18

25 2 0
                                    

Tendo tantos conselhos de Antonella, estando até mesmo refugiada neles, Mavi se sentiu segura enquanto as duas mulheres que a fizeram companhia a seguiram até o carro na estrada de asfalto.

-... pense bem no que eu te falei, Mavi - pediu Antonella, afastando algumas mechas do cabelo de Mavi para trás.

-... fique tranquila, Antonella... acredite ou não, eu estou bem melhor e mais leve depois do que você me disse!

- É tão bom ouvir isso.

As três pararam para se despedir, no entanto, antes que Mavi entrasse Nina a entregou o cartão com o seu número de telefone. - com muito esforço e juntando dinheiro, ela havia conseguido comprar.

- Não me deixe de ligar, eu quero saber como você está, mesmo que não estejamos lado a lado.

- Pode deixar, eu não irei deixar de ligar - deu um sorriso amarelo -... muito obrigada, por tudo - olhou para Antonella - Agora eu já sei o que posso fazer.

- As portas da nossa casa sempre estarão abertas para te receber!

Mavi deu um último abraço nas duas antes de partir. Patrícia já aguardava pacientemente enquanto a viu entrar no carro, ela acenou para a avó e neta, e então, acelerou.

- Se sente melhor, Mavi?

-... com certeza - afirmou, aproximando seus joelhos ao peito.

- Que bom - assentiu - As crianças sentiram muito a sua falta. Você acredita que eles sequer jantaram ontem, esperando apenas por você?

-... é sério?

- Eu não iria mentir pra você Mavi, independente do que seja.

-... é, eu sei... - suspirou - Quando eu chegar vou dar uns bons puxões de orelha para que eles fiquem espertos.

Patrícia deu uma risada baixa, aliviada por Mavi estar realmente melhor.

-... você dizendo assim, nem parece que estava com tanta raiva algumas horas atrás.

- Ah, é. Pois é - deu de ombros - Mas eu não quero ficar carregando isso comigo, isso só me fará mal.

- Que bom que entendeu isso, que bom!

Mavi olhou para estrada, decorando facilmente cada curva e detalhe em sua cabeça. Ao finalmente chegar na mansão, Patrícia a acompanhou da entrada até a sala.

- Eu vou tomar alguma coisa na cozinha, você vem comigo?

-... agora não. Eu vou subir e cochilar, e nem que seja um pouquinho.

- Ah, tudo bem. Mas nós esperaremos você na mesa do jardim, para tomar café - pontuou - Você vai ter que dar boas explicações em.

-... é, com certeza.

As duas sorriram e se despediram, Mavi seguiu caminho segurando no corrimão da escada, passou pela pequena sala e então entrou em seu quarto, onde foi surpreendida por seus três irmãos e o latido baixo da pequena cachorrinha. Ela foi envolvida pelos pequenos braços, e não rejeitou todo aperto. Até mesmo pegou Sol em seus braços e a encheu de beijos, enquanto andou para a cama e não deixou de ser seguida pelos dois meninos.

- Aonde você ficou a noite toda, Mavi? - questionou Sol, a olhando cautelosamente.

- Te esperamos, e você não apareceu! - disse Paulo, dobrando suas pernas contra o colchão.

- Nós ficamos muito preocupados! - confessou Bento, procurando com sua mão, e achando, aonde se sentar.

- Vocês ficaram tão preocupados que sequer jantaram, não é? - acusou ela, alinhando Sol em seu colo.

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora