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Depois de pegarem todos os medicamentos e utensílios necessários para que fossem usados para Maria, os três pararam em um restaurante a fim de dar uma passada rápida para tomar refresco e comer algo. Por mais que Vera estivesse mostrando um sorriso, sua mente a todo momento estava interligada em sua irmã.

Ramón discutia algumas coisas enquanto Lúcia respondia pensando em seu filho e o que ele poderia estar fazendo para evitar que Mavi não criasse mais algum tipo de sentimento, para que assim, fosse evitado menos controversas.

— Está com muitos planos para quando voltar ao seu país, Lúcia? — questionou Ramón, ao terminar de falar sobre ele.

— Bom, tem chances de continuar a mesma rotina, agenda, eventos... — relatou, dando uma rápida bebericada na xícara com chá — Mas caso o meu filho venha a se casar nesse meio tempo, acho que terei que tirar a presença dele em alguns eventos. Ele terá a esposa dele, e seus próprios compromissos.

— Com certeza — concordou Ramón.

Lúcia suspirou, apoiando suas mãos na mesa.

— E ela já contou quando virá?

— É mesmo — murmurou Vera, ao achar uma brecha perfeita para entrar na conversa — Eu te pedi, meu irmão. Para que telefonasse e ordenasse para voltar para casa.

— E eu já o fiz... — anunciou, deixando o seu copo próximo ao de Lúcia —... pela arrogância dela tem grandes probabilidades de vir, ou não.

— Mas o que esperar da Silvana? Nos tempos ela vem mostrando e carregando uma arrogância que nem mesmo eu, estou suportando!

— E não vou mentir pra vocês — interviu Lúcia — Mas eu tenho medo dessa toda arrogância dela chegar à Mavi.

Ramón a fitou, tentando compreender, assim como Vera.

— Por que?

— Se elas não acabarem se dando bem, irão confrontar uma a outra. Irão, como dizem muitos por aí "bater de frente".

— Que isso não aconteça — pediu Vera.

— Mas pensando por outro lado — comentou Ramón — Lúcia tem razão. — suspendeu as sobrancelhas — Mavi e Silvana foram criadas de formas, e em ambientes diferentes.

— Mas isso não faz elas melhores uma do que a outra, Ramón.

— A questão não é essa — inclinou-se para frente — Você e eu já sabemos que o comportamento da nossa sobrinha sempre foi um tanto... mas, agora que ela está mostrando tão abertamente, se ela se mostrar assim em frente à Mavi. Mavi não irá recuar, não irá baixar a cabeça.

— Ela não vai se submeter a qualquer forma que Silvana se referir à ela — explicou Lúcia.

—... mas gente.

— Como Ramón disse, elas foram criadas em ambientes diferentes. Mavi teve contato com muitas pessoas que com certeza não adquiriram uma educação como a de Silvana.

— Ele está sim certa em se defender, mas compactuar para que mais brigas, mais confusões acabem acontecendo, isso não será nada bom — disse Ramón, organizando os copos vazios.

— Mas será apenas a Mavi que vai procurar algum tipo de confusão com ela, Ramón? A Silvana, mesmo sendo a sua sobrinha, também pode fazer isso e causar a maioria.

— Eu não estou defendendo ela, só estou mostrando em palavras pra minha irmã as grandes chances do confronto entre elas. Além do mais, com as crianças, né!

— Não! — recusou Vera — Silvana pode ser a minha sobrinha, ter o meu sangue. Mas agora, mexer com quem não procura confusão, quem eu adotei como filhos, isso não. Ela não ter direito algum!

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora