Regiane 01

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ANTES DA PRISÃO DO ZEUS E DO JEFF

Termino de fazer a unha da última cliente e quando ela saí eu limpo o meu mine salão e meus equipamentos de trabalho fecho tudo e subo para casa, graças a Deus a minha mãe convenceu meu padrasto a me deixar usar esse quartinho que tinha aqui em baixo como salão com o dinheiro das unhas abri uma porta que dá para a rua pintei coloquei cerâmica e hoje trabalho para mim mesma não preciso me humilhar no salão dos outros. 

Estou trabalhando de domingo a domingo já tem quase cinco anos e não consigo superar o Fernando isso deve ser porque o vejo todos os dias e pela mágoa que guardo da Andréia traíra desgraçada dos infernos, entro no meu quarto pego uma roupa e minha toalha e vou para o banheiro tomo um banho gelado estou muito cansada, mas vai valer a pena eu preciso juntar o máximo de dinheiro possível para alugar um espaço em outro morro que de para eu morar e montar meu estudio de unhas e ir me sustentando eu preciso sair desse morro ou vou enlouquecer. 

Saio do banho e quando entro no meu quarto Vitinho o meu chaveirinho está sentado em minha cama, passo por ele e vou pentear os meus cabelos e ele só me olha sem falar nada depois que passo desodorante meus cremes e tudo mais paro na frente dele. 

- O que você quer aqui viado? Ele sorri e pega o cooler pequeno que eu nem vi que estava no chão. 

- Bora sentar na frente do seu portão e beber. 

- Estou cansada mona, trabalhei a semana inteira tudo o que eu quero é relaxar na minha caminha. 

- Eu sei que está se acabando de trabalhar, mas precisa relaxar e não vai ser dormindo não vamos para lugar nenhum vamos sentar na frente da sua casa e tomar uma cervejinha e depois você pode voltar e dormir. 

- OK, mas só até o sol se por e nem mais um minuto. Ele concorda, troco a minha roupa por uma que dar para eu sair na rua e desço com ele para o portão minha mãe e o marido dela estão na sala vendo TV. 

- Vai sair? Olho para a minha mãe e nego. 

- Vou ficar aqui na frente do portão com o Vitinho. Ela concorda e saimos, eu não gosto do meu padrasto ele não gosta de mim então falamos somente o necessário um com o outro e não nos metemos na vida um do outro e pronto, se eu não tivesse juntando dinheiro para sair daqui do Alemão eu já teria alugado um lugar para mim e metido o pé dessa casa, sentamos na frente do meu portão Vitinho pega uma latinha para mim outra para ele e começamos a beber. 

- Olha o casal vinte subindo a pé que milagre. Olho para baixo na direção que meu amigo está olhando e vejo Andréia subindo de mãos dadas com o Fernando milagre que o filho deles não está junto, ela olha diretamente para mim e sorri com o deboche de sempre. - Porque todas as vezes que ela te ver ela te olha assim? Vitinho mora no morro a quase um ano ele não sabe da história. 

- Ela era a minha melhor amiga. Desvio o olhar dela e olho para o meu amigo. - Eu ficava com o Zeus não era nada sério mas eu era apaixonada e como achava que ela era a minha amiga contava tudo para ela. 

- Talarica traíra do caralho. Sorrio. 

- Zeus me tratava diferente das outras eu trabalhava no salão da mãe dela e ela também eu fazia unha e ela cabelo, mesmo não tendo nada sério todos os dias ele me mandava o almoço ia me buscar no salão nos bailes me colocava no camarote mandava combo não era rude comigo me tratava com respeito até me levou em uma reunião da facção com ele. 

- Nossa mona e como foi que ela te passou a perna assim?

- Nem eu sei como foi que aconteceu, ela nunca nem me disse que estava ficando com ele eu nunca vi ele dando moral para ela só aconteceu um dia eu cheguei no salão e a mãe dela me disse que não daria mais para eu ficar lá porque a filha dela agora era a fiel do Zeus e como eu tinha um lance com ele antes deles ficarem juntos ela não achava apropriado. 

- Não acredito que a velha meteu essa para cima de você. 

- Pois é, eu não entendi nada mas a minha ficha caiu quando eu vi os dois entrando juntos no salão da mãe dela ele veio querer falar comigo eu sorri e falei que estava tudo bem que não existia nada entre a gente que eu não esperava nada dele e que desejava felicidades para os dois, eu nunca chorei tanto na minha vida viado eu era louca por ele e tinha ela como uma irmã. 

- Ela é muito mal caráter, mas tudo que vai volta mona um dia ela vai ter o dela é por isso que quer sair daqui? Concordo. 

- Eu não consigo esquecer ele, eu sei que é burrice minha eles já estão juntos a anos e tem um filho juntos eu preciso sair daqui não suporto mais isso preciso seguir a minha vida ele foi o meu primeiro e único eu bem que tentei mas não consigo ir para cama com outro. 

- Está todo esse tempo sem?

- Estou. 

- Que chá de pica foi esse hein. Dou risada. 

- Olha, olha se não é  menina que mais trabalha nesse morro dando o ar da graça. Pivete o sub do Zeus para a moto na nossa frente. 

- Como vai? Pergunto e ele ajeita a moto e desce então se senta ao meu lado na calçada e pede uma cerveja que o Vitor entrega para ele. 

- Eu vou bem e você?

- Bem só trabalhando bastante. Ele concorda e toma um gole da cerveja dele. 

- Nunca mais pisou no baile do Alemão, mas bate ponto no da Babilônia. Olho para ele que olha fixo para o Zeus que está no bar duas casas a baixo da minha do outro lado da rua. - Procurando casa por lá, pretende se mudar?

- Me vigiando Marcelo? Ele sorri e toma mais um gole de sua cerveja. 

- Só curiosidade.

- É mesmo? Ele concorda, vejo que Zeus presta atenção na gente não sei o que me dar mas me viro pegando Marcelo de surpresa e tasco um beijo nele. 

- Tá maluca mulher quer me ver morto? Dou risada e Vitinho me acompanha. 

- Fala para o seu chefe que ele não tem nada a ver com a minha vida onde eu vou ou deixo de ir se vou me mudar ou não que ele gaste esse tempo que está sobrando com a mulher dele que ele ganha mais. 

- PIVETE? Zeus grita e Marcelo se levanta, mando beijo no ar para ele e pisco ele nega e termina rindo, ele sobe na moto dele e vai para o outro lado da rua de encontro ao chefe dele que está bolado a cara fechada dele não nega olho para a traíra da Andréia que está ainda sentada na mesa e ela me olha com ódio, eu hein.

- Mona eu acho que não é só você que não esqueceu o passado não, o boy está quase engolindo o Pivete vivo.

- Ele está surtando sem direito a nada des do dia que ele assumiu a traíra como fiel que eu nem perdo dele chego sou livre bebê e como o Pivete mesmo disse só vou nos bailes da Babilônia então hoje eu vou no da Penha que o da Babilônia já não me interessa mais. 

- Você é o erro bicha, não disse que estava cansada e ia dormir? Olho para o meu amigo e sorrio. 

- E eu vou, vou entrar agora e dormir até umas dez e meia da noite então vou levantar tomar aquele banho e depois ficar gostosinha com uma roupa babado e você e eu vamos meter o pé para a Penha. Ele se levanta. 

- Se você diz está dito, estou indo para casa tirar o meu cochilo da beleza hoje a gente se acaba no baile da favela alheia. Dou risada tomo o meu último gole da minha latinha pego o meu tapete e entro, já que na Babilônia tem fofoqueiro eu vou mudar de foco. 


Eita 

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