se soltam, encara confusa o irmão. - O que foi isso?
- Eu amo você, Di. - ele fala de forma séria, preocupando a mesma. - Você sabe disso, não sabe?
- Eu tenho certeza, Dinho. - ela sorri para o irmão. - Agora vamos comer antes que os esfomeados acordem e comam primeiro.
...
Diana e Valéria estavam sentindo o clima estranho entre os amigos, mas não sabiam dizer o que era.
Dinho conversou com os colegas e decidiu não contar sobre o que houve na noite anterior para nenhuma das duas, pelo menos não até eles descobrirem o que aconteceu.
Mas Diana estava estranhando aquela preocupação por parte dos amigos, Dinho, Sérgio e Samuel estavam à tratando como se ela fosse de vidro e Cláudia e Júlio estavam afastados, mal trocavam olhares com ela.
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Novela JuvenilO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...