ᴇʟᴇ ᴠᴀɪ ᴍᴇ ᴘᴇʀᴅᴏᴀʀ?

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

Um grito de raiva e tristeza saiu da minha garganta, eu estava devastada, estava me sentindo culpada mas também estava com raiva de Hector por ele ter falado aquelas coisas absurdas. Talvez eu tenha estragado tudo e ele não me perdoe.

- Diana.

A voz de Ellen chegou até meus ouvidos junto com duas batidas na porta.

- eu posso entrar?

Eu não tive forças para responde-la, mas mesmo assim ela abriu a porta.

- meu Deus.

Ellen veio até mim, se sentou na beirada da cama e colocou meu rosto em suas pernas.

- não precisa me contar nada, menina, o senhor Hector já me disse oque aconteceu.

- onde ele está?

Perguntei entre os soluços que eu tentava controlar.

- ele viajou.

" que merda, Hector, não acredito nisso" pensei.

- eu acabei de contar a ele que estou grávida, e oque ele faz é viajar?

- ele estava muito nervoso, menina, sei que não foi a coisa certa a fazer nessa situação, mas tenta entende-lo.

- eu já tentei, Ellen, mas eu não consigo entender o Hector. Ele me faz parecer um monstro, me chamou de mentirosa, ele não quis entender o meu lado.

- eu te entendo, Diana, mas eu acho que agora vocês precisam de um tempo para pensar na atitude de vocês dois.

- quando ele vai voltar?

- não sei, ele não me disse.

- íamos ficar 1 mês na casa dos pais dele, será que ele vai me deixar sozinha esse tempo todo?

Ellen acariciou meus cabelos e falou:

- ei, menina, você não vai ficar sozinha, você tem a mim, vou estar aqui com você. Hector me pediu para que cuidasse de você e desse bebê que você está esperando.

- obrigada, Ellen, mas você entendeu oque eu quis dizer.

- sim, eu entendi.

Será que o meu noivo, pai do meu filho, vai me deixar sozinha por 1 mês inteiro, será que Hector vai ser capaz de fazer isso?

- Ellen.

Me sentei na cama e enxuguei as lágrimas.

- sim?

- será que ele vai me perdoar?

Ellen colocou as mãos no meu rosto e olhou nos meus olhos.

- claro que vai, menina, ele te ama, vocês vão superar isso, e vão voltar a ser como era, mas agora com um bebezinho.

Sorri desanimada.

- eu não acredito que você está grávida, menina, finalmente vamos ter uma criança aqui em casa, finalmente o Hector vai formar uma família.

Ela me abraçou com carinho e eu retribui.

- agora você precisa comer, mas antes, vai tomar um banho para relaxar e tirar essa maquiagem borrada.

Concordei com a cabeça e me afastei um pouco.

- eu vou fazer uma salada de frutas para você, qualquer coisa me grita.

- ta bom.

Ellen me levou até o banheiro e depois saiu do quarto. Liguei a torneira da banheira e esperei ela encher, e depois entrei, eu estava sentindo uns calafrios e mesmo com a água quente não passava. Fiquei deitada na banheira por um bom tempo e depois fui me trocar, optei por uma roupa leve, coloquei um short de pano e uma blusa soltinha.

Desci até a cozinha e lá estava Daniel, comendo um pedaço de torta. Quando ele me viu não falou nada, não teve as piadinhas e as provocações. Me sentei a mesa e Ellen me entregou o pote com a salada de frutas, eu comi em silêncio, Daniel continuou em silêncio, e Ellen lutava para não fazer muito barulho enquanto cozinhava. Era apavorante.

- de quantos meses você está?

Daniel quebrou o silêncio.

- um.

Disse, mexendo as frutas de uma lado para o outro.

- Ellen, não estou com fome.

Afastei o pote e me encostei na cadeira.

- nada disso, Diana, você precisa comer, não se esqueça que agora você tem que se alimentar por 2, coma.

- eu não qu...

Senti algo quente escorrer pela minha perna, quando olhei para o chão vi sangue, muito sangue.

- ai meu Deus.

- oque foi, Diana?

Perguntou Daniel.

- eu estou sangrando.

Ellen correu até mim e afastou a cadeira.

- Você precisa ir para um hospital.

Ela olhou para Daniel e disse:

- agora.

Daniel levantou da cadeira e correu, me levantei e com a ajuda de Ellen cheguei até a garagem. Ellen colocou uma toalha no banco e pediu para eu sentar em cima. Daniel infligiu todas as leis de transito possíveis, para que chegássemos o mais rápido possível no hospital.

No hospital, a enfermeira me colocou na maca e me levou para uma sala. Fiquei esperando um médico chegar e com aquela demora eu senti medo de perder o meu bebê. Assim que a médica entrou na sala, me encheu de perguntas, sobre como tinha sido meus últimos dias.

- graças a Deus você não perdeu o bebê, o sangramento deve ter acontecido devido o estresse que você passou. Isso não pode voltar a se repetir, é muito perigoso, ainda mais no início da gravidez.

Eu soltei um suspiro de alívio, essa informação me deixou mais tranquila.

- você já ouviu o coração do bebê?

Perguntou.

- não.

- quer ouvir?

- sim.

Ela apertou em um botão no monitor da ultrassom e os batimentos do coração do meu bebê começaram a sair do monitor. Naquele momento eu tive certeza de que queria aquele bebê, aquele som era lindo.

- aqui está o saco gestacional, e aqui está o seu bebê, ainda é muito pequeno, mas da para ver um pouco.

Disse, apontando para a tela do monitor.

Eu vi uma pequena bolinha na tela, eu mal estava conseguindo segurar a emoção. Pensei em Hector, em como ele ficaria vendo essa ultrassom, vendo o nosso filho pela primeira vez.

- bem, Diana, é isso.

Ela apertou novamente no botão e o som parou de sair.

- não passe nervoso, não pegue peso, todo cuidado é pouco no início da gravidez.

- ok.

- qualquer coisa é só voltar aqui.

- ta bom, obrigada.

Desci da cama e fui ao encontro de Ellen e Daniel.

- e então, menina?

- está tudo bem, ela disse que talvez o sangramento foi por causa do estresse que passei.

- está vendo, por isso tenho que cuidar de você. Vamos para a casa.

Disse Elle, pegando na minha mão e me levando para fora do hospital.

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