ALANA REISVolto para a cama.
— Isso não tem graça, Dario. — repreendo ele, que continua a rir.
— Você estava adorando sentir meu pau pressionando contra sua bunda, Alana. — sua voz baixa e rouca faz maravilhas para minhas partes baixas.
— Não é pra tanto. — desconverso. Ele me puxa para ficar de lado e encará-lo.
— Vai me dizer que sua calcinha não está molhada, Alana? — sua voz sensual e grave me deixa tonta. Ele se aproxima e me puxa contra seu peito.
— Me deixe tocá-la? — ele pede ao deslizar sua mão grande pela minha barriga e levantar minha blusa. Eu olho para seus olhos e confirmo com a cabeça.
— Quero que peça, Alana. Peça para que eu toque sua bocetinha. — eu choramingo quando seus dedos roçam sobre o cós do short que estou usando, eu prendo a respiração e ele sorri meio torto e beija meu pescoço.
— Toque-me, Dario. — sussurro, gemendo, e ele desliza seus dedos por minha pele. A carícia me pega de surpresa e é leve, quente, gostosa. Quando ele se aproxima dos grandes lábios, ele me puxa para um beijo e eu não consigo pensar em mais nada, só nos seus lábios nos meus. Seus dedos descobrem partes e proporcionam prazeres que eu nunca havia sentido antes, ele encontra meu clitóris, e seus dedos começam uma dança maravilhosa que me faz ver estrelas. Ele me beija com mais ímpeto, seus dedos descem mais abaixo e eu tenho vontade de pedir para parar, mas ele não permite, ao me deitar na cama e aos poucos ele introduz a ponta do dedo.
— É gostoso, Alana. Não dói. — ele afirma e eu confirmo com a cabeça. Ele empurra para dentro um pouco mais e para.
— Está doendo?
— Não.
— Posso continuar? — confirmo, perdida no prazer. Ele então continua a introduzir o dedo e depois retira, e fica assim até que eu levanto meu quadril e imploro por mais. Ele me beija e esfrega meu clitóris, girando o dedo até que acerta o ponto exato e eu explodo em um orgasmo brutal e intenso. Ele me beija para conter meu gemido e espera meus espasmos passarem. Quando ele retira os dedos da minha calcinha, ele chupa os dedos e geme.
— O mel da sua boceta me deixa inebriado, Alana. — suas palavras me deixam envergonhada. Eu nunca senti tanto prazer. Eu pensava que qualquer toque masculino lá feria, machucava. E saber que não é assim me traz um alívio.
— Obrigada, Dario. — falo baixinho. E ele me olha sorrindo.
— O prazer foi meu. — ele pisca e aperta o volume de suas calças e eu sorrio atrevida.
— Quer uma ajudinha? — pergunto baixinho, olhando para suas calças.
— Melhor não. Já imaginou sua mãe aparecer aqui novamente e ver você com meu pau na mão? Ou seria na boca? — seus olhos brilham e eu passo a língua por meus lábios, ele passa seus dedos por eles, e áspero mas gostoso.
— Você chuparia, Alana? — sua voz é rouca, afetada pelo tesão.
— Levaria meu pau nessa boca carnuda e gostosa? Imagino que seria como um veludo. — Sua voz soa mais como um gemido necessitado quando estou prestes a responder, a porta do meu quarto se abre abruptamente, e Vivian entra com Cláudio. Dario mal tem tempo de cobrir sua ereção com um travesseiro antes de sermos analisados dos pés à cabeça, e sinto vontade de revirar os olhos.
— Vamos comprar hambúrgueres, vocês querem? — Seu rosto exibe uma expressão curiosa e algo que parece preocupação, algo estranho.
— Você quer, Alana?
— Não sei, só se você quiser também. — Respondo, e ele sorri balançando a cabeça. Ele retira a carteira de trás do bolso de sua calça e entrega a Vivian três notas de cem reais.
— Queremos também. — Diz quando entrega as notas a Vivian.
— Não precisava disso tudo. — Ela diz estoicamente.
— Compre para sua mãe também. — Ele dá de ombros. Todos escolhemos os hambúrgueres com alguns acréscimos, e ela vai fazer o pedido. Ficamos sozinhos no quarto, Dario me puxa para perto dele, beija meu rosto e, preocupado, me encara.
— Peguei pesado demais? — Eu nego com a cabeça.
— Foi maravilhoso, Dario. Eu achava que doeria, sabe... que se algo entrasse lá, me machucaria. — Confesso baixinho, e ele segura meu rosto.
— Por que pensava isso? — Eu me sento de costas para ele e revelo algo que apenas minhas amigas sabem.
— Quando eu tinha acabado de fazer dezenove anos, em um momento de pura imprudência, resolvi perder minha virgindade. — Confidencio, sentindo as lágrimas virem.
— O rapaz era um conhecido; já tínhamos trocado um beijo uma vez, e eu pensei: por que não? — As lágrimas escorrem pelos meus olhos, como se eu estivesse de volta à noite em que decidi que perder minha virgindade com um conhecido resolveria os abusos de Jorge. Eu fui tão ingênua, tão tola.
— Fomos para um bar; ele queria que eu relaxasse, como eu nunca havia ficado com ninguém, acreditei que ele estava certo. No bar, ele me deu várias bebidas, cerveja e algo meio amargo, e acredito que vinho. Ele estava com alguns amigos que pareciam legais, sabe? — Abraço meu corpo, e acredito que Dario perceba que não quero seu toque, pois ele não se aproxima. Matias foi legal perto dos amigos, gentil, pagou pelas bebidas, me fez sorrir. Eu acreditava que era a melhor escolha, que seria bom. Todos diziam que era bom; até mesmo Vivian já tinha perdido a virgindade. Por que eu guardaria algo para ser roubado por um monstro a qualquer momento?
— Quando pedi para ir embora, pois estava um tanto tonta demais, ele... Ele me chamou para um canto, me beijou, mas nem o beijo era bom, sabe? Foi afoito, sem conexão. Mas ele me convenceu a ir ao banheiro com ele... Como eu estava decidida a perder minha virgindade, aceitei. — Algumas lágrimas caem do meu rosto.
— Chega, Alana, não quero ouvir mais. — Dario pede com a voz fria banhada em puro ódio. Estou tão perdida naquele lugar que tento não ir, como em tantos outros em que finjo esquecer, trancando-os dentro de uma cela em minha mente. Continuo a reviver aquela noite que me marcou.
— Quando chegamos ao banheiro, ele me empurrou contra a parede, trancou a porta e tentou me beijar, agarrando-me com uma gana extrema. Eu não quis, ele baixou a calça, colocou a camisinha e mandou que eu me virasse de costas. Fiz o que ele pediu; ele levantou meu vestido, arredou minha roupa íntima e fez. Doeu pra burro. Eu gritei para parar, que estava me machucando, que não queria mais. Demorou a atender, estava bêbado demais, parecia não entender que meus gritos eram de desespero. Quando percebeu, parou, afastou-se meio cambaleando e se foi, deixando-me destruída e sozinha. — Lembro-me de ter sangue escorrendo por minhas pernas; ele entrou com tudo, e não sei se era mesmo assim ou não. Eu não tinha muita noção de como deveria ser, só sei que aquilo me despedaçou.
— Sexo não é feito assim, Alana. Isso não foi sexo, foi tudo de ruim, menos sexo. — A voz de Dario é mortal, como um fio de navalha. Ele se ajoelha à minha frente.
— Não foi sexo. Me ouviu? — Ele procura meus olhos e olha dentro deles por horas, enxerga o fundo da minha alma. Ele vê o quanto sou quebrada, danificada, e me acolhe, me entende, me passa segurança.
— Posso te abraçar? — Ele pede, e eu balanço a cabeça, confirmando. Ele me puxa para seu peito, e eu choro baixinho, grudada nele.
— Ele não terminou, mas o trauma ficou, a dor, o gatilho, o pânico de fazer sexo novamente, de ser daquela forma, marcou-me para sempre. Eu nunca mais quis que me tocassem, que me beijassem. Eu nunca quis... — Desabafo aos prantos tudo que estava engasgado em meu peito, tudo que guardei por tempo demais. Os gatilhos que tenho não provêm apenas do que aconteceu entre Matias e eu, mas também dos toques asquerosos de Jorge, das insinuações e perseguições. Tudo isso me fez fechar para qualquer contato com o sexo oposto, a fim de me proteger e evitar me machucar.
— Shhh, já passou, Alana. Você está segura. Nada mais vai acontecer a você. Ninguém vai tocá-la assim novamente. — Ele promete, e eu me agarro às suas promessas, por isso entrego minha confiança a Dario, pois ele não me julga em momento algum. Ele me consola, beija meus cabelos, me aninha em seus braços, e eu fecho meus olhos, exausta pelo choro, pela dor.
Ouço Vivian chegar; ela parece estar com a voz estranha. Entrega os hambúrgueres e o refrigerante e nos deixa a sós. Dario organiza como pode em cima da cadeira e beija meu rosto.
— Vamos comer um pouquinho para você dormir. — Eu me sento, e então comemos o hambúrguer em silêncio. Depois, vou ao banheiro, e ao voltar para o quarto, encontro Vivian. Ela me puxa para o lado da cozinha.
— Eu ouvi um pedaço da sua conversa com Dario. Você quis se entregar a um cara qualquer por culpa do monstro, não é? — Indaga, e eu confirmo com a cabeça.
— Pensei que ia parar. — Respondo em um fio de voz.
— Lembra o que aconteceu naquele dia em que você chegou de manhã em casa? — Ela pergunta, e eu confirmo com a cabeça. Liguei para Fernanda e contei o que havia acontecido; ela me buscou de táxi e me levou para sua casa. Eu precisava de um tempo para me recompor; não sabia como o monstro descontaria tudo em minha mãe, como machucaria, feriria, destroçaria. Vivian aperta meus dedos.
— Você não é culpada por nada do que aconteceu, Alana. Eu peço perdão a você por ter sempre agido como uma bruxa malvada. — Ela vira de costas.
— Não passei pelo que você passou, Alana, mas passei por algumas coisas que também me quebraram. Por isso, sou dessa forma. — Ela limpa as lágrimas dos olhos dela.
— Prefiro mil vezes ser chamada de vazia, prostituta, vagabunda, chantagista de pessoas que não prestam. Do que sofrer nas mãos deles. Eu não sei se tenho conserto. — Ela se recompõe.
— E quanto a Cláudio. Eu fiz a você um favor, Alana. — Eu fico confusa.
— Como assim?
— Ele deu em cima de mim uma vez, quando você estava no banho. Ele quis me beijar e ofereceu dinheiro para ficar comigo. Eu neguei, lógico. — Fala com seu jeito arrogante.
— Uma vez estava em uma balada, e era o dia em que você trabalhava à noite. Ele sempre ia buscá-la à meia-noite e meia no ponto. E nesse dia, ele estava com uma garota. Eu observei ele transando com ela no banco da frente do carro. — Ela solta o ar da boca.
— Você já me tinha como não prestava, e eu queria livrá-la de ficar com alguém como Cláudio. Sabia que você não ia acreditar se eu falasse algo, até porque nós sempre nos odiamos. Então eu deixei que ele pensasse que estava na dele, e quando ele me chamou para transar, eu disse que seria no muro antes de você chegar. Ele não pensou duas vezes. — Ela deu de ombros.
— Por que está com ele ainda? — Pergunto estranhando todo esse assunto.
— Dinheiro? Proteção? Vai saber. Às vezes, cansamos de ser putas. E eu sempre soube que você nunca gostou dele, nunca vi vocês sequer se beijando. Então, por que não dar um descanso da minha vida de piranha? — Ela mesmo usa apelidos pejorativos para ela.
— Mas enfim, não foi por maldade. Me desculpa se te fiz sofrer. — Com essas palavras, ela me deixa sozinha na cozinha, e então ouço a porta da sala se abrir. O medo me paralisa, ao olhar para o monstro à minha frente, Jorge me vê, e seus olhos brilham em desafio. Ele vem cambaleante da sala para o corredor, e então a porta do meu quarto se abre, e Dario sai de lá, com cara de sono e um tanto confuso, e eu solto o ar que nem sabia que prendia.
— Vamos dormir, gatinha. — Ele me chama, parecendo não notar meu assombro. Eu sigo para dentro do quarto; ele tranca a porta e espera que eu deite para só então se deitar.
— Temos que comprar uma cama nova para você. Dormir apertado assim está acabando comigo. — Revela.
— É tão ruim assim? — Pergunto baixinho.
— Péssimo, Alana. Olha, meu pé fica para fora. — Eu solto uma risadinha.
— Certo, talvez você tenha razão.
— Talvez? — Ergue a sobrancelha.
— Tá, você tem razão. Satisfeito? — Ele sorri de lado.
— Sim. Amanhã vamos medir o tamanho do seu quarto e vamos comprar uma cama. — Comunica assim, sem nem mais.
— Nós?
— Eu. Eu vou me dar uma cama de presente na sua casa. — Ele solta, e eu fico confusa.
— Nem adianta negar, Alana. Ou não durmo mais aqui. — Diz contrariado.
— Mandão e mimado. — Ele sorri baixinho.
— Mimado não, mas essa cama não me cabe. — Reclama.
— Chorão, não aguenta dormir na cama de pobre. — E é minha vez de gargalhar.
— Tá, me diz desde quando tem essa cama? — Me olha inquisidoramente.
— Desde que eu nasci? — Ele me olha espantado, e eu sorrio.
— Depois me diz que estou falando demais. — Bufa. Nós discutimos mais um pouco sobre a cama até que ele me convenceu a deixá-lo se presentear com uma cama. Vencida pelo cansaço, eu não poderia estar em melhor abraço, em melhor lugar que aqui com Dario, me protegendo, me escondendo dos monstros que sondam minha cabeça e ameaçam minha paz.
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uma farsa com o milionário
Romance○ Slow Burn ○ Friend To Love ○ Fake Date ○ Mocinho Protetor ○ Mocinho quebrado Dario Martinelli, aos 28 anos, é um homem de negócios bem-sucedido que acreditava ter toda sua vida planejada milimetricamente. Metódico, imaginava ter tudo sob controle...