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*Narrador


Sexta-feira- 09 de Julho de 1995

14h45 P.M

Diana acordou tarde e quase derrubou Dinho da cama, ouviu o irmão resmungar alguma coisa quando se levantou e foi em direção ao banheiro. Tomou um banho demorado, lavou o cabelo e escovou os dentes e quando voltou para se trocar o quarto já estava vazio.

Ela pega um vestido preto que batia em seus joelhos e era um pouco rodado e pega a sacola branca, veste a sua roupa e sai do quarto.

- Não vai levar blusa? Está frio. - Dinho fala ao ver a irmã entrar na cozinha.

- Bom dia, Dinho. - ela resmunga e sorri ao ver a cunhada. - Bom dia, Val.

- Vocês dormem muito, hein. - a namorada de seu irmão fala rindo. - Dinho só levantou da cama porque me ouviu gritando no portão. - ela fala e o namorado da de ombros e serve uma xícara de café para ela.

- Dormir muito é de família. - ela fala e Valéria assente. - Onde estão nossos pais?

- Papai está trabalhando e a mamãe, sei lá, fazendo algumas coisa que as mães fazem. - ele responde e ela dá risada. - Vai ir pro Samuel?

- Sim, estou preocupada com o tio.

- Leva a jaqueta dele que ele largou aqui, está no sofá. - Dinho avisa e Diana assente. - Aliás, por que ele queria tanto vir embora ontem?

- Ele estava... Preocupado.

- Com o pai? - Dinho pergunta e Diana assente rapidamente. - Mas ele nem sabia que o pai estava ruim.

- Ele estava com um mau pressentimento e eu vou indo, beijo para você.

- Mas... - ela não espera Dinho a questionar novamente e sai da cozinha, pega a jaqueta de Samuel que estava sobre o sofá e veste a mesma.

Diana sai de casa e em poucos minutos estava em frente a casa dos Reolis, ela bate palmas algumas vezes e logo a porta é aberta por Samuel que ao ver a namorada abre um sorriso.

- Finalmente, eu estava quase chamando a polícia. - ele fala de forma exagerada ao abrir o portão e rouba um selinho da mesma.

- O tio está bem? - é a primeira coisa que Diana pergunta.

- Está sim, eles comeram não sei o que ontem e foi isso que fez a pressão dele subir. - ele dá espaço para a namorada entrar e fecha o portão. - E você dormiu bem? Pensei em ir para lá quando começou a chover.

- Dinho dormiu comigo. - ela fala e Samuel a encara surpreso. - Nos resolvemos.

- Ô glória, obrigado Jesus. - ele agradece fazendo gestos exagerados e leva um tapa de Diana. - Sinto muito por não ter ido, queria muito ter passado a noite com você.

- Eu também. - ela suspira. - Mas o que importa é que o tio está bem.

- Vão entrar ou ficar fofocando aí do lado de fora? - Sérgio resmunga da sala e Diana da risada e segue para dentro da casa. - Boa tarde, pitchula.

Ela cumprimenta todos os amigos com um beijo no rosto.

- E o Júlio? - ela pergunta ao se sentar ao lado de Cláudia.

- Foi embora com a loira ontem e ainda não apareceu. - Bento responde com um sorriso maldoso no rosto. - Acho que a turma toda desencalhou, hein.

- Que glória, os humilhados foram exaltados. - Samuel fala levantando as mãos para cima e fazendo os demais darem risada. - Amor, está sabendo que vamos para a praia?

- Vamos? - Diana pergunta confusa.

- Sim, temos um show lá amanhã a noite e vamos hoje a noite para não pegar trânsito. - Bento responde. - Então a primeira dormida na casa fica para outro dia.

- No domingo. - Cláudia fala e eles assentem.

Samuel se senta ao lado de Diana e segura sua mão, acariciando a mesma. Ambos ainda em êxtase pelo que havia acontecido na noite anterior, apenas observavam os amigos que conversavam paralelamente, mas Cláudia percebe o clima entre os dois e sussurra algo para Aninha.

O clima de excitação entre Samuel e Diana era inegável, ambos estavam com os ânimos aflorados e não viam a oportunidade de ficarem sozinhos.

- Vou ir arrumar as minhas malas, aproveitar que a mãe deixou algumas roupas passadas lá no quarto. - Samuel fala se levantando, ele precisava esfriar a cabeça e talvez arrumar sua mala o ajudaria. Ele não poderia ficar mais um minuto com Diana na sala, pois era ele a olhar que a imagem da cinta liga vermelha invadia sua mente.

- Eu te ajudo. - foi a voz de Diana que fez o corpo do rapaz queimar.

- Posso ajudar também. - Aninha oferece e Cláudia nega.

- Não acho que eles precisem de ajuda. - ela fala se levantando e se espreguiçando. - E eu quero ir tomar sorvete, vamos.

Cláudia puxa o namorado e a amiga e resta para Bento ir atrás dos três. Ao ouvirem o barulho do portão sendo fechado foi como se um imã os puxassem e quando se deram conta já estavam se beijando.


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Amo vocês e até o próximo.

Capítulo escrito: 01.02.2024

Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora