ALANA REIS
Então coloco a minha máscara de falsidade e nem ouço o que ele tem a dizer; apenas saio de perto dele sem esperá-lo, sigo caminhando sem rumo, seguindo alguns caminhos de flores e gramas e termino parando em outro jardim com caminhos de pedras, mas sem arbustos, apenas árvores, muitas flores, e os bancos eram de madeira. O barulho do chafariz era relaxante, e eu me sentei no banco de frente para ele, ficando ali com os olhos encarando o chão de pedrinhas, contemplando o silêncio confortável. Eu não quis pensar em nada; apenas preferi me esconder um pouco, ficar sozinha comigo mesma, ver onde estou pisando, com o que estou sonhando, onde estou entrando. E quando dei por mim, alguém senta ao meu lado; levo um susto quando noto ser a senhora Martinelli em seu vestido de festa impecável, os cabelos loiros em um coque baixo, um diamante brilhante no colar de pérolas, assim como os brincos. Tudo nesse povo grita riqueza, e eu com essas roupas humildes, tenho vontade de sorrir em ironia. Ela fica em silêncio comigo por um tempo.
— Você está se apaixonando por meu filho, não é, Alana? — Sua pergunta me deixa atordoada, e em um primeiro momento, tenho o desejo de negar, dizer que não sinto nada, que só estamos ficando. Mas então percebo que ela é a mãe dele, e quem melhor que uma mãe para dizer quem é o filho, e se vale o risco? Então sou sincera.
— Como não se apaixonar don... Ana? Dario é maravilhoso; ele deixa de cuidar dele próprio para cuidar de mim. — Falo enquanto cubro meus olhos cansada. E ela fica em silêncio e então limpa a garganta.
— Dario é um dos meus filhos com o coração mais bondoso que eu já vi. Ele é amigo, responsável, um tanto cabeça dura, muito orgulhoso, mas se tem uma coisa que eu percebi nesses dois dias que você está aqui, é que ele se importa com você. — Eu a olho de lado com medo do “mas” que viria a seguir.
— Mas, como todos têm defeitos, o meu filho... ele não acredita mais no amor, Alana. E se você quiser que ele se apaixone por você, terá que lutar por isso. Já aviso que não será uma tarefa fácil; terá que ser paciente, ter determinação, disposição e persistência. E não será fugindo dele quando uma maluca qualquer aparecer para tentar, de alguma forma, chamar a atenção dele que você vai conseguir isso. — Ela toca em minha perna dando duas batidinhas.
— Se você quer o amor dele, conquiste, lute por ele. Ou se acha que não tem maturidade, ou quem sabe não deseja isso, deixe-o ir. Meu filho já sofreu demais, Alana, ele merece calmaria e não mais tempestade. — É com essas palavras que ela se levanta, e antes de sair do jardim, ela me olha com carinho.
— Eu gostei muito de você, e seria uma pena se você desistisse no meio do caminho. Não é por ser meu filho não, mas Dario vale a pena. Ele merece alguém que também lute por ele, alguém que prove que está com ele para o que precisar. Como ele cuida de você, às vezes ele também merece ser cuidado. Não é por ser um homem que ele não possui problemas ou fraquezas. — Ela se aproxima e para bem à minha frente.
— Às vezes, minha querida, duas almas quebradas se reconhecem e são a salvação uma da outra. — E então, como chegou, ela se foi. Eu penso em cada uma de suas palavras, penso se vale a pena o risco. E então eu penso no antes. Antes de conhecê-lo, como era sem graça a minha vida, sem emoção, como eu era infeliz. Quando ele apareceu, trouxe cor e esperanças. Fico aqui sozinha no frio da noite tentando encontrar respostas para sentimentos que estão mais que gravados em mim. No entanto, rapidamente percebo que o que estamos experimentando não passa de uma farsa, meramente um acordo, um namoro de fachada para minha proteção, e não um compromisso sério. A quem estou tentando enganar ao sentir ciúmes, ficar desapontada ou buscar explicações dele quando, para ele, o que temos é apenas um ato de caridade? Esse pensamento me destroça, e assim que percebo que não estou sozinha, tento afastar essas reflexões da minha mente, pelo menos por enquanto. Até que seu perfume chega até mim, e depois o barulho de seus passos seguros, quase silenciosos, se aproxima de mim. Eu continuo com o rosto virado para os meus pés. Ele se senta ao meu lado e solta um suspiro alto e cansado, pensando em tudo que dona Ana disse. Não bombardeio ele com perguntas; apenas deito minha cabeça em seu ombro. Parece surpreendê-lo, pois ele fica imóvel por um tempo. Até que reage, abre os braços, e eu deito a cabeça em seu peito, ouvindo seu coração agitado.
— Ela não é nada pra mim. — Ele explica com o tom de voz contido.
— Já resolveu o que tinha pra resolver com ela? — Indago.
— Por hora, sim. — Responde enigmático.
— Certo. — Digo ao fechar os olhos, aproveitando o abraço. Depois do que pareceu horas, ele sussurrou em meu ouvido.
— Obrigado. — E eu sorri. Talvez Dona Ana estivesse certa, e não será com mais tempestades e problemas que vou conseguir conquistar Dario. Eu mentiria se não pensasse que sonho com o dia em que ele dirá que somos muito mais que uma farsa. Há tempos esqueci desse acordo bobo e estou me entregando por inteira. Tudo o que quero é que seja de verdade.
— Vamos nos arrumar? Estamos atrasados. — Ele chama, e então nós levantamos e seguimos para o quarto dele. Eu tomei meu banho no seu quarto, e ele seguiu para um quarto de hóspedes. Nos encontramos na sala de jantar; ele estava triste, jogado em um canto, parecendo perdido em pensamentos, cansado, derrotado até. Isso doeu no meu coração. Quem é essa mulher e por que ela consegue abalá-lo tanto assim? Eu me aproximo dele, e só então vejo uma fagulha em seus olhos. Ele sorri para mim e olha para meu corpo. Estou usando o outro vestido que Duda me ajudou a escolher. Ele se levantou da poltrona e vem até mim.
— Você está linda, Alana, a mulher mais encantadora que já conheci. — Eu sorrio igual uma boba com o elogio dele e aproximo da sua orelha.
— Não fica animadinho assim não, viu. — Brinco, e ele sorri contido.
— Não vou ganhar nem alguns beijinhos, Alana? — Pergunta, me puxando para perto dele, beijando meu pescoço.
— Se você for um bom rapaz, quem sabe. — Ele se aproxima da minha orelha e deixa uma mordidinha.
— Eu não prometo nada, eu costumo me comportar muito mal às vezes. — Sua voz rouca me faz arrepiar por completo. Então o casal Martinelli se aproxima da sala de jantar, e todos vão para a mesa. O jantar é descontraído, onde toda a família gargalha, brinca, comemora. Mas nunca a troca de brincadeiras entre Dario e Corrado; algo aconteceu entre eles. Depois do jantar, teve uma pequena comemoração em um dos lounges da fazenda, onde o casal Ana e Francesco dançaram, assim como Paolo e Elena, e Corrado e Eloá. Eu percebi Dario olhando para eles algumas vezes de forma estranha. Não sei se vi mágoa, tristeza, dor ou se foi... sei lá, não consegui distinguir. Quando deu meia-noite, nos retiramos. Ele não quis dançar, e eu também não fui, estava de vestido um pouco curto demais. Então ficamos sentados comendo alguns doces ou carne. No quarto, nos arrumamos para dormir, e como na noite anterior, nos deixamos levar pelo desejo. Ele mais uma vez me fez chegar ao orgasmo sem nem precisar me tocar. Ele correu para o banheiro depois, e até imagino o porquê, mas o mais estranho foi ele acreditar que estava dormindo e sair do quarto. Ele demorou horas, eu não consegui dormir, e quando ele apareceu, estava suado e foi tomar um banho para só então deitar ao meu lado. Ele solta um suspiro cansado e, vencendo meu maior medo, me viro para seu lado e deito em seu ombro; ele retesa o corpo por um tempo antes de passar seu braço pelo meu corpo.
— O que você tem, Dario? — Pergunto baixinho.
— Como assim? — Desconversa.
— Às vezes, você está bem, feliz, outras está destruído, triste, longe. — Esclareço. Ele solta o ar.
— Me desculpa, Alana, há dias que os problemas batem na nossa porta e deixam a gente atordoado. — Confessa.
— E o que você faz para relaxar quando está assim? — Pergunto baixinho. Ele solta um gemido quando beijo seu pescoço.
— Alana... não brinca com fogo. Já toquei duas vezes hoje pensando em você. Estou no meu limite. — Ele confidencia ao me deitar de costas na cama.
— E não diminui nem um pouquinho o tesão que sinto por você. — sua voz é rouca, grave, o que me deixa em chamas.
— Eu desejo você, Dario... — Confesso baixinho, procurando sua boca, e ele vem ávido, faminto, e eu me entrego a ele. Nos beijamos por vários minutos até que ele se afasta de mim.
— Se eu não parar agora, vou te tocar, Alana. — Sua voz é tão erótica que me encolho de tesão.
— Tenta, Dario. Tenta me tocar. — Imploro. Ele se aproxima, olha em meus olhos, e enquanto isso, desce seus dedos pela alça do meu vestido, um simples roçar, e quando chega ao meu seio, prendo a respiração. Ele deixa a mão lá, sem apertar, e eu espero o medo ir embora. Meus olhos estão fechados, meu corpo está rígido.
— Sou eu, gatinha. Sou o seu Dario... — Abro meus olhos e vejo suas íris azuis mostrando seus desejos. Toco em seu rosto e beijo sua boca; meu corpo relaxa e ele percebe. Começa a deslizar os dedos por meus seios como uma carícia leve, lenta e torturante. Quando solto um gemido, ele se aproxima mais e beija meu pescoço, apertando meu seio com um pouco mais de intensidade, e outro gemido me escapa.
— Posso vê-los, Lana? — Ele cantarola meu nome em seus lábios e eu engulo em seco, confirmo com a cabeça.
— Pode. — Ele desce a alça da blusa, beija meu colo até desnudar por completo meus seios.
— Linda! — Elogia ao encarar meus seios.
— Posso tocá-los, Alana? — Eu permito, o toque de sua mão é áspero, marcante e gostoso. Eu me esfrego nele sem perceber, e ele sorri de lado.
— Vou beijá-los, Alana. — Não espera a permissão, e sua boca quente desce por meu seio, arrancando-me um suspiro de prazer.
— Dario... — Chio seu nome, sentindo um forte desejo de ser preenchida por ele.
— Se toque, Alana... goze comigo mamando em seus seios. Da próxima vez, vou mamar seu clitóris dessa forma. — Ele puxa meu mamilo para dentro de seus lábios e os suga com força e avidez. Não preciso me tocar muitas vezes para o orgasmo chegar; ele faz o mesmo com o outro seio, e rapidamente, o prazer me invade. Sinto o desconforto dele pelo volume que às vezes ele apertava demais, e seus gemidos são roucos. Quando termino, ele se afasta de mim.
— Não vai, Dario. — Peço.
— Preciso me aliviar, Alana. — Sua voz está sôfrega.
— Eu quero assistir. — Falo corajosa. Ele me olha meio incrédulo.
— Tem certeza? — Confirmo, engolindo em seco. Então ele desce a bermuda para baixo, seu membro aparece duro, grande, grosso, com uma gota de pré-semen na cabeça. Ele passa os dedos por ela e a espalha, soltando um gemido baixo e rouco. Agarra sua ereção e faz movimentos de vai e vem, jogando sua cabeça para trás. É tão erótico e prazeroso assistir ele se dando prazer, que apaga todas as visões traumáticas que eu tinha desde muito nova. Dario é naturalmente sensual. Continua apertando seu membro com força entre os dedos; o abdômen trincado cheio de gominhos me faz salivar para tocá-lo. Esse homem é o desejo secreto de qualquer mulher. Sem poder controlar meus impulsos, toco seu abdômen, e seu gemido rouco me faz arquejar em desejo ardente. Ele vira o rosto para me encarar, e eu beijo sua boca rosada. Nosso beijo faminto dura até que ele alcance sua liberação, resultando em todo seu abdômen sujo. Para não fazer barulho, ele deixa uma mordida forte em meus lábios para conter seu gemido alto. Depois que sua respiração normaliza e ele se levanta para se limpar, nos deitamos e dormimos. A cada dia, me sinto mais segura e feliz com Dario. Só espero que dure.
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uma farsa com o milionário
Romance○ Slow Burn ○ Friend To Love ○ Fake Date ○ Mocinho Protetor ○ Mocinho quebrado Dario Martinelli, aos 28 anos, é um homem de negócios bem-sucedido que acreditava ter toda sua vida planejada milimetricamente. Metódico, imaginava ter tudo sob controle...