𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵
Voltei para o quarto onde estava a garota, ela estava junto a Talia e Rebecca, elas tentavam acalma-la e conversar com ela. Me juntei a elas.
- Oque aconteceu?
Perguntou Rebecca preocupada.
- Vou ter que fazer o dobro hoje.
Talia me olhou assustada e disse:
- Diana, como você vai aguentar...
- Simples, não vou fazer isso. Nem que ele me mate depois.
As duas ficaram em silêncio me olhando.
Olhei para a garota a minha frente e toquei sua mão com delicadeza. Ela olhou nos meus olhos, e eu só conseguia ver medo e receio em seus olhos. Tirei seu cabelo do rosto e limpei as lágrimas que escorriam.
- Qual o seu nome?
Perguntei.
- Dalila.
- quem a trouxe para esse lugar?
Ela não me respondeu, parecia ter medo de revelar o nome da pessoa.
- Pode me contar se quiser, não precisa ter medo.
- meu pai.
Eu e as meninas nos olhamos uma para as outras. Eu continuei.
- Quantos anos você tem?
- 16.
Ao ouvir sua idade, meu coração apertou, era tão nova e tão injustiçada.
- por que ele a trouxe pra cá?
- Eu não sei, eu acho que ele queria dinheiro para jogar.
Meu sangue ferveu quando ela disse isso, como pode um pai vender sua própria filha para jogar.
Soltei sua mão e saí do quarto, fui em direção ao quarto que me pertencia durante a noite. Eu estava tão zangada que não queria explodir na frente da garota. Assim que entrei no quarto fechei a porta com tudo e joguei um dos perfumes que estava na penteadeira em direção a porta. Rebecca entrou logo em seguida.
- Uau, garota, está querendo me matar?
- Desculpa.
- Oque aconteceu, Diana?
- você ainda tem coragem de pergunta oque aconteceu? Graças a um miserável viciado, essa garota está aqui, e vai ter que aprender a viver do jeito que vivemos. Você tem noção de como a cabeça dela deve estar agora?
Cuspi as palavras com raiva
- Diana eu sei oque ela esta passando, eu também ja passei por isso. Todas passamos.
- mas vocês não tinham apenas 16 anos. E não foram vendidas.
- acha que estamos aqui por que queremos, por que gostamos? Não, Diana, estamos aqui por necessidade.
Passei a mão no rosto e me joguei na cama. Respirei fundo e falei:
- convenci o Edgar de não apresenta-la hoje.
Rebecca sentou ao meu lado na cama.
- como fez isso?
- disse a ele para esperar ela se acostumar um pouco com a casa, e depois aprenseta-la a esses homens nojentos.
- Isso vai ser tão traumatizante a ela.
Algumas lágrimas escorreram dos meus olhos, e eu as limpei rapidamente.
- eu sei que vai. Onde ela está?
- Talia está cuidando dela.
- traga ela até mim, por favor.
Pedi me levantando da cama.
Rebecca foi em direção a porta, chutando para os lados alguns cacos de vidro que estavam no chão.
- limpe isto, antes que o Edgar veja, ou que você se machuque.
Concordei com a cabeça e ela se foi.
Alguns minutos depois, eu estava no palco de dança com Dalila. Ela já estava um pouco mais calma, e parecia se sentir mais a vontade ao meu lado. Apoiei meu cotovelo no pole dance e falei divertida:
- Já dançou alguma vez?
- nisso?
Perguntou apontando para a barra.
- sim.
Falei girando em volta da barra que eu estava apoiada.
- não, eu nem sei como sobe nisso.
- assim.
Sorri e levei meu corpo para frente e depois girei na barra entrelaçando minhas pernas nela. A garota me olhava com admiração e interesse no que eu fazia. Fiz mais alguns movimentos no pole dance e desci.
- Uau, como você aprendeu isso?
- Eu gostava de praticar quando era menininha, e quando vim pra cá, aprendi oque sei hoje.
- quando criança? Mas isso não é dança sexual?
- claro que não, é uma dança comum igual as outras. O problema está nas pessoas que sexualiza a dança.
Pisquei um olho para ela e me afastei da barra, lhe dando espaço para treinar.
- coloque essa mão aqui, e relaxe o corpo.
Ela fez o que eu pedi, e eu comecei a ensina-la alguns movimentos simples. Ela até que tinha jeito pra isso e aprendeu alguns movimentos bem rápido.
- na onde vocês dormem? Naquele quarto?
- de dia sim, mas de noite, temos o costume de dormir nos quartos de cima, pra onde levamos os clientes.
- quantos clientes você tem?
- todos somos obrigadas a dormir no mínimo com 8 em uma noite.
Ela me olhou com espanto. Por costume, sorri de sua cara.
- mas você ainda é nova, 2 pra você é o suficiente.
- como é?
Perguntou enquanto girava na barra.
- como é oque?
- transar.
Por um momento eu me surpreendi com a sua pergunta, mas eu também ja esperava que ela fosse virgem.
- pra falar a verdade, um tédio. Você não tem prazer, por que não é com uma pessoa que você quer.
- aqui só vem velhos?
- não, frequenta homens de todas as idades.
Ajudei Dalila a descer do pole dance e fomos até a cozinha pegar água.
- você não vai se apresentar hoje, então não precisa se preocupar.
- mas o homem falou...
- eu conversei com ele, você vai ter um tempo para se acostumar aqui e aprender algumas coisa. Depois você vai apresentar.
Senti seu corpo relaxar quando terminei de falar. Voltamos para o pole dance e a treinei mais um pouco, quando já estava quase na hora de me arrumar, fomos para o quarto.
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Futuro Indeciso
FanficDiana foi vendida pelo seu tio para um cafetão quando tinha apenas 16 anos. Com o passar do tempo, ela se tornou a mulher mais desejada do clube, todos os homens a queria, mas não era todos que podiam pagar para tê-la. Até que um renomado advogado c...