*46*

1.5K 126 265
                                    

*Samuel

Cláudia fala algo para Diana e a mesma me encara com uma feição triste, Luíza não parava de falar e quando eu vou chamar Diana, ela já tinha subido a rua com Sérgio e Cláudia.

- Aí, Sam. - a garota a minha frente suspira. - Eu estava com tanta saudades.

- Eu imagino. - forço um sorriso. - Foi bom te ver, mas eu preciso ir agora porque os meninos estão me esperando.

- Espera, todos os meninos? Alberto, Dinho e Júlio? - ela pergunta animada e eu me xingo mentalmente. - Eu vou com você, mas só para cumprimentar os meninos, não quero atrapalhar vocês.

Forço um sorriso para a mesma e ela entrelaça seu braço no meu quando começo a subir a rua, me afasto da mesma e ela me encara e sorri sem graça. Assim que chegamos em casa, eu abro o portão e ela entra.

Fecho o portão e entro na sala, a mesma já estava lá.

- MENINOS! - ela grita animada e Cláudia me encara com raiva. - Que saudade de vocês. - ela abraça um por um e quase passa por cima da Aninha para abraçar Bento.

- Eai, Luíza. - Bento fala sem graça e volta a abraçar a Aninha quando a loira se afasta.

Aninha não esconde o descontentamento com a atitude de Luíza e se vira para Bento com um olhar que fez o japonês estremecer.

- Quem é essa? - Aninha pergunta encarando Luíza de cima a baixo.

- Sou Luíza, ex do Sam. - ela sorri e eu respiro fundo.

- Onde está a Diana? - pergunto e Dinho me encara de braços cruzados.

- Foi para a cozinha assim que você chegou. - ele responde levemente irritado e eu assinto e sigo para a cozinha.

Diana estava colocando os frios em um prato quando me aproximei da mesma e a abracei por trás. Ela apoia as mãos na mesa e quando beijo seu pescoço ela se afasta, me fazendo suspirar.

- Quer ajuda? - ofereço e ela nega em silêncio, observo a mesma pegar o saco com pão de queijo e despejar em um refratário. - Amor... - ela me interrompe.

- O que a Luíza está fazendo aqui? - ela pergunta e me encara, a ponta do nariz e a boca vermelha denunciavam que a mesma estava se segurando para não chorar.

- Ela insistiu para vir ver os meninos.

- Entendi.

- Está brava comigo? - pergunto e ela nega.

- Por que eu estaria brava com você? - ela pergunta e eu coço a nuca nervoso, vendo ela esmurrar os pães de queijo dentro do refratário para caber tudo. - Quer a verdade? Estou com ciúmes.

- Eu sei e você sabe que não precisa sentir ciúmes. - dou a volta na mesa e me aproximo dela a puxando pela cintura, ela suspira e apoia as mãos em meu peito. - Eu só amo você.

- Eu sei. - ela fala e morde o lábio receosa. - Eu só... Desculpa, acordei meio ruim hoje e descontei em você.

- O que você tem? - pergunto preocupado.

- Não é nada, acordei meio estressada e angustiada, mas não sei o motivo. - ela responde e eu beijo sua testa, seu rosto, a ponta de seu nariz e por fim sua boca. - Mas agora que estou com você eu vou ficar bem. - ela sorri e eu a abraço.

- Diana! - a voz de Luíza ecoa na cozinha e eu fecho os olhos irritado, mas logo me viro para encarar a mesma. Diana tenta se afastar, mas a puxo e mantenho minha mão em sua cintura.

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora