40

29 6 0
                                    

A porta do quarto foi aberta bruscamente enquanto Adam, agachado com cartelas na mão, ajudou Mavi tomar o remédio já que a mesma não aparentou estar bem.

— MAS O QUE SIGNIFICA ISSO?! — Silvana praquejou.

O homem prendeu a respiração, levantando-se.

— Não acha que é cedo demais para sair gritando por todos os cômodos, Silvana?

— Eu falo da forma que eu quiser nessa casa!

— Mas nesse aqui você deveria se conter! Por acaso não sabe que a Mavi está doente?

Ela deu uma gargalhada, apertando suas mãos na cintura.

— Como se isso fosse algum tipo de novidade. Pessoas como ela pegam doenças a todo momento. Mas que preocupação você está tendo com a sua amante, não é mesmo?

Mavi levantou-se num salto.

— Olha aqui, sua cascavel! Eu posso estar doente mas eu não estou morta pra você dizer o quer de mim não, em!

— Você não tem vergonha do que diz, Silvana? — indagou Adam, nenhum pouco surpreso.

— E por que eu teria? Essa é a mais pura verdade! — defendeu-se a mulher.

— Não, não é! Você anda da forma que quer com o seu amiguinho Ricardo, que eu nem sei mais aonde ele se enfiou, na maior normalidade do mundo e eu nunca levantei uma só palavra contra ele!

— Isso porque não há nenhum motivo! Já Mavi...

— Já eu o que, sua nojenta?! Por que não fala diretamente comigo?! — indagou a jovem.

Adam se virou para levar as suas mãos aos ombros de Mavi.

— Não se altere Mavi, por favor. O remédio que você acabou de tomar é muito forte e não é bom que você fique dessa forma.

— Ele não é tão forte quantas as bofetadas que eu vou dar nessa daí!

— Mavi, não! — a fez se sentar sobre o sofá — Fique aqui.

Silvana bateu palmas, mostrando seus dentes brancos.

— Meus parabéns, Adam. Realmente eu tenho que te parabenizar pelo o doutor importante que você se tornou. Mas está sendo bem difícil amansar uma fera que você mesmo trouxe do lixo para morar nessa casa!

— EU NÃO VOU ADMITIR QUE DIGA UMA SÓ PALAVRA DESSA MANEIRA CONTRA A MAVI! — protestou, pondo-se em frente à sua noiva. Suas mãos cerraram e em nenhum momento seus olhos se desviaram dos claros em sua frente — Se eu escutar você dizer isso mais uma vez sobre ela...

— Vai fazer o que, então? Vai me bater? Vai agir como essa daí?

— Posso fazer mil vezes pior, Silvana. Eu posso acabar com esse noivado, sumir da sua vida e nunca mais aparecer. E se eu quiser, levo a Mavi comigo e as crianças, para que jamais corram risco algum perto de você.

— Ah... então faça isso! Faça! Me mostre o quão infiel você está sendo durante todo esse tempo!

— Sabemos muito bem quem entre nós tem a maior capacidade para isso.

— Ah, então você é o santinho agora?

— Não, não... — levantou suas sobrancelhas — Só uma coisa. Quem mais no relacionamento teme, age com tanta prepotência encima do companheiro, é com certeza fez algo que teme que o outro também faça.

— Está dizendo que eu te traí? É isso?

— Tire você as suas próprias conclusões. Se a sua consciência pesar...

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora