*Narrador
11 de março de 1997 - 20h40 P.M
Diana terminava de colocar os doces sobre a mesa quando ouviu o filho chorar, ela deixa a bandeja sobre a mesa e sobe as escadas, indo em direção ao quarto.
- Nem o Sansão conseguiu fazer ele parar de chorar. - Cláudia fala ao ver a amiga entrar no quarto, ela estava sentada em um poltrona e amamentava Beatriz. - Quem mandou você dar o nome de Alecsander para a criança? Vai ser chorão igual o seu irmão.
- Boba. - Diana da risada e segue até o berço, assim que ela pega o mesmo no colo ele para de chorar. - É só saudades do papai, não é, meu amor? - ela acaricia o rosto dele com delicadeza. - Desde que os meninos viajaram para o Paraguai ele está meio choroso.
- Acho que todos nós, estou morrendo de saudades do meu marido. - Cláudia suspira e olha para a filha.
Ela e Sérgio haviam se casado em agosto de mil novecentos e noventa e seis, assim como Valéria e Dinho haviam se casado em setembro.
- Falou com as meninas? - Diana pergunta se balançando levemente, afim de ninar o filho.
- Valéria foi fazer uma campanha hoje mais cedo e disse que passaria nos seus pais para buscar a Alecsandra. - ela fala e Diana assente. - Sabe o que eu estava pensando? Vocês não tem criatividade nenhuma para nomes!
- Que implicância, Clau. - ela dá risada. - Diz isso só porque eu que escolhi o nome da princesa da tia.
- Foi a única coisa que você acertou. - Cláudia dá risada e olha para Beatriz em seus braços. - Aninha disse que estava chegando para nos ajudar com a decoração, ela anda muito enjoada.
- Essa parte da gravidez é a pior parte. - Diana suspira ao lembrar dos enjoos que sentiu. - Mas logo passa. - ela beija a testa do filho e quando vê que o mesmo dormiu o coloca de volta no berço. - Vou terminar de arrumar os doces, fica de olho pra mim?
- Claro. - Cláudia fala tirando Beatriz no peito e se levantando. - Chega né, minha filha, vai secar sua mãe. - ela resmunga arrumando a blusa e posicionando a bebê para arrotar.
- A Simone disse que vai inventar uma desculpa para eles dizendo o porque não fomos para o aeroporto, mas que iria nos avisar quando estivessem saindo de lá. - Diana fala e Cláudia assente.
- Vou colocar a Bea para dormir e já vou te ajudar, amiga.
- Fica em paz, eu dou conta. - Diana pisca para a amiga e volta pra sala.
Os meninos tinham ido fazer dois shows no Paraguai, o segundo álbum havia sido lançado em outubro de mil novecentos e noventa e seis e estava estourado. As letras das músicas estavam na língua do povo, assim como as do primeiro álbum e eles atingiam cada vez mais sucesso.
Dessa vez como eram poucos shows, as meninas optaram por ficar em casa com a desculpa das crianças serem muito pequenas, mas a verdade é que estavam planejando uma festa surpresa para comemorar o aniversário de Dinho e Samuel.
Diana volta a colocar os doces sobre a mesa e sorri com o resultado, ela estava animada e ansiosa para a chegada dos amigos e principalmente do noivo.
Noivo... As vezes ela repetia para si mesma e passava um longo tempo observando a aliança em sua mão, sua vida tinha dado uma reviravolta e tanto.
- Cheguei. - ela escuta a voz de Aninha e se vira vendo a amiga. - Quer dizer, chegamos.
Aninha estava grávida de três meses e a barriga já começava a aparecer.
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Ficção AdolescenteO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...