War is coming

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Jennie kim

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Jennie kim




-Jen?

A voz se repetiu até que eu acordei do meu sono inquieto. Eu estava de volta à floresta, em busca de respostas mas não sabia o que estava procurando.

Enigmas na sombra.

Ruby me cutucou por dentro.

-Ei. Você está tendo uns dias difíceis, né?

Suspirei. -Bota difícil nisso.

Bocejando, fixei minha atenção no rosto preocupado à minha frente. Lalisa estava olhando para mim como se eu fosse um bibelô de cristal que poderia quebrar a qualquer momento.

-O que foi?  perguntei a ela. -Posso tomar um café primeiro?

Ela sorriu. Minutos depois, eu tinha uma xícara de cappuccino fumegante e cremoso na mão. Muito melhor.

-Vou ter que sair do território por um tempo. Não sei quando vou voltar. Tivemos notícias de avistamentos de algumas bruxas na curva sul da Montanha Branca.

Meu coração ficou gelado. Se viram bruxas perto do nosso território mais uma vez, isso significava que Wendell não estava muito atrás.

-Você não vai pra lá sozinha. Tomei um gole do cappuccino enquanto a observava.

Ela armou sua carranca clássica. -Achei que você diria isso. Não é seguro, Nini.

-Não mais para você do que para mim. retruquei. -A curva sul fica só a alguns quilômetros de Fairbanks. Nós duas sabemos que esse é o esconderijo deles. Não vamos encontrar respostas aqui ser Wolfgang.

E eu com certeza não vou ficar para trás enquanto ele estiver lá, descobrindo as respostas para as minhas perguntas.

Essa não é a luna que eu quero ser.

Ela olhou meu rosto por um longo minuto e finalmente suspirou.

-Não dá pra discutir com você. Tá. Partimos em meia hora. Bota uma roupa quente e toma um café da manhã reforçado antes.

Às nove horas, Lalisa e eu cavalgamos até o trecho sul das Montanhas Brancas. Ao contrário de toda a metade norte, este lugar era resplandecente, com florestas e um sol suave.

Não parecia nada ameaçador.

Talvez fosse mais uma razão para ter medo.

Já passava do meio-dia quando chegamos ao coração do Bosque Sagrado. As bruxas estavam escondidas em algum lugar aqui.

As árvores pareciam se fechar ao meu redor, seus galhos se retorcendo e girando como dedos nodosos.

O ar estava denso com o cheiro de terra úmida e folhas em decomposição.

Uma névoa pairava baixa, obscurecendo minha visão e dificultando a navegação no caminho sinuoso à frente. Era como se a floresta estivesse viva, observando cada movimento meu, esperando que eu baixasse a guarda.

Uma estranha energia pulsou no ar. Era como um zumbido baixo, quase inaudível, mas impossível de ignorar.

Às vezes, a névoa se dissipava, revelando vislumbres de árvores estranhas e deformadas que pareciam ter sido moldadas por alguma magia antiga.

Havia sussurros no vento, vozes que pareciam chamar meu nome.

Foi como se eu tivesse tropeçado num mundo secreto, um lugar onde o véu entre os vivos e os mortos era fino e permeável.

O sol começou a se pôr, lançando longas sombras no chão da floresta.

-Vamos acampar aqui. sussurrou Lalisa, inquieta. -Seria imprudente caçar bruxas no meio da noite.

Assentindo, ungi a grama ao nosso redor com a poção que a Eleanor me deu. Isso nos tornaria invisíveis para o mundo à nossa volta, mas manteria nossa visão intacta.

Nossos cheiros permaneceriam, então tínhamos que ter cuidado.

.

Lalisa Manobal

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Lalisa Manobal


Acendi o fogão portátil e esperei a panela esquentar antes de colocar duas salsichas e fatias grossas de torrada.

O jantar foi simples, mas o pão estava quente e a carne, deliciosa.

-Era com isso que eu costumava sobreviver quando papai, mamãe e eu íamos acampar. Sorri com a lembrança, observando Jen cortar sua salsicha e mastigá-la.

Ela olhou para mim com aqueles olhos inocentes, surpresa por eu ter compartilhado algo tão pessoal. Percebi que quase nunca falava sobre minha mãe desde a morte dela.

Tomei um gole do café no copo entre nós. -Mamãe tinha uma queda por atividades ao ar livre. Sempre que ela ficava muito fechada, papai fazia questão de nos levar para uma aventura.

Ela sorriu com isso. -Isso parece algo que eu também faria.

Eu balancei a cabeça. -Ela era muito parecida com você. Quase... lembro mais dela agora porque a vejo em você algumas vezes.

Minha voz falhou e apoiei meu prato. -Nini, Vou continuar te pedindo desculpas até o dia em que eu der meu último suspiro. Se isso for necessário para que você me perdoe.

Ela se aproximou de mim. -Me desculpa por ter estado tão estranha nos últimos dias. Eu só... em alguns momentos sinto que estou de volta àquelas malditas masmorras e que meu mundo está se fechando.

Um nó se formou na minha garganta.

-Ele chegou até você por minha causa. Eu deveria estar lá. Eu deveria ter feito tudo diferente, e se pudesse voltar atrás e mudar isso, voltaria. Eu queimaria o inferno para desfazer tudo, Nini.

Ela passou os dedos pelos meus cabelos rebeldes.

-Eu sei que você faria isso. ela sussurrou. -Eu amo você. Eu só queria poder te perdoar. Estou chegando lá. Prometo.

O ar entre nós estava carregado de ternura. Inclinei a cabeça na mão dela, suspirando enquanto ela murmurava palavras doces.

Meu telefone apitou. Era uma mensagem de Rosé.

Inimigos nos portões. Estamos em guerra.

Merda.

Foi quando ouvimos as vozes.

-Você está sentindo esse cheiro?

-Cheiro de filhotes nojentos.

Duas vezes merda.

Gargalhadas inconfundíveis.

Bruxas.

Minha Alfa Me Odeia | Jenlisa G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora