Senti sua falta :(

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Se eu não te amasse tanto assim - Ivete Sangalo


1 semana depois...

Pov' Brunna

Início do Flashback

- Sabe amor, quando eu for rica, vou te levar pra Paris. Vamos ter uma lua de mel. - escutei Ludmilla falar enquanto faz carinho em meu rosto. Terminamos de ter um sexo perfeito e agora estamos fazendo planos para o futuro.

- E a gente vai casar também? - perguntei a olhando e ela concordou com a cabeça.

- Vamos casar e ter uns cinco filhos. Quero uma menina, igual você. Com esse seu jeito de patricinha e toda delicada. - contou - Depois um menino, também que se pareça com você, seja marrentinho e estiloso. Aí depois os outros podem parecer comigo.

- Como vai ser até isso acontecer? - suspirei temendo que o tempo e a rotina nos separasse.

- Uai, Bru. A gente vai se amar muito até isso acontecer. Vamos viver a vida. Eu ainda vou cantar pra caramba. Você vai viver os seus sonhos. - explicou - A gente se completa, Bru. Não precisa ter medo de me perder, porque ninguém é capaz de me fazer feliz como você.

- Eu te amo muito, sabia? - enxuguei a única lágrima que desceu em meu rosto - As vezes eu me pego pensando, no quanto você é boa pra mim.

- Amor, não precisa chorar. - ela beijou minha testa - Eu sou boa pra você, porque você é boa comigo. Está comigo na minha pior fase. Quando chegar na fase boa, eu vou te dar o mundo.

- O meu mundo é você.

Fim do flashback

Afastei essa lembrança do meu pensamento ao ver a porta do meu consultório ser aberta de forma brusca e no mínimo cinco pessoas vestidas de branco aparecerem. Me levantei de uma só vez e peguei todos os meus equipamentos que vi pela frente. Não foi preciso que ninguém dissesse algo. Apenas corri na direção em que eles estavam indo e me deparei com uma mulher de quase 50 anos jogada ao chão do hospital. Me ajoelhei em seu lado e verifiquei os sinais vitais dela. Muito fracos.

- Oxímetro, por favor. - praticamente gritei em direção a um dos enfermeiro que me olhava assustado - Rápido.

Assim que ele me entregou o pequeno aparelho, coloquei no dedo da vítima e não tive tempo de esperar a resposta, já que meu dedo que estava em seu pulso percebeu que os batimentos tinham parado. Passei uma das minhas pernas para o outro lado do corpo da mulher e comecei uma massagem cardíaca. Fiz três intervalos e ainda assim as batidas não tinham voltado e a respiração muito menos.

- Desfibrilador e ventiladores, com urgência. - voltei a pedir para os enfermeiros - Traga uma maca, pra tirar ela daqui.

Continuei fazendo as massagens cardíacas até que estivéssemos em um lugar apropriado para fazer o uso do desfibrilador e dos ventiladores pulmonares. Meus braços já estavam cansados de tantas vezes que tentei trazer a vida para aquela mulher. Na quinta tentativa seguida do desfibrilador, escutei seu suspiro seguido dos monitores, anunciando que suas pressões haviam se encontrado e não havia mais nada que eu pudesse fazer. Soltei o aparelho e dei um soco ao lado da cama. Todos que estavam na sala suspiraram, como se assim como eu e a família, sentissem muito pela perca daquela paciente.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora