CAPÍTULO 8

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                    ALANA REIS

               NO DIA SEGUINTE 

Termino de organizar meu quarto e vou para a cozinha, onde vejo mãezinha.

— Bom dia, mãezinha. — ela me olha e sorri.

— Bom dia, querida. — eu beijo seus cabelos. Ela hoje está bem melhor, até mesmo está andando pela cozinha fazendo café.

— Está se sentindo melhor hoje, mãezinha? — pergunto, ajudando-a a organizar a mesa da cozinha.

— Sim, querida, estou ótima. Não senti muita dor para levantar, e ontem até mesmo vi você chegar. — eu arregalo os olhos.

— Sério, mãezinha?

— Sim, querida. E não gostei de ouvir o que sua irmã disse, Alana. Sua irmã é minha filha, mas ela passa dos limites com você, ela sente inveja. — é a primeira vez que vejo minha mãe falar abertamente sobre Vivian.

— Vou ter uma conversa com Vivi sobre estar saindo com Claudio. Isso é inadmissível. Vivi só me envergonha, Alana. — eu olho para minha mãe, que está com o rosto banhado em lágrimas.

— Eu não me importo, mãezinha. Eu já não gosto mais de Cláudio mesmo. — acho que nunca gostei. Eu sofri a dor da traição, sofri por ter sido traída por meu namorado e irmã. Mas não pelo amor, eu só fiquei com Cláudio para ter um pouco de paz.

— Fico tão triste, Alana, e me pergunto onde foi que eu errei na criação dessa menina para ela agir dessa forma.

— A senhora não errou, mãezinha. A vida é feita de escolhas, e às vezes as pessoas fazem as escolhas erradas. — dou de ombros.

— Sabe, filha... eu sempre amei seu pai. Ele foi meu primeiro e... — ela parece olhar ao redor antes de continuar.

— Único amor... eu amo Jorge, mas às vezes sinto que ele não me ama de volta. Eu fico triste, pois seu pai José ele me amava tanto. Ele cuidava de mim, Alana, nunca duvidei dos seus sentimentos, agora Jorge? Aos finais de semana, ele nem mesmo dorme em casa, ou se dorme não é na nossa cama. — lágrimas pingam de seus olhos, e eu tenho vontade de gritar, mas me silencio.

— Por que você não larga o Jorge, mãezinha? Vamos ser felizes juntas; eu cuido de todas as despesas. — ela me olha com pesar, tristeza e dor.

— Não posso, filha... não posso... — ela sai da cozinha chorando, me deixando sozinha. Eu me pergunto por que não pode? O que a segura em um homem como esse? Minutos depois, chega Jorge, e está sério.

— Bom dia, Alana. — cumprimenta, colocando o saco de pães na mesa.

— Bom dia.

— A Sônia está na cama? — me pergunta, vindo na bancada pegar a garrafa de café. Eu me encolho com medo que ele possa me tocar; ele só pega a garrafa, o copo, e serve o café.

— Não, ela deve ter ido ao banheiro. — respondo em um fio de voz. E então mãezinha apareceu.

— Demorou na padaria, Jorge. — minha mãe parecia contrariada. Me pergunto se ela ouviu ele tentando entrar no meu quarto ontem.

— Estava conversando com Alonso sobre um possível trabalho de dez dias em uma construção na avenida Boa Vista. — ele está mais sério do que me lembro de ter visto.

— Já era hora. A meses você não traz nem um centavo para essa casa; todos aqui comem porque Alana compra. Tem luz e água porque ela paga. — então Vivian apareceu.

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