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Vendo as cadeiras e mesas ficarem alinhadas nos fundos da jardim, enquanto mais outras chegavam, Lúcia deu um breve sorriso para toda a organização. Mesmo que no fundo do seu coração, não fosse do seu verdadeiro desejo, não podia negar que toda a decoração ficaria perfeita.

— O que tanto você olha, em? 

Maria apareceu de surpresa, com um lindo sorriso no rosto.

— Ah, olha ela. Resolveu sair mais um pouco do quarto.

— Pois é. Mesmo que seja um pouco mais tarde, resolvi que tenho que ficar mais aqui — deu de ombros — Mas bem que as mesas e cadeiras para o casamento são lindas, não são?

— Sim, isso eu não posso negar, Maria. Todas são de primeira linha e são perfeitas para a ocasião.

— E falando nisso, eu ainda não sei quem serão os padrinhos e madrinhas dos noivos.

— Ah. Então, Vera e Ramón serão os padrinhos da noiva.

— Ué... mas eles não são já da família?

— Pois é. Mas a Silvana exigiu e quis.

— Ah, sim — cruzou os braços — E para o Adam, quem será?

— O tio, e a esposa dele.

— Seus irmãos?

— Não... são os irmãos por parte do meu falecido esposo — contou — Mesmo que se mantenham distantes, já que andam por todo o lugar do mundo, gostam muito do meu filho e não rejeitaram vir.

— Que legal!

— Ah, e, Maria. Já que você está aqui, eu queria que você fosse falar com a Mavi e a pedisse uma coisa.

— O que exatamente, Lúcia?

— Pergunte à ela se ela quer ocupar um dos lugares do convidados, ou no lugar para os amigos do noivo — pediu — Mas a incentive mais para que ela escolha ficar com os amigos, já que Adam não tem muitos aqui.

— Ok, pode deixar — assentiu.

— Muito obrigada, Maria.

Maria tomou distância tanto quanto Lúcia, que foi em em direção aos organizadores, passando a ter passos mais apressados. Ela acenou e sacudiu os fios castanhos dos cabelos dos meninos, enquanto estes brincavam. Se apressou mais ainda, a fim de chegar o quanto antes no quarto.

Distraindo-se com Mady no chão em seu quarto, Mavi estava tão entretida que sequer notou a chegada de Maria. Quando o fez, não deixou que o sorriso em seu rosto fosse segurado.

— Maria!

As duas deram um abraço apertado antes se colocarem uma em frente a outra.

— Como você está, Mavi?

— Eu estou bem — respondeu, segura do que estava dizendo.

— Deve estar bem cansada de ontem, não está?

— Meus pés ainda estão doendo um pouco. Mas eu já tomei uns remédios que a Patrícia disse que vai me ajudar a ficar boa rapidinho!

— Que ótimo, então. É bom que você siga tomando sempre, para que fique boa logo.

Mavi sorriu, pegando a cachorrinha em seu colo, enquanto Sol encostou a cabeça em seu braço.

— Obrigada por se preocupar tanto comigo, Maria.

— É claro que eu vou me preocupar com você, Mavi. Desde quando nos conhecemos, você sempre se comportou como uma boa menina.

Mady latiu, arrancando risadas baixas das duas.

Simplesmente, Você | Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora