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Ramón, Vera, Lúcia, Patrícia, Silvana e Adam. Estavam já à mesa naquela manhã. As cestas, pratos e talheres apresentavam estarem extremamente limpos e organizados encima da mesa de madeira. Por mais que pudessem segurar de cada alimento acessível, a maioria podia sentir um pequeno nó em suas gargantas por já não mais suportarem o falatório de Silvana.

No entanto, Vera a interrompeu com um pigarro.

— E você já foi ver a sua tia Maria?

— ah, eu ainda não fui. Mas hoje eu vou tentar ficar mais com ela. Ontem eu cheguei e... — levou seus dedos aos de Adam — A primeira pessoa que eu pensei em ver foi o meu lindo noivo. — forçou um sorriso, olhando para seus parentes — Inclusive, precisamos anunciar algo muito importante.

Patrícia inclinou-se para frente, prestando atenção no que a sua prima contaria, principalmente, saber se aquilo poderia ser algo grande e que afetaria aquela que vinha sendo uma grande amiga para ela.

— Pode contar — autorizou Ramón, ao dar um gole em seu suco — Estamos todos escutando.

— Bom... essas férias me fizeram muito bem. Me clarearam a mente, e na minha volta, fez com o que eu e o Adam soubéssemos que não podemos viver mais um sem o outro — suspirou — Adam e eu, casaremos em duas semanas. Começando por essa.

Olhares e suspiros de surpresa daram bons motivos para a tensão surgir.

— O que foi, vocês não gostaram da notícia?

—... n-não. Que isso, imagina — respondeu Vera — Apenas não pensávamos que iriam se casar tão cedo.

Lúcia olhou para os noivos.

— E aonde será o casamento?

— Aqui mesmo, sogrinha. Quero casar com Adam, no lugar aonde passei metade da minha infância — contou, esfregando o braço do homem ao seu lado — Quero que, assim como eu, ele também possa ter ótimas memórias dessa casa.

Patrícia deixou os talheres próximo ao prato, levantando-se.

—... eu vou para o meu quarto.

Silvana a olhou com cuidado, enquanto a viu se afastar.

— Patrícia ainda não deve ter se acostumado com o fato de que um dia eu irei me casar e, não irei vir com tanta e tanta frequência.

— Sim... com certeza.

Mesmo recebendo o aperto em seu pulso, Adam pediu licença para poder sair. Silvana pigarreou ao não conseguir prendê-lo, e os sete olhares saírem do homem à ela.

— Eu acho que Adam foi verificar os modelos de paletó que eu já separei para ele, não é?

— Sério? Se for assim, você já deve ter separado o meu — comentou seu tio.

— Com certeza! E por você ser o meu padrinho, e sangue do meu sangue, usará o terno mais chique e bonito de todos!

— E você já sabe qual será o seu vestido? Ao menos o modelo?

— Bom, eu pensei em uma coisa simples mas ao mesmo tempo bem grande e chamativa.

— Hmmmm, que interessante. Entendo a sua ideia e...

— Ah! Como você é mãe do noivo é estilista. Poderia fazer um vestido pra mim, como homenagem. Já que o Adam é o seu único filho e, bom — deu de ombros — Eu sou a única nora.

Lúcia assentiu, levando suas mãos dobradas para debaixo do queixo.

— Eu não acho nenhum problema. Podemos conversar bem sobre o que você quer.

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora