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- Gabriel, eu acho que não haverá prova de amizade maior que essa! – William recomendou, deu um gole na sua bebida e uma tapinha despretensiosa no ombro de Gabb.

- Eu te amo, cara! – Gabb deu um beijo na testa de William e virou-se para mim com o dedo apontado. Arregalei os olhos, ele ia cumprir o que estava prometendo. – vivi , eu te desafio a dar uma lap dance para o aniversariante do dia, agora! – Decretou sob comemorações e bebidas sendo jogadas para cima.

- Você tinha que falar... – Reclamei com Bianca, dando um gole na minha bebida. Apesar de que dançar em cima de William não seria sacrifício algum, eu não era totalmente atrevida e sem-vergonha.

- Amiga, estou aqui pra enaltecer seus talentos! – Ela me puxou pela perna, me fazendo cair na piscina. Gargalhei com seu susto e sua tentativa de não me deixar afundar.

- Presente de aniversário, ué. – Fane sugeriu e foi como se uma lâmpada se acendesse em minha mente. Sexo, é claro! Eu finalmente havia achado o presente perfeito para Grayson.

- Mas na frente de todo mundo? – Protestei, jogando meus cabelos molhados para trás. – Vocês nunca nem viram a gente se beijando!

- Aceite o fato que você vai ter que rebolar essa bunda em mim, baby... – William apontou para o seu próprio colo e eu cobri meu rosto com as mãos, envergonhada com sua escolha de palavras. Todos começaram a gritar e jogar água em nós.

Era engraçado quando William falava assim comigo na frente dos outros porque, geralmente, nós não ficávamos exalando nossa relação e expondo nossa intimidade. Então, imagino que era um pouco surpreendente para nossos amigos nos enxergar como um casal.

- Ainda não é aniversário dele! – Relatei, usando isso como desculpa para não ter que cumprir o desafio.

- Sinto informar, Violet , mas são exatamente 00:05. – Fane olhou em seu relógio e informou. Significava que já era 22 de julho, aniversário de William Grayson. Bianca berrou e jogou-se em cima de Will IV. Gabriel fez o mesmo. Logo em seguida, Fane e eu acabamos nos juntando ao abraço grupal em William, que gritava sem parar que seu aniversário havia chegado, finalmente!

A partir desse momento, as coisas começaram a ficar nebulosas na minha mente. Foi o momento que nós abusamos da nossa juventude e ingerimos o máximo de álcool que nosso corpo foi capaz de aguentar. Sabe quando todos já estão muito bêbados, cantando as músicas antigas do N'Sync a plenos pulmões e você já está tão bêbada que fica em dúvida do lugar onde você se encontra? Geralmente, essa era a hora em que eu começava a parar de beber. E aos poucos que a sobriedade chegava, a divagação sobre tudo vinha junto.

Eu ficava bêbada e logo começava a me tornar super ciente de mim mesma e do que acontecia na minha vida. Notei que me sentia ansiosa e preocupada com os rumos que minha vida estava tomando. A minha grande indecisão em relação ao meu futuro profissional estava cada dia mais preocupante. Ainda assim, eu estava bem. Pela primeira vez, a minha vida pessoal estava completa.
A maioria das pessoas acha que tem amigos de verdade, acha que sabe o que isso significa, mas a verdade é que você só sabe o que é amizade depois de conhecer as pessoas certas. Eu olhava para Fane, Gabriel e Bianca e sentia meu coração preencher-se de carinho e afeição. Era até estranho confiar tanto em pessoas que você não conhece a vida toda e que não são da sua família. E existe aquele momento, que todos estão correndo pela praia, provocando um ao outro. E um abraço surge no meio do caminho, e uma mão entrelaça na sua e o sentimento de amor profundo quase te engole e até assusta. Naquele momento, com a lua iluminando nossos caminhos pela areia branca, nada mais importava no mundo.

E William... Ah, maldito Grayson.
Ele definitivamente era o maior causador das minhas dúvidas sobre mim mesma e tudo que eu acreditava, mas também era o maior causador da minha ambição. Era culpa dele meu estômago revirar dentro de mim toda vez que ele me tocava. O causador dos meus suspiros. Eu sempre o quero. Quero tudo o que ele é, tudo o que ele pode me oferecer, tudo o que ele não é. Quero ele de todas as formas possíveis. E isso era assustador. Eu sentia urgência em tê-lo por perto e comigo, uma necessidade que eu nunca sentira com ninguém. E era ainda mais bizarro assistir à atração fatal que havia entre nós acontecendo.

Loml? | Will grayson Iv Onde histórias criam vida. Descubra agora