ᴇᴜ sɪɴᴛᴏ ᴍᴜɪᴛᴏ, ᴀᴍᴏʀ

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3 𝘮𝘦𝘴𝘦𝘴 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴

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3 𝘮𝘦𝘴𝘦𝘴 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴

𝓓𝓲𝓪𝓷𝓪 𝓡𝓪𝓲𝓸𝓵

Minhas mãos estavam suando, a minha pressão parecia que ia com Deus a cada segundo que passava, eu estava ficando nervosa com a demora para sair o resultado.

- e então, Diana?

Gritou Hector, batendo na porta, o que me fez da um pulo de susto.

- só mais alguns minutos.

Falei, colocando o teste em cima da pia do banheiro.

Comecei a andar de um lado para o outro com a mão na cabeça e tentando lembrar se em algum momento eu havia esquecido de tomar o bendito do anticoncepcional. Olhei para o relógio e vi que o tempo de espera já tinha passado, fechei os olhos e segurei a respiração. Me aproximei da pia e abri um dos olhos e olhei para o teste.

- graças a Deus.

Sibilei, ao ver o "não grávida" no teste.

- Diana?

Hector bateu na porta de novo. Tentei disfarçar a felicidade que queria transborda do meu corpo e abri a porta.

- e então?

Perguntou, sorrindo.

Mostrei o teste a ele e quando ele leu o sorriso foi embora do seu rosto.

- eu sinto muito, amor.

Falei, abraçando-o.

Hector começou a falar em ter filhos a 2 meses atrás, eu não disse a ele que estava tomando anticoncepcional, não queria desaponta-lo. Começamos a ter relação sem camisinha e todo mês eu fazia um teste de gravidez, mês passado eu estava com a consciência tranquila, sabia que não estava grávida. Esse mês todos os sintomas possíveis de uma gravidez apareceu, e até eu mesma achei que estaria grávida.

- será que eu sou infertil, meu bem?

- não pense assim, meu lindo, talvez só não seja a hora de termos um filho, ou então... Não sei... Talvez eu não possa ter filhos.

Eu não queria ter filhos, nunca cogitei essa ideia, eu não seria uma boa mãe para uma criança. Já o meu noivo pensava o contrário.

- eu preciso tirar essa dúvida, meu amor, vou marcar uma consulta para nois dois, e então vamos saber se podemos ou não ter filhos.

Droga, não.

- Hector...

- não diga nada, não precisa de preocupar, eu marco a consulta.

Ele me deu um beijo e se virou para sair do quarto.

- e se não podermos ter filhos?

Ele se virou e disse:

- vamos adotar.

E então saiu do quarto.

- só pode ser brincadeira.

Falei, com raiva.

Peguei minha bolsa que estava em cima da cama e saí do quarto batendo o pé. No caminho até a cozinha, encontrei Daniel nas escadas, ele me encarou e riu com aquela cara sinica dele, revirei os olhos e continuei descendo os degraus.

- ainda são 7:00 da manhã, e você já está com essa cara de chata máxima sua, Diana?

Parei no final da escada e me virei.

- você nem precisa de horário, né? Porque essa sua cara de cu é 24 horas.

Disse, e segui até a cozinha, e ele fez o mesmo.

- eu te odeio mais do que você me odeia, garota.

Gritou atrás de mim.

- vai ver se eu estou na esquina, Daniel.

- você não quer que eu responda, né?

Assim que cheguei na cozinha, me encostei na cadeira ao lado de Hector e fiquei esperando Daniel se aproximar.

- oque foi?

Perguntou ele, parando na minha frente com as mãos no bolso.

- você é tão engraçadinho né, Daniel, parece que não olha para o próprio rabo.

- para o meu não, apesar de ser muito bonito, mas eu prefiro olhar para o das garotas.

- justamente das que ficam da esquina.

- olha aqui, Diana, eu...

- ei, ei, chega vocês dois.

Falou Ellen, sacudindo as mãos e entrando na nossa frente.

- parecem duas crianças, se comportem.

- amor.

Hector pegou no meu punho e eu olhei para ele.

- sente-se.

- é, senta ai, garota.

Exclamou Daniel.

Hector puxou a cadeira para mim e eu me sentei ao seu lado. Seu irmão se sentou do outro lado a sua frente.

- come, querida.

Falou, apontando para o bolo que estava na minha frente

- estou sem fome.

- de novo? Assim você vai sumir.

Ellen falou do outro lado da mesa.

- isso é possível? Se for, pode continuar sem comer, Diana.

Daniel completou com um sorriso no rosto.

- chega, Daniel.

Rosnou Hector.

Os três comeram em silêncio, Hector insistiu algumas vezes para que eu comesse mas eu neguei todas as vezes.

- vamos?

Falei para Hector.

- vamos!

Levantamos da cadeira e fiquei esperando Hector beber um pouco de água.

- Diana.

Daniel me chamou, mas eu fingi que não ouvir.

- oque você recomenda para uma pessoa, assim, bonita igual eu, fazer em relação a uma pequena frustração do dia a dia?

Eu olhei para ele com um sorriso forçado e disse:

- oque eu recomendo? Que vá procurar um psicólogo ou então um psiquiatra, porque você tem mais problemas que só uma pequena frustração.

Ele fingiu pensar por um momento e rebateu.

- eu até seguiria seu conselho se você já fosse psicologa, mas como ainda não é, não vou seguir, quando você se formar, eu volto a te perguntar isso.

- vamos, querida.

Hector pegou em minha mão e me levou para fora da cozinha.

Como Daniel disse, eu comecei a fazer a faculdade de psicologia a pouco tempo, eu estava adorando o curso e finalmente pude começar a realizar meu sonho de ter uma carreira digna. Eu estudava de manhã, e meu noivo me levava todos os dias até a faculdade e depois ia para o trabalho.

- pronto, está entregue.

- até mais tarde.

- até, amor.

O beijei e saí do carro, entrei no prédio e fui direto para a minha sala.



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