Jennie kim
-Parem. Corri em direção às duas, com o coração na boca.
Lalisa estava tão ocupada tentando sufocar a Eleanor que não me ouviu. Sua loba estava furiosa e seus olhos estavam vermelhos de raiva.
-Vou matar você de uma vez por todas. disse ela para Eleanor, segurando-a com força. -Você se atreveu a ficar entre mim e Jennie e afastá-la. Eu vou acabar com você.
Nada do que eu dissesse o traria de volta, então improvisei.
Ou talvez tenha sido a melhor coisa que eu poderia ter feito naquelas circunstâncias.
Um brilho quente como uma brasa começou a criar raízes no centro do meu peito. Esperei até que virasse uma bolinha e a aninhei nos meus braços.
Mas desta vez não atirei sobre elas para separá-las.
Não, eu disse à bola o que fazer.
-Mostre a elas que estou bem. sussurrei. -Mostre que elas não precisam continuar nessa interminável dança de combate.
A esfera em brasa saiu dos meus braços e se enfiou entre as duas. Eleanor foi a primeira a perceber, embora seu rosto estivesse roxo.
Ela quase sorriu.
O orbe se dividiu em duas partes e uma delas entrou no coração de Lalisa. Falou com ela e contou o que eu havia dito, trazendo-o de volta ao meu plano.
Ela se virou e me encarou, com lágrimas nos olhos.
-Achei que tinha perdido você.
-Estou bem aqui.
Ela correu até mim, me pegou nos braços, embora eu estivesse molhada, e me apertou.
-Minha Deusa, Jennie, por favor, nunca mais faça isso comigo. Eu pensei que você tinha ido embora para sempre.
-Eleanor fez a coisa certa. murmurei no seu cabelo, segurando-a perto. -Tive que passar por uma última provação antes de poder me descobrir, Lalisa.
Ela franziu a testa para mim. -Ela empurrou você para a morte, para que você pudesse sair viva? Isso foi apenas instinto de sobrevivência!
Resisti ao impulso de revirar os olhos e olhei para a Eleanor.
-Sobreviver é lutar contra o desejo de deixar ir, sussurrei. -Eu não fiz isso.
Lalisa ficou pasma.
-Então você morreu ali? Jennie, o que você está me dizendo? Você está tentando me convencer de que é um fantasma?
-Eu não sou fantasma nenhum. Desta vez, revirei os olhos. -Eu morri lá, sim. Mas passei por um plano onde cheguei a um acordo com meu eu mais verdadeiro, Lalisa, e me tornei quem deveria ser.
Lalisa segurou minha cabeça entre as mãos.
-Isso é realmente demais para eu entender.
Eleanor se adiantou, oferecendo um sorriso gentil.
-Filhote boba. ela disse, não mais com raiva. -Isso significa que ela teve que passar por mais um teste para dominar os elementos. Este é o mais difícil, porque envolve agarrar-se àquilo que a maioria de nós perde em tempos sombrios.
-O quê? ela perguntou, de repente, interessada.
-Esperança. Eleanor e eu respondemos em uníssono.
-Esperança? ela perguntou. -O que tem de tão... revolucionário nisso?
Numa pergunta, ela presumiu a própria natureza da emoção.
Eu olhava para ela como alguém olha para uma criança.
-Tudo nisso é revolucionário, Lalisa. Pense. Sem esperança, o que você faria em tempos como estes? Para onde você iria?
A compreensão atingiu suas feições como a luz do sol caindo sobre os picos das montanhas.
-Então você teve que morrer, mas se segurou na esperança de sobreviver e voltou à vida?
Eleanor sorriu. -Para uma cachorrinha bobinha, ela aprende muito rápido.
Eu ri quando ela fez uma careta para Eleonor. -Ela teve sorte de eu não ter acabado com ela. Lalisa falou -Ainda não acho que vocês duas deveriam ter feito isso sem me envolver.
-Lili. falei suavemente. -Você nunca teria me deixado passar por isso, e era importante. Não podíamos mais atrasar esse teste. E, agora, graças ao que aprendi, posso finalmente controlar os elementos.
Fechei os olhos e imaginei uma leve rajada de vento de outono soprando e trazendo um dente-de-leão para descansar na mão da Eleanor.
Quando os abri, ela estava segurando o caule da flor, com um sorriso maravilhoso no rosto.
-Você está realmente pronta, luna. ela meditou. -Com os elementos sob o seu controle, você será capaz de vencer qualquer guerra, desde que permaneça focada e calma.
Balancei a cabeça, determinada a nos livrar do Wendell de uma vez por todas.
-Eleanor, quando eu estava lendo sobre os fios de prata, vi uma menção a uma raça mestiça de lobos que já foi muito poderosa.
Ela assentiu, atenta.
-O livro dizia que esses lobos tentaram desafiar Selene e usurpar seus poderes para se tornar puro-sangue. E Selene, assim que descobriu, baniu a raça deles para sempre.
Eleanor pareceu sombria. -Conheço essa raça. Quando éramos crianças, minha mãe os chamava de imíaima. Eles eram famosos por seu ódio às bruxas e aos lobos.
-Tem mais. Um homem em particular dessa raça decidiu que a única maneira de recuperarem seu status na sociedade seria matando os descendentes da Selene, um por um.
Lalisa mal conseguiu conter sua raiva. -Você acha que o Wendell está ligado a esta raça.
-Tenho certeza disso, mas preciso de mais informações. Se for verdade, significa que ele não tem poderes próprios. Ele está usando alguém ou algo para obtê-los. Isso fede demais.
Eleanor já se dirigia à biblioteca da mansão. -Vou encontrar o que puder.
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Minha Alfa Me Odeia | Jenlisa G!p
WerewolfO chamado Jennie Kim estava trabalhando como criada na festa do líder da matilha, quando sentiu o chamado de sua parceira. Ela parou por um momento, tentando entender o que estava acontecendo. Ela nunca havia sentido algo assim antes. Era como se um...