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A sensação de estar dentro de algo macio e fundo, fez Mavi acordar em meio a pouca claridade do quarto. Seu corpo se espreguiçou contra a coberta e os travesseiros, ela rolou para os lados, parou e teve seus olhos na luz que provinha da janela. Ainda para ela era um verdadeiro sonho o qual não queria que despertasse tão cedo. Esse desejo mais ainda aumentou ao recordar do abraço e as batidas do coração de Adam, ela nunca iria esquecer em toda a sua vida.
Aquilo se tornou sua harmonia preferida, a música que nunca deixaria de escutar.

Dois toques na porta a fez olhar para a entrada.

— Bom dia, senhorita. Eu trouxe seu café da manhã — contou a voz do outro lado.

— Meu café?! — hesitou.

— Sim, senhorita. Posso entrar?

Mavi saltou da cama, empurrando o cobertor. Destrancou o umbral o abrindo em seguida. Uma menina, que devia ter menos da sua idade, era baixa e tinha seus cabelo vermelho, preso para trás caindo em lindas cascatas e a franja presa em clipes na lateral da cabeça, a coloração amarelada da sua pele chegou a preocupar Mavi, os pontos espalhados em sua pele faziam um lindo acordo com a cor azul de seus olhos.

—... pode entrar — Mavi a permitiu passar com a bandeja para dentro do quarto.

A empregada levou até a mesa redonda da varanda, voltando em seguida para dentro do quarto.

— Prazer, me chamo Cindy.

— Seu nome me lembra à fadas — comentou.

— Muito obrigada! — sorriu, mostrando um sorriso encantador com dentes espaçados, fazendo-a parecer adorável. Mavi sorriu bem mais por isso.

— E eu me chamo Mavi.

— Seu nome é lindo, também — deu de ombros — Temos nomes só nossos nessa casa — piscou.

— Pelo o que eu sei, acho que sim, em.

— Sim... dizem que o nome de todo mundo combina com a pessoa. Tem mesmo a outra sobrinha da dona Vera que, meu Deus — suspirou.

Mavi estranhou aquela notícia, ela não havia sabido de nada que Vera tinha uma sobrinha.

—... eu não sei de quem você está falando.

— Ai, amiga. Pra falar a verdade, não queira nem saber — suspirou — Mas como você deve ser nova aqui, eu vou te falar o nome.

— Por favor.

— É a Silvana. — contou.

Por algum motivo desconhecido, Mavi sentiu um arrepio por seu braço subir por cada parte de sua pele. Sua mão correu para a região, a fim de ceifar aquela sensação.

— Uma vez eu pesquisei o nome dela e eu ri muito, sabe? Significa que é uma "mulher selvagem" ou da floresta... mas ai quando eu parei pra pensar, realmente ela é uma.

— Meu Deus... ela é tão ruim assim?

— Ruim é pouco... aquela mulher se apresenta como a santinha pra todo mundo, mas quem já escutou a humilhação da parte dela, o quanto ela pode ser ruim contra alguém. Sabe quem ela é de verdade. Eu não seu como o noivo dela a suporta — suspirou — Mais ainda bem que ela tá bem longe e da um descanso pra ele, e todos nós.

Mavi se surpreendeu pela tal Silvana, ser uma mulher tão ruim para ter alguém ao seu lado.

— Mas quem poderia ser tão corajoso à esse nível?

— Pois é... mas eu não duvido nadinha de nada, que ele força a si mesmo para estar ao lado dela.

— Mas isso não faz sentido nenhum, Cindy. — alegou — Como ele pode ficar dessa forma sendo que irão se casar?

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora