ɴãᴏ ғᴏɪ sᴜᴀ ᴄᴜʟᴘᴀ

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𝓗𝓮𝓬𝓽𝓸𝓻 𝓝𝓪𝓰𝓪𝓼𝓪𝓴𝓲

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𝓗𝓮𝓬𝓽𝓸𝓻 𝓝𝓪𝓰𝓪𝓼𝓪𝓴𝓲

Daniel se sentou na cadeira que tinha no corredor e cruzou as mãos no meio das pernas.

- você só pode estar ficando louco, Hector. Olha oque essa garota é, olha oque ela faz, você tem noção de como nossos pais vai reagir quando souber que você está namorando com ela ou sei lá oque vocês tem.

Daniel estava me irritando voltando a falar do que Diana fazia.

- eu já te falei Daniel, o passado da Diana ficou naquela boate no momento em que eu tirei ela de lá. E em relação aos nossos pais, eu sei me virar muito bem com eles, e aliás, eu já sou de maior e moro sozinho, sei oque é bom pra mim e oque não é. E no momento, o melhor pra mim é ter Diana ao meu lado.

- e quanto você pagou por ela? Por que com certeza você não a tirou de lá de graça. Acha que ela vai cair de amores por você agora? Tenho certeza que ela não vai aceitar o fato de ter sido comprada igual a um objeto em uma loja, e eu tenho mais certeza ainda que na primeira oportunidade que ela tiver, vai meter o pé e viver a vida dela.

- já chega, Daniel. Eu não quero ouvir mais nada em relação a isso, eu vou me virar com ela, se essa for a sua preocupação. Não quero que force amizade com ela e nem algo do tipo, mas também não vou aceitar ouvir você falar asneiras pra ela ou dela.

Assim que terminei de falar dois policiais saíram do elevador. A policial feminina acenou com a cabeça pra mim e entrou na quarto que Diana está. Já o policial ficou no corredor comigo e com Daniel. Ele fez algumas perguntas em relação ao ocorrido e eu falei a mesma coisa que tinha falado anteriormente para o médico.

Uns trinta minutos depois, a polícial saiu do quarto, olhou pra mim e disse:

- ela me contou oque aconteceu, mas não quer seguir com a denúncia e não podemos obriga-la a isso. Então não temos mais nada a fazer com o caso.

- ela disse o por que não quer seguir com a denúncia?

- apenas disse que não quer mais saber do que aconteceu e que quer descansar. Mas caso ela mude de ideia, leve ela até a delegacia.

- ok.

- tenha uma ótima noite.

- obrigada, vocês também.

Os polícias chamaram o elevador e desceram. Não demorou muito e o médico que atendeu a garota apareceu.

- agora que já está tudo resolvido, você pode entrar para vê-la.

- obrigada, doutor.

O médico abriu a porta e entrou junto comigo. Me aproximei de Diana e passei a mão na sua cabeça.

- como você está?

Perguntei.

- um pouco melhor.

Disse ela, quase em um sussurro.

- a senhorita está sentindo alguma dor?

Perguntou o médico.

- não.

- que bom! Eu até poderia te dar alta e pedir para que você voltasse aqui toda semana até está 100% melhor, mas acho melhor você ficar por aqui, pelo menos até seu rosto desinchar e eu poder pedir mais um raio-x pra ter a certeza de que não fraturou nenhum osso.

- quanto tempo, doutor?

Falei.

- pelo menos umas duas semanas. Ou talvez até antes se a recuperação dela for boa.

- compreendo.

- qualquer coisa é só apertar esse botão e uma das enfermeiras virá até vocês. Com licença.

O médico saiu da sala nos deixando a sós.

- Diana.

Disse, me abaixando para ficar da sua altura.

- sim?

- me desculpa por não ter tirado daquele lugar antes. Se eu não tivesse concordado com as suas exigências, e tivesse te tirado de lá na primeira oportunidade, isso não teria acontecido.

- não foi culpa sua, Hector.

Falou, com dificuldade.

- eu que não queria sair de lá, eu escolhi ficar lá. Isso não tem nada haver com você, não se culpe.

Ela segurou minha mão e disse:

- eu não acreditava que você realmente ia me tirar de lá, eu fui uma boba em pensar que você era igual aos outros homens que frequentava a boate.

- Diana, eu quero que você esqueça da vida que você vivia e oque fazia. A partir de hoje, você vai ter outra vida, vai começar tudo de novo, e eu quero que seja ao meu lado.

- Hector...

- não diga mais nada, você precisa descansar, quando você receber alta vamos conversar direitinho sobre tudo e com calma.

- ta bom.

- eu vou para casa, meu irmão esta aqui comigo e não tivemos uma boa conversa. Amanhã de manhã eu vou vim te ver, pode ser?

- pode.

Beijei sua testa e coloquei sua mão que segurava a minha na cama.

- até amanhã, menina.

- até.

Eu queria saber oque Diana disse a policial, mas não era um bom momento para ter essa conversa. Quando ela for para minha casa vamos ter tempo pra conversar sobre qualquer coisa. Saí do quarto e vi Daniel sentado na cadeira que o havia deixado.

- vamos embora.

- e a garota?

- vai continuar no hospital até melhorar.

Seguimos para o elevador e quando entramos nele falei:

- não quero que conte aos nossos pais sobre Diana, deixe que eu mesmo faço isso.

Ele não me respondeu, abaixou a cabeça e ficou lá parado.

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