Capítulo 138 - Porto Seguro

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Quem olhasse para mim, poderia facilmente se assustar e se perguntar se eu era o Pedri mesmo, o jogador do Barcelona e da Seleção, ou se eu era um maluco fugitivo

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Quem olhasse para mim, poderia facilmente se assustar e se perguntar se eu era o Pedri mesmo, o jogador do Barcelona e da Seleção, ou se eu era um maluco fugitivo.

O que estava mais parecendo, era a segunda opção.

Eu não consegui dormir a noite. Não ter a Mia do meu lado, foi uma tortura. Eu não conseguia mais dormir sem ela. Passei a noite toda chorando igual uma criança no ombro da minha mãe, enquanto meu pai não sabia o que dizer e o meu irmão me xingava de tudo que é nome, principalmente de: porra de moleque imaturo.

Eu merecia.

Deveria ter descansado para os exames nessa manhã, mas não foi possível. Sendo sincero, eu não estava preocupado com a minha lesão, e sim com a Mia. Brad, milagrosamente, me respondeu. Foi o único também. Gavi me mandou um áudio me xingando, Nick mandou eu tomar naquele lugar e Matteo não estava por aqui... Nem tentei chamar a Maya e a Manu, porque sabia que elas iam acabar comigo.

Brad pediu para que eu descansasse e me acalmasse. Disse que a Mia estava bem, dormindo. Eu estava me odiando. Eu era a pior pessoa do mundo.

Vi o sol nascer da minha janela. Devia estar no clube logo no primeiro horário e foi o que eu fiz. Meu pai se ofereceu para me levar, mas eu não quis. De lá, eu ia para a casa da Maya, e mesmo que ela não me deixasse entrar, eu não ia sair de lá sem falar com a Mia.

Na entrada do CT, como sempre, havia diversos jornalistas com as câmeras para todos os lados, o que era normal no dia a dia, mas levando em consideração que dois jogadores do time estavam lesionados, estava ainda mais cheio.

A primeira pessoa que eu vi quando cheguei no CT, foi o Gavi. Ele me olhou de cima a abaixo, balançando a cabeça. Antes que eu tivesse a oportunidade de ir falar com ele, meu empresário, Héctor, apareceu na minha frente.

Ele estava aqui porque a comissão técnica queria discutir a possibilidade de uma cirurgia, a qual eu deixei bem claro que não queria. Apenas aceitaria se fosse a última opção... Eu torcia para que não fosse.

— Você está parecendo um zumbi, González, não dormiu?

— Não. — Passei a mão pelo rosto. — Não consegui.

— Cara... — Héctor me abraçou de lado. — Isso vai passar. Já convesamos sobre isso...

— Eu não estou preocupado com a lesão. — Ele me encarou confuso. — Eu briguei com a Mia ontem também. A Maya não a deixou ir embora comigo. Está tudo uma merda!

Meu empresário estava sem palavras, e isso era notório. Foi graças a ele que eu conheci a Mia. Foi ele quem mandou eu ir na antiga casa dela para falar com ele, e por coincidência, Mia estava lá. Se eu e Mia estávamos juntos hoje em dia, é graças a ele — e a Maya também que a trouxe de volta para Barcelona.

— Bom dia, Pedri.

Jordi me cumprimentou, com uma pasta sobre uma de suas mãos. Apenas dei um sorriso fraco para ele, me deitando na maca. Fiquei em silêncio durante todo o tempo em que ele fazia os mesmos exames em mim... De novo.

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