CAPÍTULO 30

405 48 27
                                    

                      ALANA REIS  


Eu acordo sozinha na espaçosa cama de Dario. Meu corpo está relaxado como nunca esteve antes. Ainda posso sentir a respiração agitada e ofegante de Dario em minha nuca. O tesão envolveu nós dois. Eu estava tão alucinada em busca do meu primeiro orgasmo que nem percebi que estava esfregando em um homem excitado. Pela primeira vez, sentir ou presenciar um homem excitado não me causou nojo, repulsa ou pavor. Não entrei em pânico como imaginei que ficaria. Sinto vergonha ao pensar que gostei do que vi em seu rosto tomado pelo desejo e de seu membro ereto. Cheguei a desejar tocar e sentir seu corpo e sua ereção em minhas mãos. Ele me provoca desejos e anseios que nunca senti antes.
Mesmo assim, Dario foi bom comigo. Em momento algum tocou em meu corpo, simplesmente me guiou e me fez gozar. Ainda me sinto flutuando.
No momento em que Dario desapareceu, considerei seriamente nunca mais encará-lo. Ninguém quis revelar para onde ele foi, por que sumiu, o que estava fazendo, e uma angústia enorme se abateu sobre mim. Implorei a todos por uma resposta, pois o marido de Elena havia aparecido, mas não soube explicar para onde Dario tinha ido, alegando ser algo relacionado ao trabalho. Corrado olhava-me com pena e algo como desprezo, intensificando meu desejo de fugir dali para longe. Já passo por tantos sofrimentos, e não queria enfrentar mais um – não seria justo comigo.

No entanto, é só ele aparecer que toda minha determinação cai por terra, abrandando minha raiva e motivações para me afastar. Só consigo enxergar ele, percebendo o quanto estou apaixonada por ele, ansiando por cada toque, beijo, olhar e sorriso. Sei que é um território desconhecido, com noventa por cento de chances de sair com o coração esmagado, e dez vezes mais quebrada do que antes. No entanto, algumas oportunidades só acontecem uma vez, e se eu desistisse de viver o agora ao lado de Dario, poderia me arrepender muito mais. Mesmo correndo sério risco de me ferir, vou continuar.

Entretanto, não engoli os arranhões e hematomas no peito e braços dele. Algo aconteceu, e agora o que é, não tenho ideia. Ele despistou e não revelou o motivo. Eu, fraca demais quando se trata de Dario, não resisti a ele. No entanto, ainda estou magoada, mas sei que ele não traiu minha confiança, não transou com ninguém. Apesar de omitir várias coisas de sua vida, deixando-me em meio a mistérios, omissões e segredos, confio em Dario.

Levanto-me ao perceber que já passava das dez da manhã e sigo para o banheiro. Tomo um longo banho em um chuveiro digital LED, que demorei horas ontem para conseguir regular o fluxo da água e a temperatura ideal. Os botões ficam no painel digital, algo chique demais para uma pobre mortal como eu. O trem tem outras duchas por onde sai água, e a diferença da pressão da água ao apertar no painel fez com que eu tomasse uma cascata de água tão quente que arrancou a pele do couro, exemplificando a vida de uma pobre que não entende a tecnologia de um chuveiro.

Após o banho, me enxugo e visto uma calça jeans de cintura alta e um cropped creme. Prendo meus cabelos para cima em rabo de cavalo e saio do banheiro, onde encontro Conceição me olhando com carinho.

— Bom dia, menina Alana. — Sorrio para Conceição ao cumprimentá-la.

— Bom dia, Conceição. A senhora sabe onde está o Dario?

— Dario saiu com o Joaquim para pegarem a caminhonete dele e deve estar voltando para o passeio de vocês.

— O carro dele não fica aqui, Conceição? — Indago curiosa. Ela não me encara nos olhos por um tempo.

— Ele possui uma propriedade enorme, a fazenda Pouso Alto. Os carros dele ficam lá. — Conta meio constrangida.

— Todos os filhos de Francesco possuem suas próprias terras, mas, na hora da colheita e mão de obra, não há distinção. A riqueza deles vai muito além do café, possuindo incontáveis negócios.
— Mas se ele tem a própria casa, por que mora com os pais? — Pergunto, sem entender o raciocínio de Dario. Quando ela estava prestes a responder, Dario aparece no quarto. Seu olhar está perdido, distante; ele parece abatido, assim como estava na festa do pai dele ontem à noite. Estava tão frio, tão distante, que não parecia o Dario que eu conheci. Parecia um homem quebrado, sem esperança, vazio. Foi horrível vê-lo tão perdido ontem. Quando ele se voltou para mim e me olhou nos olhos, soube que ficaria tudo bem. No entanto, olhando para ele agora, percebo que nunca ficará bem. Dario apenas usa uma máscara, tranca a tristeza e a dor para dentro, fingindo uma alegria que às vezes não chega aos olhos. Por que fingir? Tenho minhas dores, lutas, guerras, mas consigo me reerguer a cada dia sem precisar me transformar em algo oco, sem vida. Julgo que se um dia me perder ao ponto de só existir o vazio, não vou desejar mais viver, pois nesse dia não terá sobrado nada, nada que me faça desejar viver.

— Bom dia, gatinha. — Dario dá uma piscadela.
— Bom dia, Conceição. — Ele beija os cabelos dela, e Conceição sai do quarto discretamente.
— Bom dia, Dario. Acordou cedo.
— Força do hábito, sempre madrugo. — Ele dá de ombros, aproximando-se com um sorriso ardiloso.
— Posso te dar um beijo, Alana? — Eu confirmo com a cabeça, e ele me puxa pela cintura, beijando-me com desejo. Eu correspondo ao ficar nas pontinhas dos pés e agarro sua nuca, progredindo para um beijo mais quente. Quando estamos perdendo o ar, paramos de nos beijar, e eu repouso minha cabeça em seu peito.

— Está preparada para um passeio incrível no cafezal? — Ele pergunta, beijando meus cabelos.
— Estou muito ansiosa.
— Certo, então vamos descer, tomar nosso café e fazer de você uma cafeicultora. — Balanço a cabeça afirmativamente e o sigo para fora do quarto. A sala de jantar está com toda a família reunida: Paolo e a esposa com a filha, com quem pouco falei. Eloá com o marido Corrado, que sempre me encara com um olhar aguçado, bem ameaçador. Às vezes, penso se ele acha que sou uma oportunista. Temos o senhor e senhora Martinelli, que são gentis demais. O café da manhã, mais pareceu um brunch pela variedade de comida e pela hora em que foi servido, transcorre tranquilamente, sem grandes confrontos ou discussões. O tal Corrado não parava de encarar Dario, o que me incomodava.

Quando saímos para a lavoura, pergunto a Dario:

— Dario, por que seu irmão te olha com uma mistura de raiva e desconfiança? — Ele franze a sobrancelha, parecendo preocupado.
— Ele disse alguma coisa a você? — Interroga, com a expressão carregada.
— Nada. Apenas observei o olhar dele dirigido a você, parecia ser de raiva. — Explico. Ele fica em silêncio por bastante tempo.
— Sabe como são os irmãos, né? Ele tem um pouquinho de inveja por eu ser o caçula e ter alguns privilégios. — Responde, tentando sorrir da piada, mas não acredito que esse seja o motivo.
— Então quer dizer que Dario Martinelli é o filhinho preferido da dona Ana e do senhor Francesco. — Brinco, para dissipar a tensão anterior.
— Olha, preferido eu não sei, mas sou o filho que ela mais usa suas chantagens emocionais. — Durante o tempo em que estamos andando pelos cafezais da fazenda Martinelli, ele narra sua história com a mãe, os irmãos e sobre o café. Com sua picape, seguimos por entre os milhares de pés de café, marcados por quadras, onde têm o nome do café e a numeração da área em placas. Estar ali é maravilhoso; o perfume da flor do café me faz espirrar algumas vezes, mas possui um cheiro bom. 
— Para onde estamos indo? — Pergunto, após percorrer vários quilômetros de terras com cafezais.
— Vou levá-la a uma fazenda onde ficam os viveiros. — Olho para ele, confusa.
— Como assim?
— Estamos chegando, e você já vai ver. — Atravessamos uma porteira, e o que vejo me deixa embasbacada: um terreno enorme, quilômetros e quilômetros, com várias estufas ou estruturas metálicas cobertas. Nestas, diversas plantinhas estão sobre alguma outra estrutura que não tenho ideia do que seja. Dario sai da picape e me ajuda a descer; cumprimenta o que imagino ser o gerente do local, e então caminhamos entre as plantas.
— Nossa, isso é incrível! Como essas plantinhas chegam até aqui? — Pergunto, maravilhada.
— Eu também gosto de ver esse processo. Os grãos do café vão para o germinador. Depois de virarem pequenas mudas, passam por uma seleção minuciosa e só então são transferidos para esses tubetes. Em seguida, são transportados para os viveiros, onde são regados e cuidados diariamente, com controle de pragas e doenças. Após muitos dias, são transplantados para o solo. Isso é uma simplificação do processo, que envolve manejo e complexidade para tornar um pé de café saudável, vigoroso e produtivo. — Dario explica com certo encantamento, mostrando-me passo a passo do processo. Ali entendo que ele não é apenas mais um herdeiro; ele participa ativamente, ajudando no preparo das mudas e conversando com os funcionários, conhecendo o nome de cada um.

Ao nos afastarmos das pessoas, entramos em uma estufa onde as mudas de café já estão prontas para o plantio. Resolvo sanar minha dúvida.
— Achei curioso que aqui vocês tenham mais funcionárias mulheres. — Comento, curiosa, enquanto ele sorri e verifica os tubetes.
— Algumas mulheres dos nossos funcionários escolheram trabalhar na estufa. Não é um trabalho pesado, já que a estrutura da fazenda facilita o manejo para cuidar e cultivar as mudas. Aqui, os homens entram apenas no trabalho mais pesado, como pegar a bandeja e colocá-la no caminhão. — Explica, ainda concentrado em uma bandeja específica.
— Algum problema? — Pergunto, me aproximando.
— Não, só estava analisando se a irrigação estava chegando até aqui. — Responde, ainda concentrado.
— Pensei que as mudas germinassem na sacolinha. — Exponho minha dúvida.
— Era assim. Mas uma fazenda tão grande como a Martinelli precisa sempre inovar. Algumas de nossas fazendas no interior do estado ainda usam a sacolinha, mas aqui acreditamos que o tubete oferece maior segurança às mudas, pois o substrato esterilizado é livre de fungos e pragas, proporcionando maior chance de um café saudável. — Explica mais um pouco, e então seguimos para outra fazenda, onde ele me mostra mudas já plantadas no solo e pés pequenos, mas com tronco mais robusto.

— Quanto tempo leva para o café começar a produzir? — Pergunto, ao me sentar em um banco na estação de descanso dos trabalhadores. Construíram banheiros em cada estação, assim como varandas com mesas de madeira e bancos espaçosos, demonstrando uma preocupação admirável com os trabalhadores.
— Não posso te dizer com toda a certeza, pois há uma variedade de fatores, como a qualidade do café, do solo, do clima e o manejo. No entanto, o café arábica geralmente começa a produzir em 3 a 4 anos. — Explica mais um pouco sobre café, e em seguida, aborda o processo de colheita.
— Algumas quadras, principalmente os pés de café um pouco maiores, podem ser colhidas por máquinas. Mas para os grãos mais selecionados, preferimos que a colheita seja feita manualmente. — Estamos em uma lavoura onde vejo os grãos de café ainda verdes; esta é irrigada e parece ser uma quadra de café totalmente orgânico.
— As mulheres também participam da colheita?
— Sim, principalmente nas colheitas manuais. Elas são mais cuidadosas tanto com a planta em si quanto com o grão. — Achei interessante a forma como ele fala sobre a colheita e destaca o cuidado das mulheres.
— E depois vem o quê?
— Após a colheita, vem o que chamamos de beneficiamento. Simplificando para você, é a remoção dos grãos de café da cereja. Em seguida, eles vão para a secagem; os grãos precisam ser secos para atingir a umidade ideal. Depois vem o descascamento e classificação; os grãos são classificados pela qualidade e tamanho. Por último, e mais importante para mim como Q-Grader, é a torrefação, que influencia nas características como acidez, corpo e notas aromáticas. Em seguida, vem a moagem; os grãos torrados são moídos, e há uma variedade de métodos para que saiam ao gosto de cada consumidor. — Ele explica com tanta paixão, como se estivesse discursando em um curso.
— Uau... Q-Grader, hein. Depois desse banho de informações, acredito que quero provar o café de vocês. — Digo, ao me levantar e ficar frente a frente com Dario. Seus olhos azuis como piscinas me encaram, e eu me perco neles, tocando sua barba com carinho.
— Você é tão lindo. — Comento, hipnotizada com toda aquela beleza diante de mim.
— Acredito que seja a primeira vez que você me chama de lindo.
— Olha que mentira.
— Não vai me abraçar não, é? — Indago, e ele semicerra os olhos para mim, agarrando minha cintura com suas mãos, uma delas deslizando preguiçosamente por minha bunda, descansando ali. 
— Estava esperando você pedir, vai que estou te pressionando demais. Ontem... eu acho que fui um pouco longe demais. — Ele explica ao beijar minha testa.
— Eu não achei demais, eu achei gostoso, prazeroso e libertador. — Confesso baixinho, e ele sorri de lado.
— Imagina quando forem minhas mãos em sua intimidade, Alana, ou minha boca, a língua... — Ele narra ao beijar meu pescoço, queixo, e então beija minha boca. O desejo já crepita entre nós dois; ele me puxa para seu corpo, e posso sentir a dureza do volume que se formou em sua calça encostar em minha barriga, arrancando um arquejo de prazer e medo. Ele ainda não desgruda sua boca da minha, aprofundando ainda mais nossas línguas e bocas, fazendo-me deliciar desse momento. Ele aperta minha bunda, e eu, pela primeira vez, não paraliso. Fico temerosa, mas o cheiro, o gosto de Dario estão impregnados em mim. Impossível não saber que é ele me tocando, que são suas mãos, sua boca, seu gemido baixo e rouco, sensual e masculino, que deixou minha calcinha arruinada. Aperto uma perna na outra para aplacar a fome furiosa que cresce dentro de mim. Solto um gemido contido quando ele para nosso beijo com uma mordida em meus lábios.
— Boca gostosa, Alana. Você é gostosa por inteira. — Ele distribui pequenos beijos por meu rosto até chegar ao meu nariz.
— Este lugar é maravilhoso, Dario. — Comento depois de encostar minha cabeça em seu peito e ficar abraçada a seu corpo.
— São esses lugares que não me permitiram mudar para a cidade grande. — Nós dois absorvemos a paisagem magnífica ao nosso redor, com tantos pés de café verdinhos e o vento batendo nas folhas, fazendo um barulhinho agradável.
— Agora eu entendo. Também não trocaria uma calmaria dessas pela vida agitada da cidade grande. O barulho, o movimento, às vezes é demais.
— É o que eu sempre pensei quando tive que participar de alguns cursos para minhas especializações ou até mesmo a faculdade que cursei fora do estado. Senti falta daqui, e isso me fez ter a certeza de que era o lugar que eu pretendia morar para sempre. — Continuo ouvindo o bater do seu coração com os olhos fechados e o vento tocando nossa pele. Parece até um paraíso, algo que eu jamais queria deixar de sentir. Tantas perguntas rondam minha cabeça, mas nunca acho o momento certo para falar. É tudo tão incerto, tão escasso e frágil. Eu me solto dele e olho para os vales, as montanhas, e suspiro.
— Nunca vou me esquecer dos momentos que vivi aqui com você, desde a minha chegada até esse exato momento. Posso afirmar que foram os melhores dias da minha vida. Você tem esse poder, Dario, de me transportar para um lugar mágico. — Falo de costas para ele, sabendo que hoje é o último dia do meu conto de fadas. Amanhã eu volto para minha dura realidade, e nem é sobre o trabalho, é sobre a dificuldade de viver em uma casa onde você não sabe se vai ser recebida por sua mãe, seu padrasto abusador ou sua irmã bipolar. Isso é tão frustrante.
— Ei, gatinha, está falando em tom de despedida. Fique sabendo que pretendo trazê-la muitas e muitas vezes aqui. — Ele promete, mas pessoas como eu não podem se apegar a promessas de homens como Dario. Ele passa seus braços ao redor do meu corpo, e eu passo minhas mãos por seus braços, olhando para suas tatuagens. Quando eu ia perguntar sobre elas, seu celular toca, e então ele se afasta para atender. Eu me sento no banco e vou conferir meu celular; na mesma hora, recebo uma ligação de Fê.  
— Boa tarde, amiga. — Fala Fê do outro lado da linha.
— Boa tarde, Fê.
— Como está aí na casa do seu namorado falso?
— Uma montanha-russa de emoções, Fê.
— Me conte essa história direito, Alana! — Ela pede sorrindo, e então ouço a voz de Jéssica.
— Também quero saber, amiga. Conte tudo. — Eu reparo que Dario parece estar nervoso ao celular. Ele passa a mão pelos cabelos e gesticula algo impaciente.
— Dario me beijou. — Conto sem rodeios.
— Ele o quê? — Grita Fernanda.
— Eu sabia que você iria acabar caindo nas graças do milionário. Sua safada, deu pra ele também? — Pergunta Jéssica sem nenhum filtro.
— Não é para tanto, né Jéssica. — Estava para explicar a elas quando percebo a aproximação de Dario.
— E então, Fê, você está melhor? Conseguiu ir ao trabalho no sábado? — Disfarço, e acredito que elas entenderam.
— Quando chegar em casa, não vai escapar do interrogatório. Eu estou bem melhor; o poderoso chefão me deu folga e disse que não iria descontar do meu salário. Ele merecia um beijo por essa bondade dele. — Eu sorrio da maluquice dela.
— Duvido que uma de nós conseguiria um beijo do senhor iceberg Rivera.
— Deixa ele saber que você o chama de iceberg, Jéssica. — Brinco, e ela bufa. E então vejo que Dario está me encarando; seus olhos estão novamente tristes, vazios, sem emoção, e então resolvo me despedir das meninas.
— Amanhã nos falamos, meninas. Tenho que ir, tchau. — Eu guardo meu celular no bolso da minha calça e olho para Dário.
— Algum problema? — Pergunto ao procurar seus olhos; ele não me encara quando fala.
— Nada muito sério, mas é melhor nos voltarmos. O jantar do meu pai não vai demorar a começar.
— Tudo bem, então vamos. — Digo, seguindo ele. O que era um clima alegre, feliz, descontraído se tornou pesado, triste e silencioso. Eu não puxei assunto; eu deixei ele se perder nos pensamentos e fiquei quieta. Tem lutas que não devemos travá-las sozinhas, e outras que simplesmente não valem a pena nem tentar. Assim que chegamos aos portões da fazenda, vejo uma movimentação estranha, uma mulher maluca gritando o nome de Dario, dizendo que precisava dele e querendo entrar na frente da picape do Dario. O segurança a puxou para fora do caminho; ela era loira, o perfil que eu já reparei que Dario costuma sair. Eu não digo nada, mas ele me encara por um tempo. E então saltamos do carro na garagem; eu queria apenas correr para minha casa, mas não tem como já que dependo dele para ir embora.

uma farsa com o milionário Onde histórias criam vida. Descubra agora