Ao Cair Da Noite (BLACKPINK) (JENSOO) (CHAELISA)

O Homem Torto

Logo após fugirem do ferro velho, os jovens pararam os seus veículos algumas quadras a frente fazendo uma pequena reunião.

- Foi por pouco. - Disse Eddie, aliviado por ter escapado.

- Seu idiota, quase nos matou! - Disse Billie, dando um soco no ombro do rapaz.

- Eu tenho trauma de cães. Uma vez eu fui mordido quando era criança. - Disse Eddie, se justificando.

- Não vamos brigar, o importante é que todos estão bem. Eu iria me sentir culpado se um de vocês tivessem se machucado. - Disse Bang Chan.

- Nós sabíamos do risco, então não se culpe. - Disse Billie.

- E agora, o que nós iremos fazer? - Perguntou Eddie.

- É melhor voltarmos para casa. Eu estou cansado e preciso dormir um pouco. - Disse Bang Chan, que não dormia praticamente a dois dias.

Nesse momento Billie pegou uma caneta no bolso do seu casaco segurando uma das mãos de Bang Chan.

- Esse é o telefone de lá de casa. Se precisar de ajuda ou se tiver alguma novidade me ligue. - Disse a jovem, anotando o número na palma da mão do rapaz.

Ao lado Eddie sentiu um pouco de ciúmes ao ver a cena, mas o rapaz tentou disfarçar.

- Bem, então eu acho que já está na hora de ir. - Disse ele.

- Ei, tente tomar mais cuidado. Não fique andando por aí enquanto o Oliver ainda estiver a sua procura. - Disse Billie.

- Não se preocupe, eu sou como uma sombra. - Disse Eddie, piscando para a jovem.

Ele então adentrou o seu furgão se retirando do local logo em seguida.

- É melhor nós irmos também. Eu vou levar você até em casa, e irei retornar para onde está o meu pai. - Disse Billie.

- Eu só espero que o Sr. Murray não tenha notado o sumiço do carro. - Disse Bang Chan.

- Eu também. - Disse Billie, suspirando.

Enquanto isso, longe dalí. O Sr. Kim, Murray e Pedro vasculham a área abaixo do desfiladeiro a procura de pistas. Era noite e os homens agora usavam as lanternas para iluminar o local. Havia muitas rochas e o chão era seco. Os poucos arbustos que cresciam eram feios e cheios de espinhos.

- Está frio. - Disse o Sr. Kim.

- É normal para um ambiente como esse. - Disse Pedro.

- Você parece ter experiência com esse tipo de coisa. - Disse o Sr. Kim.

- É que eu servi o exército chileno por um bom tempo. - Disse Pedro.

- Eu também servi o exército, mas fui expulso e fiquei preso por alguns meses por que me recusei a matar pessoas na guerra do Vietnã. - Disse Murray.

- Tem guerras que não valem a pena lutar. - Disse Pedro.

Nesse exato momento os três homens escutaram um ruído. Rapidamente Pedro apontou a sua lanterna a procura de algo, mas não viu nada.

- Tomem cuidado, podem haver animais por aqui. - Disse Pedro, alertando.

O Sr. Kim então engoliu seco, ficando um pouco com medo. Logo ele se aproximou de Murray.

- Poderia continuar contando a sua história no exército? - Pediu ele, para o amigo.

- Bem, logo após passar meses preso eu repensei toda a minha vida e percebi que eu era apenas um fantoche nas mãos do governo. Eu então retornei para os Estados Unidos como um jovem revolucionário. - Disse Murray.