ᴇᴜ ᴠᴏᴜ ᴛᴇ ᴍᴀᴛᴀʀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

No domingo de manhã, eu e Hector fomos ao shopping, ele me levou em tantas lojas que eu mesma já estava cansada de andar. Comprei tudo que eu precisava e até coisas que eu não precisava Hector me fez comprar, talvez algum dia eu as use. Ficamos o resto do domingo em casa, assistindo filme e jogando alguns jogos de tabuleiro que ele tinha.

Nunca imaginei que Hector seria desse jeito em casa, quando eu ainda estava na boate, imaginava que ele era muito rígido em casa, mas ele me provou o contrário. Durante a semana ele saía cedo para ir trabalhar, sempre antes de eu acordar, mas eu sabia que todo dia ele ia no meu quarto me da um beijo na testa antes de sair. Enquanto ele não estava em casa e Daniel também não, eu gostava de ajudar Ellen a fazer as coisas, as vezes ela não deixava, queria que eu ficasse fazendo outra coisa ao invés de ajudá-la. Mas eu insistia, e por fim, ela acabava cedendo.

Minha relação com Hector ficava melhor a cada dia, já com Daniel, parecia piorar a cada dia, por mais que eu tentasse me aproximar dele, o garoto não cedia. Já ouvi Hector brigando com ele algumas vezes durante a semana, e sempre parecia ser por minha causa. E isso só piorava as coisas, agora ele nem mesmo olha na minha cara. Daniel também saí cedo para a faculdade, chega em casa umas quatro horas, antes de Hector. E por falar nisso, olhei as horas no novo celular que Hector me deu, e já estava quase na hora dele chegar.

- Ellen, ainda precisa da minha ajuda?

Perguntei, me sentando no banco do balcão.

- não, menina. A sobremesa já está pronta, pode ir descansar.

- está bem, vou tomar um banho.

- pode ir.

Disse ela.

Saí do banco e fui caminhando em direção a sala, na onde vi Daniel sentado no sofá, "mas já?" pensei.

Passei direto sem falar com ele, subi as escadas e fui para o meu quarto. Tomei um banho gelado, pois hoje fazia trinta graus em São Paulo. Depois fui até o closet e peguei um conjunto de lingerie preta, um short de linho branco e uma blusa preta que combinava perfeitamente com o short escolhido. Sequei meus cabelos que já estavam quase totalmente secos por causa do calor. Passei uma maquiagem leve e depois uma grande quantidade de perfume.

Eu estava começando a me acostumar com a minha nova vida aqui, não posso negar que sempre sonhei em ter uma vida assim, mas antes me parecia tão distante. Mas eu sentia falta das meninas, da música, da dança, aquele lugar me fez mais forte e me ensinou coisas que eu jamais imaginaria. Só que agora nessa casa, com Hector, eu percebi que eu também poderia me refazer aqui, e o melhor, ao lado dele, eu estava completamente apaixonada por aquele loiro de 1,90, que gosta de jogar dama e que ama pavê.

Saí dos meus pensamentos quando ouvi uma batida na porta, desliguei o secador e terminei de arrumar meu cabelo. Ouvi outra batida e fui até a porta abri-la, vi Daniel parado com as mãos no bolso da calça me encarando.

- oque você quer?

Perguntei sem ânimo.

Ele deu um passo a frente e entrou no quarto, ele inalou o cheiro do perfume que ainda estava no ar.

- esse deve ser o perfume mais caro que você usou em toda a sua miserável vida.

Fechei a porta e caminhei em direção ao closet.

- oque você quer, Daniel?

Perguntei de novo. Ouvi seus passos vindo em direção a mim.

- quero saber quando você vai embora daqui.

Parei de procurar os saltos que eu planejava usar, me levantei e fiquei de frente a ele.

- eu acho que você ainda não entendeu oque seu irmão disse a você em alto e bom som na quarta- feira, né?

Em meio a briga de Hector e Daniel, ele disparou que desde o dia que eu pisei o pé nessa casa, eu ficaria aqui para sempre, e que seria a sua mulher, a mãe dos seus filhos, e que Daniel teria que engolir isso enquanto ele quisesse ficar aqui.

- eu entendi, mas eu conheço mulheres do seu tipo, Diana, você só quer o dinheiro dele, e na primeira oportunidade que tiver, vai sumir daqui e deixar ele sofrer.

- caso você não saiba, Daniel, seu irmão me tirou de lá por que ele quis, eu nunca pedi a ele que me tirasse de lá, ao contrário, ele sempre falava que queria me levar para a sua casa e eu me negava a isso, pois sabia com o tipo de pessoas que teria que lidar sendo da mesma classe dele.

Falei, olhando de cima a baixo o jovem garoto.

- e só aceitou sair de lá quando estava toda quebrada? Você acha que ele médico? Acha que aqui é clínica de reabilitação?

- e por que você se importa tanto com isso? Que eu saiba essa casa é do Hector, você mora aqui de favor.

- por que ele é meu irmão, eu sei oque é melhor pra ele, e o melhor é ele se casar com uma pessoa da nossa clase, com princípios e estudo, não com uma garota que era uma prostituta. Metade do bairro deve ter se deitado com você, por que eles frequenta aquela boate diariamente. Você tem noção da vergonha que eu sinto quando me perguntam se é verdade que o Hector colocou uma prostituta dentro de casa?

Eu não consegui controlar a minha raiva e acabei dando um tapa no rosto de Daniel. Seus olhos agora estavam em chamas, a raiva transbordava em seu corpo.

- eu vou te matar garota.

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