Praia Grande - Angra dos Reis

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Maratona 3/7

Pov' Ludmilla

Chegamos em Angra dos Reis exatamente no horário de almoço e como não havia nada ali para que a gente pudesse fazer, decidimos nos arrumar e ir para a praia, comer algo em um dos quiosques. Brunna vestiu seu maio laranja e seu short jeans curto, para cobrir a parre debaixo, já eu, coloquei meu biquíni preto e lhe acompanhei no short jeans.

Ela pediu para que a gente fosse de moto, mas eu informei que a praia ficava a alguns passos da casa e que não tinha essa necessidade. Ela ficou emburrada no início, mas rapidamente me acompanhou. Chegamos na praia em menos de dez minutos e já fomos direto para o quiosque de comidas do mar.

Me sentei em uma cadeira de costas para o mar, enquanto Bru se sentou de frente e me prometeu que qualquer aproximação ela iria me falar e qualquer tumulto a gente voltaria para a casa. Mas isso não aconteceu, pelo menos não nesses primeiros minutos por ali. Fizemos os nossos pedidos e engatamos uma conversa.

- Lud, quando você alugou aquela casa? - ela me perguntou curiosa e eu demorei alguns segundos para me lembrar.

- Acho que foi em 2012, amor. - respondi - Na época eu queria ter comprado, mas o dono não estava disposto a isso. - comentei - Hoje em dia ele pede um valor maior que o certo, então eu ainda tenho ela como aluguel.

- Você deve vim sempre, então, para querer ter uma casa aqui. - falou enquanto abria um canudo, para colocar na sua bebida sem álcool.

- Antigamente eu vinha sempre. Reunia todos os meus amigos, minha família e passava os fins de semana por aqui. - sorri ao me lembrar - Mas aí a agenda foi ficando apertada e quase nunca eu tinha tempo pra vim. Acho que meus amigos aproveitam mais do que eu. - gargalhei baixo.

- Tia Sil deveria ficar doida com você, não é? - questionou e eu concordei com a cabeça - Ela sempre foi muito cuidadosa, com você, com a Lu, com o Yuri. E até mesmo com o Marcos.

- Amor, eu lembro que teve uma vez. - dei um gole na minha cerveja - Que ela disse que iria viajar para Londres, ter uma conversa com você e pedir pra você voltar. Só pra me colocar na linha, de novo.

- Ela é muito incrível. - sorriu - Mas você deve ter aprontado todas, também! - jogou um verde.

- Eu só bebia e fumava muito, amor. - contei - Os primeiros anos sem você foram péssimos. Eu não conseguia fazer nada com felicidade. Mas depois eu aprendi a lidar com a dor e tentei seguir a minha vida.

- Ficou com muitas pessoas? - questionou curiosa.

- Fiquei com algumas. - falei com sinceridade - Mas nunca dava certo, porque no final da noite eu sempre chorava de saudade de você.

- Eu não sabia que você fumava. - ela voltou ao assunto anterior - Foi influência de alguém?

- Nas minhas festas sempre tinham algumas pessoas que fumavam. Em uma delas eu fiquei curiosa e acabei experimentando. - contei - Até hoje em dia é assim, acho que você nunca reparou.

- Não mesmo. - deu de ombros.

- E você? O que fazia em Londres? - questionei.

- Estudava muito. - gargalhou baixo - As vezes eu chorava também, mas aí eu afundava a minha tristeza naqueles livros de mais de mil páginas. - contou.

- Você não se divertia? - foi a minha vez de questionar curiosa.

- Me divertia, amor. Mas era só de vez enquanto e com os amigos da faculdade. Se resumia a uma noite de conversa, jogos e um vinho bem gelado. - contou.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora