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Dando saltos de alegria e gargalhadas, as crianças entraram na mansão. Adam havia se responsabilizado em levá-las para se divertirem nos parquinhos, e comprarem mais brinquedos e doces para a mesma.

— Esse dia foi o melhor dia da minha vida! — comemorou Bento.

— Nem na rua, quando a gente brincava, foi igual a essa! — relatou Paulo, dando uma boa mordida no pilurito redondo e colorido ganhado horas antes.

Sol deu um pulo pequeno.

— Isso tudo, graças ao Adam! Ele é um ótimo amigo.

O homem sorriu, acariciando a cabeça da menina. Ela gargalhou e estendeu seus braços pequenos em sua direção, dando-o entender que ela queria colo. Adam a pegou com facilidade, dando um beijo apertado no rosto da menina.

— Você vai levar a gente pra sair mais vezes, não vai? — questionou Paulo.

— Eu bem que queria. Mas depois de amanhã, eu vou viajar por um bem tempo.

Sol cerrou sua mão próxima ao peito de Adam.

— Pra onde você vai?

— Como amanhã é meu casamento, Sol. Eu estarei bem comprometido e não poderei voltar a ficar com vocês bem cedo.

Os três franziram seus pequenos narizes, rolaram os olhos fazendo caras e bocas para Adam.

— Hmmmmm, pelo visto. Não gostam do meu casamento.

— Claro! Você vai se casar logo com a insuportável da Silvana.

— Ela é uma cobra, Adam — disse Paulo Sol.

— Até o nome dela começa com um nome de um tipo de cobra — Sol deu de ombros.

— Como assim? — o homem perguntou, intrigado.

— Ué, Sol. "S" de serpente.

Os três caíram na gargalhada.

— Ai, meu Deus — ela rolou os olhos, dando um tapinha na testa.

Eles estavam tão entretidos em suas provocações, quase que arrancando boas gargalhadas de Adam, que sequer notaram a chegada sigilosa de Mavi.

— E eu posso saber do porque que riem tanto?

Paulo olhou para cima, vendo que o rosto de Mavi estava próximo enquanto as mãos dela estavam em seus ombros.

— O nome da Silvana começa com S.

— E o que tem?

— "S", de serpente! — Sol completou, caindo mais ainda na gargalhada.

Os mais velhos entre-eles trocaram uma olhada rápida, mas cheia de tantas respostas que poderiam ser dadas.

— Vocês não perdem uma, em.

— Mas é a verdade!

— Espero que a verdade que estão falando, seja do banho que estão precisando tomar agora mesmo!

Os três lamentaram como na cabana, sempre faziam quando estavam tão bem acomodados que o banho, para eles, poderia acabar com toda a diversão.

— Ah, não. Mavi — murmurou Sol, puxando com seus bracinhos o pescoço de Adam para ao lado de sua bochecha rechonchuda — Deixa eu ficar mais um pouquinho, nem que seja até os meninos tomarem banho.

— Ai, se for assim! Eu fico! — Bento protestou.

— Nós vamos ficar, Bento — assegurou Paulo.

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora