Ouro branco

921 83 7
                                    

Maratona 2/7

Pov' Ludmilla

Foram pouquíssimos dias longe da Brunna, mas eu senti falta enorme do sorriso dela, do carinho, do cheiro e até mesmo do ritmo das batidas do seu coração, misturado com a respiração enquanto estou deitada em seu peito. Onde estou nesse exato momento.

Já acordei há alguns minutos, mas ainda não tive coragem de me levantar e muito menos acordar a doutora, que está dormindo feito um bebê recém nascido. Uma fofa. Tão fofa que minha maior vontade é guarda-la em um potinho para que nenhuma maldade desse mundo possa afeta-la.

Desde a entrevista da Rebeca e a chuva de comentários sobre isso nas redes sociais, eu ainda não consegui gravar nenhum storie, ou aparecer publicamente para os meus fãs. Me sinto insegura, triste e frágil. Foi como se o maior segredo da minha vida tivesse vindo a tona, de uma forma inesperada.

Ontem pela noite, tive a oportunidade de receber mensagem do meu empresário, que me deu um bom apoio para essa fase e me pediu apenas para ter cuidado quando for explicar todo o ocorrido, pois qualquer palavra dita de uma má forma, poderá colocar muitas coisas em risco. As muitas coisas que eu lutei muito para conseguir.

Escutei a respiração dela ficar fraca, enquanto as batidas do seu coração ficaram mais aceleradas. Ela está acordando. Passado alguns segundos ela mudou a posição das pernas, colocando a direita sobre a esquerda e finalmente abriu os olhos. A primeira coisa que ela fez, foi se certificar que eu ainda estava por ali e a segunda, foi abrir um sorriso contagioso.

- Bom dia, minha vida. - fui a primeira a falar e depositei um beijo rápido no seu pescoço, mas ainda assim pode ver ela se arrepiar.

- Bom dia, amor. - sua voz estava rouca e falha, porém ainda era a coisa mais fofa do mundo - Faz muito tempo que está acordada? - ela se ajeitou sobre a cama, levando meu corpo ainda mais de encontro do seu.

- Alguns minutos. - dei de ombros - Você estava tão irresistível dormindo, que não aguentei me levantar e deixar você aqui sozinha. Então fiquei te admirando.

- As vezes eu me pergunto se mereço mesmo alguém como você. - beijou minha testa - Qual é o seu plano para o dia de hoje? Está de folga?

- Estou! - falei animada - Onde você quer ir? Não planejei nada para nós, até porque qualquer lugar que tenha você, se torna incrível.

- Sabe onde eu queria ir? - questionou e eu fiz um som nasal, para que ela falasse - Em uma cachoeira! Não me lembro quando foi a última vez que fui.

- Linda, você sempre tem os melhores planos para nós. - me sentei sobre a cama - Podemos ir pra Angra dos Reis! Vamos a cachoeira, praia, piscina... Onde você quiser.

- Mas tem mais uma coisinha. - seu semblante se transformou, como quem estivesse aprontando alguma coisa. Ela puxou a gola da minha camisa e levou meu rosto de encontro ao seu - Você tem que ir de moto comigo.

- Moto? - questionei confusa e aflita.

- Sim, minha vida. De moto! - sorriu.

- Bru, não dá pra ir de moto sabe?! - tentei inventar uma desculpa - É muito longe e aquela sua moto não aguenta uma viagem assim, fora que vai me dar a maior dor na coluna e eu...

- Voce sabe que eu não te fiz um convite, não é? - selou nossos lábios - Eu avisei que você vai ter que ir de moto comigo!

- Mas, Bruuu... - choraminguei.

- Não tem "mas, Bru". - me imitou - Vai logo se arrumar! Enquanto você faz isso, eu vou lá em casa pegar umas roupas pra passar o dia e abastecer a moto.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora