Ansiedade

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⚠️ esse capítulo pode conter gatilhos para as pessoas que possuem ansiedade. Caso não se sinta confortável para ler, pule o capítulo.

Maratona 6/7

Pov' Ludmilla

6 dias depois

Brunna parece querer se afastar de mim, está cada dia mais longe, distante. Demora para responder mensagens ou simplesmente rejeitava a minha ligação e depois usava a desculpa de que estava trabalhando. Mas pelo Mário Jorge, descobri que ela havia ganhado a semana de folga no hospital e estava em casa. Ou seja, ela simplesmente não quer falar comigo.

Tentei buscar em minha mente algo que eu possa ter feito para chatear a médica, mas nada me vêm a cabeça. Desde a nossa troca de alianças em Angra dos Reis, ela está assim e eu tenho a certeza absoluta que foi uma boa noite e que não há motivos para que ela tenha ficado com raiva de mim. Pelo menos, eu, tenho essa certeza.

Hoje está rolando um churrasco aqui em casa e praticamente toda a minha família está aqui, desde minha avó, a meus tios e meus amigos. Sempre rola uma pergunta sobre "onde está a Brunna?" Ou "Hoje é o plantão dela?". E eu simplesmente não sei o que responder. Apenas sorrio forçado e invento uma desculpa qualquer.

- Porque está tão pensativa? - minha mãe me questionou, ao me ver sentada em uma das espreguiçadeiras, com o celular no colo, na esperança de receber uma mensagem da médica.

- Hum. - a olhei - Só estou um pouco cansada, mãe. Não é nada demais.

- Essa desculpa não cola comigo. - ela sorriu carinhosa - Me conta o que aconteceu... É algo com a Brunna e por isso ela não está aqui hoje?

- Eu não sei, mãe. - falei sincera - Ela não quer falar comigo. Está assim faz quase uma semana. Não me atende e quando me responde as mensagens é de qualquer jeito. Não sei o que posso ter feito a ela.

- Já tentaram conversar? - perguntou.

- Mãe, ela não quer falar comigo, então não tem como a gente conversar. - sorri sem vontade - Ela não me atende e a última vez que fui em São Conrado o porteiro disse que fazia dias que não via ela.

- A esperança é a última que morre. - ela tirou o celular do meu colo e colocou sobre a minha mão - Liga pra ela de novo, tente mais uma vez.

Pensei em contrariar minha mãe, mas algo estava me dizendo que dessa vez ela iria me atender, então me levantei com o celular na mão e caminhei para o interior da minha casa, discando o número da médica. Tocou quatro vezes, até eu escutar a voz da mulher do outro lado da linha e isso confortou o meu coração.

📱

- Oi, Bru! - falei em um tom calmo, mas por dentro, eu estava desesperada - Estou te atrapalhando?

- Oi, Lud. Eu estava acordando. - comentou.

- Como você está? - questionei me sentando no sofá - Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Eu estou bem. - falou simples - E você?

- Estou bem, também. Com saudades, muita saudade, você não está me respondendo e nem atende minha ligação. - comentei.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora