Brincadeira boba

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Pov' Ludmilla

A Bru ainda insistiu por um bom tempo que eu estava de papinho com a Dani. Eu sabia que aquilo era ciúmes e raiva por eu não ter a atendido. Evitei ao máximo uma briga entre nós e a levei até o banheiro social do primeiro andar, para lavar o seu rosto e ao menos tentar disfarçar seu semblante de choro. Não que ela estivesse feia, eu só não queria que todo mundo ficasse perguntando o que aconteceu e a deixasse ainda pior.

Trocamos alguns beijos no banheiro até eu conseguir convencer a médica de ir até a cozinha e almoçar. Minha mãe e minha avó estavam no cômodo em todo o momento e conseguiram escutar parte da discussão, mas foram muito discretas e conseguiram disfarçar muito bem a curiosidade delas e se preocuparam em recepcionar a minha namorada.

Enquanto eu a servia com o refrigerante, a minha mãe tinha colocado o prato e estava a entregando. Fiquei ao lado dela, esperando ela terminar de comer e só então seguimos pra área de fora, onde o pessoal ainda estava. Agora Patrícia e sua amiga tinham entrado na piscina e Mateus estava sentado na espreguiçadeira. Me juntei a ele e puxei Brunna pra sentar no meu colo, fazendo um carinho em sua barriga.

- Pensei que nem iria voltar viva. - meu amigo comentou e eu não contive uma gargalhada. O que fez a doutora ficar emburrada.

- Até eu achei que iria morrer. - falei assim que contive minha gargalhada - Mas a Bru é boazinha, né?! - questionei a ela que me ignorou.

- O que tu fez? - me perguntou discreto e eu neguei com a cabeça, pois não queria tocar no assunto, novamente - Tá com medo de dormir na casa do cachorro né?

- Mateus, porque você não vai pegar uma cerveja pra mim, invés de me perturbar, em? - questionei revirando os olhos e ele se levantou.

- Quer também, Bru? - ele questionou pra mulher que está em meu colo, mas ela negou com a cabeça. O menino foi até o freezer e voltou com duas cervejas, uma pra mim e uma pra ele - Toma aí! - me entregou.

- Pela primeira vez fez algo que preste. - sorri - Obrigada, Cavalcante. - o chamei pelo sobrenome.

- Tem chopp, amor? - Bru questionou de forma discreta e eu me surpreendi dela estar com vontade de beber, mas ela rapidamente completou sua pergunta - De vinho.

- Eu não sei. - falei sincera - Mas eu posso ir lá ver, caso não tenha, busco pra você. Tem um barzinho aqui pertinho. - ela negou com a cabeça e se levantou para ir buscar, mas antes Mateus teve que fazer uma piada.

- Eita como é cada de mulher. - o menino comentou e Brunna franziu as sobrancelhas, brava. Mas eu sabia que não passava de uma brincadeira.

- Como você faz pra ser assim tão chato, em? Não é possível que você tenha nascido assim. Certeza que você fez um curso. - resmungou e saiu andando em direção ao freezer. Eu não contive uma risada alta, com a cara de deboche do Mateus.

A médica caminhou até o freezer e ficou por lá, com uma garrafa - que eu julguei ser de cerveja sem álcool - e conversando com a Lu, eu decidi  tirar minha roupa, ficando apenas com o biquíni, pra entrar na piscina. Me joguei de uma só vez e escutei todo mundo reclamar, por eu ter os molhado. Voltei a borda da piscina e mostrei minha língua pra todos eles. Marcos ainda estava na piscina e pulou em minhas costas, ficando sobre mim.

- Filho da puta, sai fora. - reclamei ao sentir o peso do seu corpo sobre mim - Se não sair vai ser pior. - avisei mas ele não escutou. Então eu voltei a mergulhar, segurando suas pernas para que ele não conseguisse soltar e ficando mais tempo que o normal debaixo de água. Quando emergi, ele estava sem fôlego e procurando os melhores palavrões para me xingar.

- Você é insuportável. - Marcos praticamente gritou e me jogou uma boa quantidade de água - Eu te odeio, Ludmilla. - ele estava muito bravo, mas ainda assim era impagável. Teve um momento que eu perdi as forças, de tanto rir, e me encostei na parede da piscina.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora