Porque?

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Pov' Brunna

O inimigo - e todos vocês - pensaram que eu seria uma derrotada e não iria ir a academia hoje pela manhã. Mas todos estão enganados e muito enganados. As oito horas da manhã, eu já estava dentro da academia, fazendo o cárdio e me preparando para os exercícios. Mesmo tendo no estômago quase dois litros de café sem açúcar, para aguentar todos os meus afazeres do dia. Uma coisa que eu posso afirmar com todas as letras é que eu sou uma pessoa dedicada.

Malhei por aproximadamente quatro horas, sem ter nenhum intervalo e no final de tudo, meu corpo implorou por um bom descanso e o relógio digital, pendurado na parede, da academia marcava uma hora da tarde. Por isso meu estômago já estava doendo. Doendo tanto, que não aguentei chegar em casa e tive que parar em um restaurante na Barra da Tijuca, para poder almoçar. Caminhei até a mesa vazia e me sentei, ajeitando os meus cabelos que estavam colados em minha pele devido ao suor.

O garçom, vestido de vermelho, foi rápido em me entregar o cardápio, e também como ele, eu fui rápida em fazer o pedido, para matar minha fome o quanto antes. Hoje é domingo e o lugar está consideravelmente cheio, com famílias fazendo o seu típico almoço em família. O som do lugar são as conversas alheias e as vezes choros dos bebês que estão no colo de suas mães, é um lugar acolhedor, e que provavelmente eu voltarei mais vezes.

- Com licença, senhorita. - o garçom voltou, já com o meu pedido em mãos - Aqui está o seu prato. - ele sorriu gentilmente enquanto colocava o prato sobre a mesa - Deseja mais alguma coisa? - questionou.

- Sim. - a olhei com um simples sorriso - Um suco de uva, sem açúcar.

- Irei trazer, só um minuto. - falou gentil e saiu em direção a cozinha do restaurante.

Trouxe o prato para mais próximo de mim e tirei os talheres do saquinho. Esperei que ele trouxesse o suco, para só então eu tirar uma foto para postar quando chegasse em casa, só então eu me servi com o delicioso prato. O meu pedido foi o prato do dia, arroz, feijão tropeiro, macarronada, lombo recheado e salada. Enquanto eu comia, escutei o meu celular vibrar, mas ignorei esse detalhe e continuei a comer.

Demorei cerca de quarenta minutos naquele restaurante, depois disso paguei a conta e fui até a minha moto, dando partida para voltar para casa. Há essa altura já deveriam ser três horas da tarde e o movimento nas ruas do Rio de Janeiro começaram a ficar menos frenético, o que me fez chegar em casa mais rápido do que eu estava esperando. Deixei a moto na minha vaga e dei a volta no prédio, entrando pela portaria principal, encontrando o novo porteiro, com sua feição brava.

- Bom dia, senhor Antônio. - cumprimentei o mais velho, que se quer olhou em meu rosto.

Apertei o botão do elevador e esperei que ele descesse, para só então eu subisse até o décimo andar do prédio. Procurei pelas chaves da porta em minha bolsa, mas me dei conta de que não estava trancada, então só girei a maçaneta e adentrei o apartamento luxuoso, dando de cara com minha mãe e Ludmilla sentadas no sofá da sala, tomando suco e conversando.

- O que é isso aqui? - perguntei e as duas pararam o que estavam fazendo e se viraram em minha direção. Primeiro minha mãe com uma feição seria e depois Ludmilla com um sorriso no rosto.

- Meu Deus, Brunna. Você não atende o celular. - Miriam disse - Estou tentando falar com você há quase duas horas, a Ludmilla está aqui a tempos querendo falar com você. Olha que vergonha.

- Eu estaria aqui, se eu soubesse que teria visitas, eu nem iria sair. - falei grossa - Mas não tem como adivinhar.

- Nossa, filha. - as bochechas da minha mãe se avermelharam - Não precisava falar assim, temos visita. - ela me lembrou que Ludmilla estava ali, embora eu não tivesse esquecido.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora