*Narrador
Diana volta para o quarto do irmão assim que João se despede e vai embora, ela entra no quarto e volta a se deitar na cama.
- Diana, por favor. - ela escuta a voz de Dinho e suspira.
- Eu não quero ir e você não pode me obrigar. - ela resmunga e Dinho puxa o cobertor e o travesseiro e joga no chão.
- Você vai! - ele fala e ela o encara irritada. - Eu sei que você está acostumada a ter tudo na mão, sei que está acostumada a ter todo mundo te babando, mas eu cansei de passar a mão na sua cabeça, Diana.
- Do que você está falando?
- Eu cansei de falar que é só uma fase e que você vai melhorar, mas como caralhos você vai melhorar se não se ajuda? Você fica o dia inteiro trancada dentro do quarto, não interage com ninguém e quando desce fica aquele climão.
- Me deixa em paz, Dinho! - ela se levanta. - Eu não estou pedindo sua ajuda pra nada, o que você quer, hein?
- Que você volte ao normal, porra. - ele fala irritado. - DUAS SEMANAS, DIANA, JÁ SE PASSARAM DUAS SEMANAS.
- Você não sabe o que está falando. - ela fala sentindo o nó se formar em sua garganta.
- Sei sim e me dói, eu sei que é a sua primeira desilusão amorosa e acredite em mim quando eu digo que me dói, mas você precisa superar! O mundo não vai acabar porque você e o Samuel terminaram e vocês dois precisam entender isso. - ele fala e passa as mãos no rosto. - Eu avisei que daria merda e mesmo assim vocês seguiram com o namoro e agora precisam dar um jeito de conviver entre si, porque nós temos uma chance e não podemos desperdiçar.
- E quem está falando em desperdiçar? Você está fazendo uma tempestade em copo d'água só porque eu não quero ir com vocês, juro que tô tentando entender o motivo.
- Você quer um motivo? Eu te dou a porra de um motivo. - ele a encara. - O motivo é que eu não vou conseguir trabalhar em paz sabendo que você está sozinha em casa, porque vou ficar com receio de receber uma ligação com alguém dizendo que algo aconteceu com você, eu tenho medo de você surtar novamente e tenho medo de não conseguir realizar o meu sonho porque não consigo tirar a porra da minha irmã problemática da cabeça. - ele respira fundo. - Você tem problemas e adivinha? Eu também, o mundo não gira ao seu redor e eu cansei de ficar passando a mão em tudo o que você faz.
- Dinho... - ele a interrompe.
- Você tem vinte e um anos e foi só a porra de um namoro, então para de drama, levanta da porra da cama e vai viver. - ele aponta pra ela. - Te dou meia hora pra se arrumar e arrumar a mala.
A garota não consegue responder, já que o irmão termina de falar e sai do quarto, fechando a porta atrás de si com força.
...
Todos estavam na sala esperando, Dinho já estava impaciente e pronto para subir até o quarto quando vê Diana descendo as escadas. A garota usava uma calça jeans, um moletom e um óculos escuro.
- Vamos? - Sérgio pergunta ao ver a mesma.
- Diogo está vindo com as passagens e para deixar Laísa, já deve estar chegando. - Júlio fala e Sérgio assente.
- Quer comer alguma coisa? - Dinho pergunta se aproximando de Diana, ele já estava mais calmo e uma pontada de culpa brotava em seu peito por conta da briga que tiveram mais cedo. Quando ele tira o óculos do rosto dela, vê a mesma com os olhos vermelhos e inchados e suspira, colocando os óculos em seu rosto novamente e acariciando sua bochecha.
Diana por sua vez permanece em silêncio e se afasta, se sentando na ponta da escada, Cláudia se senta ao lado da amiga e segura sua mão.
Todos tinham ouvido a briga que Dinho e ela tinham tido pela manhã, mas ninguém se pronunciou sobre.
- Chegamos. - Diogo avisa ao entrar na sala.
- Demoramos? - Laísa pergunta entrando na sala. - Nossa gente, que climão. - ela faz careta. - Alguém morreu?
- Só se for o Bento que tá morto por dentro, que porra de bufa foi essa? Comeu um urubu? - Samuel pergunta incrédulo e Bento revira os olhos.
- Vocês não peidam não? Então peguem esse. - ele resmunga e Laísa da risada.
- A Aninha e a Val vão? - Diana pergunta baixinho para Cláudia e a amiga nega.
- Antes de irmos, preciso conversar com vocês... Aliás, precisamos. - Diogo fala seguindo até Diana e segurando sua mão, Cláudia o encara, mas se afasta. - Eu e a Diana temos algo para falar pra vocês e eu acho melhor falarmos agora e resolver o que tem pra ser resolvido.
- Do que você está falando? - Cláudia pergunta em um tom irritado.
- O motivo de Diana estar amuada desse jeito. - ele suspira. - Eu vou falar a verdade, porque não quero mais ver ela assim.
- Que verdade? - Júlio pergunta impaciente.
- Eu e Diana estamos juntos. - ele responde e aperta a mão da garota, Diana olha para ele e sente o coração acelerar, ela tenta soltar sua mão, mas ele a aperta com mais força. - Eu sei, não é uma notícia fácil de se receber, mas... - Samuel o interrompe.
- Isso é uma brincadeira, não é? - ele pergunta olhando para Diana.
Graças aos óculos escuros que ela usava, ninguém conseguia ver o desespero em seu olhar, mas ela conseguiu ver a decepção e tristeza no rosto de Samuel.
- Sam... - ela começa, mas é interrompida por Diogo que aperta sua mão com mais força.
- Eu sinto muito, Samuel! O que fizemos com você foi errado, mas nós nos amamos e... - ele é interrompido.
- Se amam? - Samuel força uma risada. - Isso é mentira, vocês estão mentindo. - ele passa as mãos no rosto. - Quando isso aconteceu?
- Começou na semana que vocês passaram no Rio de Janeiro. - ele fala e Samuel nega.
- Fala que é mentira, Diana! - ele fala olhando para a garota, Diana abre a boca para responder, mas olha o irmão e os amigos e nega.
Ela não poderia destruir o sonho deles e Samuel seria melhor sem ela.
- É verdade, Sam. - ela engole o choro e respira fundo. - Eu e Diogo estamos juntos.
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NÃO ME ODEIEM KKKKKKKKK
APENAS TENHAM PACIÊNCIA!
Capítulo escrito: 10.04.2024
Capítulo postado: 10.04.2024
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Novela JuvenilO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...