ᴀɪɴᴅᴀ ᴠᴀᴍᴏs ᴄᴀsᴀʀ?

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

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𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

Se passou 1 dia, 2 dias, 3 dias, uma semana, duas semanas e nada do Hector, nenhuma mensagem, nenhuma ligação, absolutamente nada. Ele parecia estar me castigando, mas eu não abaixei a cabeça para ele, se ele não se importava em saber como eu estava, eu também não me importava em saber sobre ele. Na verdade, eu me importava, e muito, mas não vou demonstrar isso a ele.

Hoje era uma quinta-feira, e já havia chegado Outubro, eu não sabia se já poderia ir atrás de um vestido para o casamento, porque nem ao menos eu sabia se ainda haveria um. Saindo da faculdade eu passei no shopping, fui para a praça de alimentação e fiquei ali comendo e lendo um dos livros de psicologia. As horas passaram e eu nem percebi, as 16:00 eu fui embora, peguei um táxi que estava próximo ao shopping e fui para casa.

Me aproximei da porta e ouvi algumas vozes vindo de dentro, coloquei o ouvido na porta para ouvir melhor, e eu reconheci aquela voz, era ele, Hector havia voltado. Meu coração acelerou e minhas mãos tremia de nervoso, ele realmente estava aqui, voltou para mim, ou apenas voltou para dar um fim em tudo. Assim que abri a porta, nossos olhos se encontraram, ele estava diferente, sua pele estava mais bronzeada e sua barba estava maior que de costume.

Desci os 3 degraus que tem em frente a porta e coloquei minha bolsa em cima do sofá. Hector não tirou os olhos de mim por nenhum segundo.

— aonde você estava?

Perguntou, apertando a mandíbula. Ele passou semenas sem me ver e nem
falar comigo, e a primeira coisa que ele quer saber é aonde eu estava? Eu não acredito nisso.

Eu não consegui controlar o riso sarcástico depois de ouvir a sua pergunta.

— você é inacreditável.

Falei, recolhendo minha bolsa e subido as escadas para ir para o quarto.

Me sentei na cama e tirei os saltos, meus pés estavam doendo, comecei a massagea-los para a dor passar. Hector entrou no quarto sem bater na porta, ele se sentou ao meu lado e puxou o pé que eu massageava para o seu colo e trocou minhas mãos pela as suas. Eu olhava para ele incrédula, como ele conseguia agir como se estivesse tudo uma maravilha?

— precisamos conversar.

Disse, ele.

— e muito, Hector.

Tirei meu pé do seu colo e levantei, fui até uma mesinha que havia no quarto e peguei a jarra de água que estava lá e enchi o copo.

— 2 semanas, Hector.

Bebi a água e coloquei o copo no lugar.

— 2 semanas sem me dar notícias, sem nem perguntar se eu estava bem, o ao menos querer saber do nosso filho. Quem vc acha que eu sou? Eu estou grávida de um filho seu. Eu sei que eu errei, e errei feio, mas esse seu tratamento de silêncio foi demais.

— você acha mesmo que eu não sabia se você estava bem? Se estava se alimentando direito ou se estava precisando de alguma coisa, Diana? Você acha que eu sou rancoroso a esse ponto? Acima de tudo você é minha mulher, você está carregando o nosso filho, você acha que se tivesse acontecido alguma coisa com vocês eu não teria voltado imediatamente?

— eu tive um sangramento no mesmo dia que você viajou, e não me diga que você não sabia, porque eu tenho certeza que a Ellen contou para você, eu fiquei apavorada, com medo de perder esse bebê, e aonde você estava? Estava em um avião indo para o Canadá. Eu ouvi o coração do seu filho pela primeira vez sozinha, você tem ideia de como foi isso para mim?

Hector abaixou a cabeça e ficou em silêncio.

— poderíamos ter resolvido esse problema da maneira mais fácil possível, você me fez parecer um monstro.

— como você queria que eu reagisse a tudo aquilo, Diana, queria eu ficasse feliz em saber que você pensou em abortar o nosso filho sem ao menos pensar em me avisar? Não jogue toda a culpa para cima de mim porque você é tão culpada quanto eu.

Nisso ele tinha razão, nois dois estávamos errados.

— eu sinceramente não quero mais saber sobre isso, não quero brigar com você de novo, até porque eu nem posso.

Eu me aproximei um pouco dele e perguntei:

— eu só preciso saber de uma coisa, Hector.

— oque?

— ainda vamos casar? Ainda temos um relacionamento? Você ainda me ama?

Confesso que estava com medo da sua resposta. Hector puxou o ar pesadamente e depois o soltou.

— eu sempre vou te amar, Diana.

Soltei o ar que segurava e uma lágrima escorreu pelo meu rosto, não era uma lágrima de tristeza, era uma lágrima de alívio. Ele se levantou e me abraçou.

— e é óbvio que eu vou casar com você, menina, eu nunca a abandonaria.

— obrigada.

Falei em um sussurro.

Como eu senti sua falta, aquele abraço fez toda a minha angústia passar, toda as incertezas. Ele ainda me ama, ele me perdoou.

— me prometa uma coisa, Diana.

— oque?

— nunca mais minta para mim, sobre nada, me conte tudo que está acontecendo com você, oque você sente, oque você quer. Não quero que você se sinta na obrigação de fazer algo que não queira só para me agradar, você tem as suas vontades e opiniões e eu tenho as minhas, e está tudo bem.

Concordei com a cabeça e falei:

— você tem razão, me desculpa, meu amor, eu não queria causar tudo isso.

— agora está tudo bem, é errando que se aprende, meu bem.

Ele beijou o topo da minha cabeça e depois me soltou do seu abraço.

— eu te amo, e não vai ter nenhuma briga que vai nos separar, você é minha, e eu sou seu, e isso só vai fortalecer mais ainda depois do nosso casamento.

— eu te amo...

Soltei a frase que estava engasgada na minha garganta desde a primeira vez que Hector disse que me amava.

— eu te amo, e quero passar o resto da minha vida com você, Hector.

Seus olhos brilharam ao ouvir isso, seus lábios quentes tocaram os meus e finalmente eu me senti protegida de novo.

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