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*Narrador

Todos já estavam se arrumando para dormir, Sérgio dormiria em sua cama com Cláudia, Diana e Sam dormiriam na cama de Samuel. Eles jogaram dois colchões no chão do quarto, Bento e Aninha dormiriam em um e Dinho e Júlio no outro.

- Eu não sei não se quero dormir no mesmo quarto que eles. - Júlio fala olhando para Diana e Samuel. - Vai que o Sam resolve dar o presente da Diana essa noite.

- É por esse motivo mesmo que vai todo mundo dormir aqui. - Dinho fala e Sam revira os olhos.

- Sam, posso tomar um banho? - Diana pergunta e o rapaz a encara incrédulo.

- Já te disse mil vezes que não precisa pedir, vai lá. - ele abre o guarda-roupa e pega uma camiseta azul, entregando para a mesma. - Aninha vai dormir de vestido?

- Infelizmente. - a loira resmunga, Sam da risada e joga uma camiseta verde para a mesma. - Se quiser pode tomar um banho também, aos outros eu não vou nem oferecer porque sei que são um bando de porcos e não vão tomar banho.

- Já tomei banho hoje antes de sair de casa. - Bento fala observando a namorada se levantar e sair do quarto, Cláudia não demora muito e vai atrás.

- Como vocês acham que vai ser agora? - Samuel pergunta e se deita.

- Vamos trabalhar pra porra, mas sei que no final vai dar tudo certo. - Sérgio responde.

- Vamos gravar as músicas com o Rick, não é? - Dinho pergunta e todos assentem. - Ótimo.

- Acham que tem a possibilidade de um dia o João querer lançar as músicas de Utopia? - Bento pergunta e Júlio suspira.

- Acho difícil, ele descartou as quatro músicas de Utopia da primeira fita que ele recebeu. - ele responde e se deita ao lado de Dinho, empurrando o amigo. - Acho que por enquanto só Mamonas mesmo.

- Mas já está bom, aliás, está mais do que bom. - Dinho fala e empurra Júlio para fora do colchão, que se levanta e se deita novamente. - Ainda não acredito que estamos com o contrato assinado.

- Algum de vocês chegou a abrir o envelope que ele entregou para cada um? - Sérgio pergunta e todos negam.

- Meus olhos estavam embaçados demais e eu não conseguia ler nada. - Bento responde. - Mas se for o mesmo papel que ele estava explicando pra gente, porra, vai ter muita coisa pra fazer.

- Será que eles vão descolar um empresário pra gente? - Samuel pergunta e Sérgio da de ombros.

- Eu não sei, na verdade eu não sei de nada, ainda estou assimilando tudo o que aconteceu hoje. - ele responde e o irmão da risada. - Faz quantos minutos que estamos conversando? As três devem ter caído pelo ralo.

- São mulheres, se demorarem menos de uma hora no banheiro é lucro. - Dinho resmunga e os outros dão risada, a porta do quarto é aberta e Diana, Cláudia e Aninha entram no quarto. - Falando nas pragas.

- Praga é sua prima. - Cláudia xinga e Dinho da risada.

- Vocês vão cantar aonde? - Júlio provoca as três que o encaram confusas. - Estão iguaizinhas com essas camisetas parecendo uns vestidos.

- Sabe com quem elas estão parecendo vestidas assim? Alvin e os esquilos. - Bento fala caindo na gargalhada e recebendo um chute da namorada. - Diana de azul, Aninha de verde e a Clau de vermelho.

- Cala a boca, japonês. - Cláudia resmunga e é surpreendida com um flash, Sérgio tinha acabado de tirar uma foto das três. - Eu vou matar você, Sérgio Reoli.

...

Samuel acorda com a porta do quarto sendo aberta e alguém acendendo a luz, ao ouvir os resmungos de irritação dos colegas, ele tem certeza que não foi o único a ser acordado. Diana dormia em seu braços tranquilamente e com a expressão serena.

- Bom dia, crianças. - a voz de dona Helena ecoa pelo quarto. - Hora de levantar.

- Só mais cinco minutinhos, mãe. - Sérgio resmunga.

- Meu filho, já passa da uma hora da tarde. - ela fala e Samuel arregala os olhos e se levanta rapidamente, puxando Diana junto que acorda assustada.

- O que foi? - ela pergunta desesperada.

- Desculpa, pitchula. - ele suspira. - Me assustei com o horário.

- Então saia do quarto e vai se assustar lá fora. - Dinho resmunga tampando a cabeça com o travesseiro.

Ele e Júlio estavam dormindo cada um com uma metade do corpo para fora do colchão, Bento e Aninha continuavam dormindo abraçados e em um sono pesado.

- Eu vou sim e você vem comigo. - Samuel se levanta e segue até Dinho, arrancando o travesseiro do mesmo e o puxando pela orelha.

- Eu estou indo para a casa do Dinho e Diana e espero vocês lá, não demorem. - dona Helena fala saindo do quarto.

- Alguém apaga essa luz? - Cláudia resmunga e ainda segurando Dinho, Samuel segue até a cama do irmão e derruba o mesmo no chão para conseguir puxar Cláudia pelo braço. - Que isso?

Sérgio jogado no chão e ainda atordoado não conseguiu nem ajudar a namorada ao ver ela ser puxada com Dinho para fora do quarto.

- O que foi isso? - Diana pergunta confusa, trocando olhares com Sérgio.

Já na sala, Samuel larga Dinho e Cláudia no sofá.

- Estamos atrasados, porra. - ele xinga, nervoso.

- Atrasados para o quê? - Cláudia pergunta coçando os olhos, ainda com sono, mas logo arregala os olhos e encara o cunhado. - Droga, droga, droga.

- Pois é.

- Ainda não entendi do que vocês estão falando. - Dinho resmunga.

- Eu disse para escolher o Júlio para fazer parte do plano e não esse animal. - Cláudia fala e leva um empurrãozinho de Dinho. - Estamos falando sobre o plano de hoje, cabeçudo.

- Meu Deus, é verdade... E agora? 

- Agora a gente corre. - Samuel responde e eles assentem, os três voltam para o quarto rapidamente. Samuel pega sua camiseta e dá um selinho em Diana antes de sair apressado do quarto.

- Onde vocês vão? - Sérgio pergunta desconfiado quando vê Cláudia entrar no quarto já vestida com a mesma roupa que estava usando na noite anterior e deixando a camiseta de Sérgio dobrada na cama.

- Mercado. - ela responde dando um selinho no namorado e saindo do quarto.

Dinho coloca o tênis rapidamente e olha ao redor.

- É, eu não tenho que beijar ninguém. - ele fala e sai do quarto.

Os três saem da casa dos Reoli e entram no Fiat Uno dos irmãos, Cláudia pega a sacola e abre a mesma, tirando o item e mostrando para Samuel. Ele não consegue evitar um sorriso ao ver o mesmo.

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Capítulo escrito: 17.12.2023

Capítulo postado: 13.01.2024




Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora