sãᴏ ᴛᴏᴅᴏs ɪɢᴜᴀɪs

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

Quando fui dormir já se passava das seis horas da manhã, eu estava cansada e com uma forte dor de cabeça. Eu terminei de arrumar algumas coisas na sala que ficava atrás das grandes cortinas, e depois fui me deitar.

Acordei por volta das duas da tarde, por causa do cheiro maravilhoso de comida que chegou até o meu nariz, minha barriga roncou e eu me senti obrigada a levantar e ir até a cozinha. Primeiro fiz minha higiene matinal e tomei um longo banho. No caminho até a cozinha, encontrei Edgar no salão da boate.

— Diana.

Revirei os olhos e parei na porta da cozinha.

— sim?

Perguntei.

— preciso que você prepare a garota nova hoje, ela vai se apresentar.

— Edgar, ainda é muito cedo pra ela...

— eu sou o dono, não você, então eu que decido. Prepare ela e coloque a melhor lingerie nela.

Disse ele, me interrompendo.

— e se ela não conseguir? Vai abusar dela também?

Ele tapou minha boca e falou baixo para que os técnicos que estavam arrumando o palco não ouvisse .

— cala a sua boca, você sabe que se alguém souber disso, você está ferrada.

Edgar morria de medo de ser preso por abuso de menor. Afinal, ele sabe muito bem oque acontece com homens iguais a ele na prisão.

Tirei sua mão da minha boca e abri a porta da cozinha. Todas as meninas da casa estavam lá, como sempre me juntei a Talia, Rebecca e Dalila.

— Dalila.

— oi?

— você vai se apresentar hoje.

Ela parou de comer e ficou me olhando com medo.

— lembre-se do que eu te falei. Eu vou arrumar você quando for a hora.

— não se preocupe, criança, você vai aprender a conviver com isso

Falou Rebecca.

Eu me levantei da cadeira e fui fazer o meu prato.

— Day, então você não dança hoje?

Talia me perguntou, enquanto colocava suco em seu copo.

— eu ainda não sei, Talia, preciso ver com o Edgar.

Voltei para a mesa e comecei a comer.

— fiquei sabendo que teve um cliente seu que pagou caro para ser o primeiro a deitar com você ontem a noite.

Disse Rebecca, com um sorriso no rosto.

Ao lembrar de Hector eu sorri, mas ao mesmo tempo eu desejava não vê-lo mais.

— é verdade.

Falei.

— é um advogado.

Coloquei uma colher de comida na boca e fiquei olhando para Rebecca, pra saber qual piada sairia de sua boca.

— huuuuum, são os melhores, a carinha de santos deles disfarça muito bem o sexo bom que eles sabem fazer.

— eu gostos dos polícias.

Talia revirou os olhos quando acabou de falar.

— pra mim são todos iguais.

Falei dando de ombros.

— a fala a verdade, Diana, eu vi o sorriso que deu quando falei dele.

— você esta ficando louca, Rebeca.

— diga, Diana, ele deve te levar as nuvens, não é?

Disse Talia, rindo.

— ele não me leva a lugar nenhum, como já disse, ele é só mais um cliente igual aos outros.

As meninas continuaram no assunto e eu fingia não estar ouvido. Quando terminei de comer lavei meu prato e o guardei.

— vocês deveriam parar de ficar pensando em qual cliente faz vocês chegaram as "nuvens" como falam, e ir se informar de como vai ser hoje.

Toquei no ombro de Dalila e ela me olhou.

— venha.

Ela se levantou e fomos em direção a porta.

— chata.

Gritou Talia e Rebecca em coro.

Caminhamos devagar até o quarto que Dalila começaria a usar durante a noite.

— você gosta desse cara?

Ela me perguntou com um sorriso.

— que cara?

— desse advogado, Diana.

— que? Claro que não, Dalila, ele é só um cliente que veio aqui duas vezes.

— mas me pareceu que você senti algo por ele.

— ouça, Dalila, você nunca, nunca, pode se apaixonar por nenhum cliente, eles só estão aqui para se satisfazer e as vezes fazer falsas promessas, por isso você nunca deve acreditar quando um homem falar que vai tirar você dessa vida e te dar uma vida melhor. De um dia para o outro ele vai sumir e você vai sofrer mais ainda.

Paramos em frente a porta do quarto.

— já fizeram isso com você?

Abri a porta e respondi.

— muito.

Entramos no quarto e ela ficou olhando cada canto.

— esse vai ser o quarto que você vai usar durante a noite, e também para dormir depois que a boate fechar.

Dalila caminhou pelo cômodo tocando em tudo que havia lá.

— aqui tem lingerie novas, compradas exatamente para você.

Falei apontando para o guarda-roupa.

— e aqui.

Fui até a penteadeira e abri a primeira gaveta.

— fica as camisinhas, você tem sempre que lembrar o cliente de usar, nunca pode fazer relação sem isso. Entendeu?

— entendi.

— nas outras gavetas tem algumas maquiagens e acessórios da antiga menina que morava aqui.

— e oque aconteceu com ela?

— foi transferida para a Turquia.

— o dono daqui tem outras boates?

— a família dele é toda formada por pervertidos que gostam de vender mulheres.

Ela ficou surpresa e não perguntou mais nada. Terminei de explicar algumas coisas pra ela e depois fui até a sala de Edgar.

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