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Quando o silêncio chegou a casa, depois de longos minutos. Maria e Vera ainda estavam na cozinha, tomando água com açúcar.

—... eu espero que a Mavi acorde bem, e logo — confessou — Só de pensar que ela pode acabar tendo o mesmo destino que o meu...

— Não, minha irmã. Deus não irá permitir que isso aconteça. Fique calma, tudo dará certo.

Ramón passou pela porta, ganhando o olhar de suas irmãs.

— Acabei de deixar a amiga da Mavi em casa.

— Ela chegou bem?

— Sim, eu a acompanhei metade do caminho — contou, pegando um copo do armário — E a Silvana, ela fez alguma ligação?

— Essa quem eu menos quero saber nesse momento! — praquejou — Como ela pôde ter a coragem de fazer isso tudo? Nos fez acreditar que realmente queria se casar com o Adam!

— Demos praticamente o nosso sangue para todo esse casamento acontecer, para que no fim, não desse em nada.

— Pois é — deu de ombros — Pela raiva que eu estou nesse momento, ela pode ir até o fim do mundo que não vai fazer diferença alguma na minha vida!

— Quem realmente devemos nos preocupar, é a Mavi — comentou Maria.

— Com certeza, minha irmã — afirmou Ramón, ao dar um gole na água — Ela ainda não acordou?

— Quando descemos para cá ela ainda não tinha acordado, Patrícia disse que iria ficar com ela.

— Ah, sim. Espero que ela acorde logo.

— Eu também, meu irmão — suspirou — Eu também.

Seus rostos decaíram todos ao mesmo tempo, acompanhados pelo mesmo sentimento. Nenhum dos três, queria que Mavi sofresse mais do que ela com certeza já passou em sua vida. Mesmo que por parte do que ela devia estar assim era por Adam, ainda assim era lamentável. O silêncio entre eles foi quebrado quando as portas da cozinha foram abertas, e o mordomo apareceu.

— Senhores, há uma visita.

Eles estranharam ao mesmo tempo ao escutar o anúncio. Que sabiam, não haviam marcado com ninguém para vir visitá-los.

— Deve ser alguns dos convidados — Vera premeditou, saindo do acento.

Ramón estalou a língua.

— E se for, com certeza quer tirar satisfações para depois dizer a imprensa. Como se já não bastasse amanhã que já estaremos nas capas dos jornais.

— Se eles já não estão fazendo isso.

— Pois é.

— Mas vamos ver logo, assim teremos paz mais cedo — disse ela, entrelaçando sua mão ao braço de Maria, enquanto Alberto se retirou.

Quase no mesmo passo, os três saíram lado a lado da cozinha, mas no meio do caminho aonde usariam a sala de jantar, Maria hesitou entre eles. Suas sobrancelhas, unindo-se em sua testa, provocou preocupação em seus irmãos.

— Está tudo bem, Maria?

— Está sentindo alguma coisa?

— É que... — ela ofegou, levando sua mão ao peito — Eu não sei, mas... o meu coração, de repente... — arfou — É como se mãos estivessem apertando ele com todas as forças!

Ramón e Vera se olharam rapidamente.

— Deve ser por conta do estresse, você passou por muitas emoções, minha irmã.

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora