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Maria foi surpreendida pela presença de Mavi naquela manhã.

— Bom dia, Maria! — a jovem cantarolou, indo até ela que estava na mesa da varanda — Você dormiu bem?

A sombra de um sorriso em seu rosto claro, deu motivo para aquela que a admirava se alegrar mais ainda.

— Você está sorrindo para mim, Maria? Ah, que linda!

Mavi sequer pôde se conter, rapidamente seus lábios deram beijos estalados nas bochechas de Maria, parando apenas quando a risada baixa da mulher chegou aos seus ouvidos. Seus braços lançaram os de Maria.

— Saiba que você é muito, muito, muito, muito! Especial pra mim, Maria. Você é a pessoa mais doce que eu já conheci em toda a minha vida! — ela encostou a cabeça no braço da mulher — Eu espero que possamos ser melhores amigas, e que você possa se recuperar logo. Que eu posso ouvir sua voz, até fofocarmos se você quiser — deu uma risada baixa. — Tudo o que eu mais quero é poder ser sua amiga, de verdade.

O coração de Mavi estava sendo totalmente verdadeiro em relação à Maria. Ela não recuou ao toque e presença de Mavi, ao envés disso, a cuidou e abraçou. Maria estava sendo a mais doce possível com Mavi.

O contato forte da porta contra a parede do quarto fez a jovem hesitar. Ela iria levantar para ter consciência do que estava acontecendo, do que teria ocasionado aquela batida. No entanto, não foi necessário pois escutar a voz da maior causadora, prendeu a respiração com força.

— O que você está fazendo aqui, no quarto da minha tia?!

Maria encolheu os ombros, se atentando aos sons. Mavi esfregou o braço dela, se levantando. Quando seus olhos azuis alcançaram o corpo de Silvana, totalmente fechado, já soube como se portar, indo para dentro do quarto.

— Deveria mostrar mais da educação que te deram.

— Hmmmm, você dificilmente iria reconhecer!

— Olha aqui, Silvana. Eu não quero discutir com você aqui, principalmente sendo no quarto da Maria!

— Você é uma boba se pensa que eu vim perder meu tempo discutindo com você — levantou seu queixo.

Mavi prendeu as mãos no bolso por detrás da calça jeans, ela não queria ter que discutir no mesmo ambiente em que Maria dormia, Silvana sequer estava dado algum tipo de valor.

— Diga de uma vez.

Silvana deu passos em sua direção, carregando um sorriso malefício no canto do seu rosto cumprido.

— Eu vim apenas te avisar sobre uma coisa.

— E acha mesmo que eu vou acreditar em você?

— Eu sei que não, mas se eu não te falar quem irá? — deu de ombros. — Eu mesma fiquei responsável em lhe contar que eu, sou a noiva do Adam. Deveria confiar em mim, novamente.

— Por tudo o que eu já pude receber de você, confiar seria dar um tiro na minha própria cabeça.

— Mas será um tiro bem dado, certeiro... sem erros.

Mavi suspirou.

— Silvana, por favor. Diz logo o que você quer!

— Por acaso está se achando a dona dessa mansão?

— Ah, pelo amor de Deus! Eu só quero que você me deixe em paz aqui com a Maria — suspirou — Mas se quiser que acertamos lá fora...

— Ai, Mavi — a tocou no queixo — Você é uma gracinha, sabia?

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora