CAPÍTULO 65

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                ALANA REIS

Não gostei nada da pergunta de Paolo para Dario. Eles estavam falando daquela mesma mulher de sempre, essa tal Carina. Será que é ela que Dario ama? Ele havia acabado de me emocionar ao dizer que eu era a mulher especial em sua vida, dando a entender que eu era especial, que de alguma forma nós ficaríamos juntos para sempre. Ele permitiu que eu recepcionasse sua família, fazendo um tour com todas elas para conhecer cada cantinho, e elas amaram, sorriram, fofocamos, nos divertimos e aproveitamos a vista do quarto principal. Em alguns momentos, Eloá ficava séria, pensativa, e em outros sorria sem graça, e eu não entendo o porquê dos incômodos; essas pessoas são tão estranhas. Então resolvemos descer para o térreo para comermos alguma coisa. Estávamos aqui na sala para chamar os rapazes, e foi dona Ana que quebrou o gelo.

— Venha, Francesco, quero mostrar a parte da cafeteria que Dario possui aqui. — puxa Ana o marido, e Eloá corre para os braços de Corrado, que beija seus cabelos com carinho. Elena estava chamando Paolo para conferir Nella, que chegou dormindo, e a babá a levou para o quarto de hóspedes do térreo. Ficamos eu e Dario sozinhos na sala; seu rosto estava triste, abatido, e eu suspiro mais uma vez, engolindo meu orgulho. Ana disse que Dario havia dado passos importantes para nosso relacionamento, que eu deveria ir com calma, que aos poucos eu conseguiria a declaração que eu esperava. Ela me afirmou com convicção que Dario me amava, e eu me agarrei a isso com tudo de mim. Me aproximo dele com cautela e abraço seu corpo, deixando minha cabeça em seu peito.

— Não vou estragar nosso dia com perguntas que nos farão discutir, mas em algum momento você terá que me contar quem é essa Carina para você. — sentencio, e ele me abraça, beijando meus cabelos.

— Sim. Eu contarei o que quiser saber.

— Promete? — Dario confirma com a cabeça.

— Prometo.

— Certo, então vamos terminar de receber sua família. — ele me dá um sorriso que não alcança os olhos, e saímos de mãos dadas para a cozinha. Ruth estava sofrendo para servir a todos, e eu me junto a ela para servir os copos com suco. Também pegamos torradas e bolo de cenoura com cobertura de chocolate, o qual Eloá pegou logo dois pedaços e comeu, sorrindo e olhando para Dario com carinho.

— Está muito parecido com os bolos de Conceição. — diz para Dario, e ele sorri, pegando uma pequena fatia e comendo.

— Sim, idênticos. Ruth disse que aprendeu a fazer esse bolo com Conceição. — responde Dario, e ele me surpreendeu ao me puxar para o meio de suas pernas e cortar um pedaço de bolo com bastante calda de chocolate.

— Abra a boca, gatinha. — ele pede, e eu, envergonhada, fico sem reação.

— Vamos lá, amor. Quero que experimente o bolo que Eloá comparou tão bom quanto o de Conceição. — Sorri faceiro, e eu abro a boca, e ele me dá para experimentar. Ele me olha com expectativas, e eu mastigo devagar, saboreando a delícia de bolo, e balanço a cabeça sorrindo. Ele pega um pedaço para ele e come.  

— É mesmo uma delícia! — todos sorriem, e ficamos entre comer bolo de cenoura com calda de chocolate e falar sobre a mansão. Os homens elogiaram o bar e a área gourmet, prometendo voltar para fazermos um churrasco em família. Nella acordou quase na hora de ir embora, mas eu a peguei para irmos à sala brincar um pouco.

— Titia, essa casa é gande, né? — ela comenta, parecendo gente grande. Eu sorrio.

— Sim, meu amor, é muito grande.

— Não tem binquedo. — eu sorrio.

— Verdade, não tem brinquedos. Mas a tia promete comprar alguns para nós duas brincarmos quando você vier aqui. O que acha? — pergunto, e ela bate palminhas e dá alguns pulinhos. Dario se aproxima e se joga no chão.

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