CAPÍTULO 53

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                 DARIO MARTINELLI

                  NO DIA SEGUINTE

Conversar com Alana e tê-la por perto, sorrindo, radiante mesmo diante de todos os problemas que ela tem em casa, me fez pensar em como todos nós temos dores, pesadelos, monstros e tristezas. O segredo está em como lidamos com eles e não no tamanho do problema. Ela escolhe lidar com seus problemas de uma forma leve e bonita, e não deixa que isso afete sua vida. Não deixa marcas visíveis, não deixa a revolta entrar. Ela simplesmente segue em frente, e eu a admiro ainda mais por isso. Ela é um raio de sol; sua luz me cativa, me encanta e me envolve, é uma sensação maravilhosa da qual nunca experimentei antes. Enquanto estou com ela, não me sinto no fundo do poço, consigo ver a luz, consigo tentar seguir em frente sem culpa, sem dor. Às vezes até esqueço das minhas cicatrizes, sorrio mais, brinco mais, vivo mais. Há tanto tempo que não sei o que é viver feliz sem preocupações, e ela faz isso comigo. Ela me traz esperança. Alana é minha paz.

Sorrio ao vê-la dançando na cozinha enquanto procura por queijo na geladeira.

— Anda, Dario. Você disse que iria me ajudar. — eu me aproximo dela e agarro sua cintura, beijando seu pescoço.

— Eu disse que iria assistir às suas artes culinárias, não que iria ajudá-la. — ela coloca as mãos na cintura e me olha com um olhar fulminante.

— Espero que esteja brincando, Dario Martinelli. — eu olho para Ruth procurando ajuda, e ela sai de fininho.

— A senhorita quer que eu ajude em quê? — pergunto quando vejo que sou voto vencido. Ela abre um sorriso de menina.

— Eu quero que você rale o queijo. O ralador está na ilha e o queijo está aqui no prato. — eu olho para ela e balanço a cabeça.

— Você é mandona, hein. — Alana mostra a língua e continua a abrir a massa de pastel. Eu pego o queijo, corto uma fatia generosa e começo a passar no ralador, parece até terapêutico. No final, pego a última isca de queijo e como, vejo o olhar de Alana e pego um pedaço e vou até ela.

— Abra a boca, gatinha. — peço e ela revira os olhos, mas abre a boca e eu dou a ela o pedaço de queijo.

— Bom, não é? — ela balança a cabeça sorrindo.

— Maravilhoso. Para ficar melhor só um cafezinho, Martinelli.

— Você merece até um beijo agora, sabia? — eu a puxo pela cintura e a beijo com carinho, e ela corresponde. Passamos boa parte da manhã nos curtindo enquanto ela preparava os pastéis com a ajuda de Ruth; eu só comi mesmo.

Depois fui dar uma olhada nos trabalhos que estavam pendentes e quando percebi já estava passando das quatro horas da tarde, Alana invadiu meu escritório com uma bandeja.

— Como você não foi comer, eu resolvi trazer seu lanche. — eu me levanto, pego a bandeja de suas mãos e a coloco na mesa de reuniões.

— Tem uma refeição que estou sentindo falta. — falo sorrindo de lado.

— Qual, Dario? — pergunta inocentemente. Eu chego perto de sua orelha e falo baixinho.

— Sua boceta, Alana, — aperto sua cintura e roubo seu ar com um beijo.

— Quero comê-la com a boca, — narro ao levantar Alana do chão e a colocá-la em cima da mesa.

— O que acha, Alana? — pergunto, me colocando de joelhos e abrindo suas pernas. Quando estava prestes a retirar sua calcinha, ouvimos batidinhas na porta.

— Senhor Dario.

— Sim, Ruth.

— Desculpe o incômodo, mas seu pai está aqui. — respondeu e eu me levanto, beijo Alana e sorrio.

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