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Pov' Brunna

- Mas me responde uma coisa. - escutei meu amigo, falar enquanto eu calçava os meus tênis - Você foi na casa dela cuidar do irmão dela, encontrou a namorada dela por lá, veio embora, brigaram por mensagem e ela veio aqui escutar você falar que não a amava mais, ela assumiu que ainda te ama e você assumiu que ainda ama ela. E o que te impede de estar com ela?

Mário chegou aqui em casa um pouco antes do sol aparecer no céu e eu fui obrigada a lhe contar tudo que havia acontecido antes de eu adormecer na noite anterior. E agora ele está me fazendo um questionário, enquanto eu me arrumo para ir com ele e o Ygor, até o bondinho Pão de Açúcar, para fazer algumas fotos. Suspirei pesadamente e o olhei também com uma dúvida sobre essa pergunta.

- Ela está namorando. - dei a resposta sobre a primeira coisa que pensei - E você sabe que agora tudo é ainda mais complicado do que antes. Não é só querer.

- Para mim, isso tudo é falta de comunicação e atitude. - ele ajeitou sua camisa preta - Ao meu ver, você gosta de complicar toda essa situação, Bru. É notório que você quer ela desde que voltou e não é diferente com ela. Mas você esperou ela começar a namorar pra assumir isso. - me olhou bravo.

- Não fala assim comigo. - pedi - E não sou eu que gosto de complicar a situação. A situação que é complicada. - resmunguei -  E eu nem sabia que ela estava namorando. Descobri ontem.

- Ainda bem que descobriu antes delas completarem um ano juntas, não é?! - ele debochou - Ygor disse que elas estão ficando a um tempo já. Deve ter quase um mês.

- Pelo o que eu vi ontem, elas fazem um belo casal. - comentei sincera - Mas acho que a Rebeca não gostou muito de mim.

- Eu também não iria gostar do ex do meu namorado. - ergueu as sobrancelhas - Ainda mais o ex que meu namorado ainda ama. Não seja burra, Brunna. Com certeza a Lud já tinha falado de você para ela e ele não foi boba em perceber que a Ludmilla te olha com um brilho nos olhos.

- Acho que isso é coisa da sua cabeça. - fiquei de pé, arrumando minha blusa social que havia amarrotado - E assim como eu disse pra ela, a gente se amar, não muda nada disso que está acontecendo.

- Não muda para você. - usou um tom de voz engraçado - Eu ainda não sei o porquê da Ludmilla estar namorando com a Rebeca. Ela ficou esses dez anos sem ninguém e foi só você voltar que ela apareceu com essa mulher.

- Isso aí você tem que perguntar para ela, amigo. - suspirei - Podemos ir? Eu já cansei de falar desse assunto e estou doida para tomar café da manhã.

- Vamos lá! - ele se levantou e pegou sua carteira que estava sobre a pequena mesa do meu quarto. Peguei também meus dois capacetes e descemos para o estacionamento do prédio - Vamos fazer uma oração antes, porquê você só sabe correr nessa moto. Se eu morrer, quero ir pro céu.

- Vai a merda, Mário. - resmunguei, mas acabei gargalhando do desespero do moreno ao subir na garupa.

Posso ser uma pessoa irresponsável, mas se estou com alguém em minha garupa, sempre reduzo a velocidade e cumpro todas as leis do trânsito. Dirigi tranquilamente pelas ruas do Rio de Janeiro, até chegar no nosso destino, que pelo horário está consideravelmente vazio, apenas com dois casais passeando com seus cachorros. Ygor já estava a nossa espera e eu o cumprimentei com um abraço apertado.

- Gente rica é um outro nível, não é mesmo, amor? - ele questionou para o Mário, enquanto me admirava.

- Eu te disse que ela é a primeira maravilha do mundo. Se eu fosse hétero, eu ia me esbaldar. - Mário brincou e eu gargalhei alto.

Maliciosa (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora