Aline/ Alina 59

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Aliene é a mãe do Veneno, Gabrielly e Adrielly. 

Nenhuma mãe que é mãe de verdade quer que seus filhos entrem para a vida do tráfico, dinheiro, luxo, e tudo mais que essa vida te proporcione não paga e nunca vai pagar a dor que é abrir a porta de casa esperando o seu filho e ser um dos melhores amigos dele para te dar a pior noticia do mundo, foi assim que eu me senti no momento que vi o Jeff na porta da minha casa de olhos inchados e pela primeira vez na minha vida eu vi aquele garoto de pedra chorar como um menino nos meus braços. 

- Me desculpa tia, eu não consegui trazer o seu filho de volta vivo, me perdoa. Eu o aperto em meus braços sabendo que isso não é culpa dele o Pedro estava ciente de todos os riscos que ele corria no momento que entrou para essa vida e assim como eu estava ciente que no momento que o meu filho escolheu isso para ele no final eu terminaria como estou agora destuída sem forças nem para gritar a dor que me consome de dentro para fora. 

- Diz que não é verdade Jeff. Gabrielly entra em casa desesperada com uma camisa claramente muito maior que ela de cabelos molhados com o Breno atrás dela também de cabelos molhados bermuda e chinelo. 

- Eu sinto muito. Jeff diz e ela se vira para o Breno irmão do meu filho por parte de pai e chora nos braços dele que também chora. 

- Dona Aline eu preciso ir em casa minha mulher amava de mais o Pedro e eu preciso cuidar dela. Concordo. 

- Onde está o meu irmão Jeff? Adrielly chega e com ela está o Caio filho do Chucky do Vidigal, Jeff olha para ela e baixa a cabeça. - Não Jeff não, por favor me diz que é uma pegadinha de mal gosto por favor. Jeff abraça ela e os dois choram abraçados por alguns minutos então ele sai e minhas filhas vem até mim e se abraçam comigo e choramos as três juntas e por mais que eu queira e tente não consigo colocar a minha dor para fora, é como se um bolo se formasse na minha garganta que me impede de tudo menos de chorar. 

A noite cai as meninas ficam encarregadas de receber as pessoas Breno fala com os gêmeos agora oficialmente eles estão a frente do morro porque o meu menino morreu, eu estava tão feliz porque ele iria sair disso não totalmente mas na máfia ele ficaria mais protegido e não deu tempo eu perdi o meu bebê, a dor me consome de uma forma que eu não consigo explicar de uma forma silenciosa que eu sinto me matando aos poucos por dentro, eu só queria meu filho aqui comigo me tirando o juízo com as loucuras dele. 

Me levanto e vou para o quarto dele abro a porta e o cheiro do perfume que ele amava invade o meu sistema olho para as roupas jogadas no pé da cama eu não vim aqui mexer no quarto dele porque geralmente ele é organizado, vejo o chinelo que ele deixou em cima do tapete e o edredom com a cara do coreano que ele curtia as músicas olho para a foto que ele tem na mesinha de cabeceira de nós dois. 

- Meu menino. Me deito em sua cama sentindo o seu cheiro. - Ahhhh meu Deus. A dor explode no meu peito com tudo o grito de agonia que sai de mim consegue ampliar a minha dor mais que tudo. - Pedro meu Pedro diz para a mamãe que isso é mentira uma brincadeira boba sua não me faz viver sem você meu amor não faz isso com a mamãe POR FAVOR PEDRO É SUA COROA QUE ESTÁ PEDINDO. Escuto a porta do quarto se abrindo e vejos as minhas meninas entrar chorando. - Me deixem sozinha eu não quero ver ninguém, não agora por favor. Elas saem assim como eu pedi me deixando com a minha dor e agarrada com a foto e vestida na camiseta com o cheirinho do meu menino eu durmo e sonho que ele está aqui rindo e vivo comigo. 

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ALINA 

Eu jamaís pensei que amaria alguém que não fosse da minha família tão profundamente como eu amo o meu Veneninho não é amor de uma mulher para um homem é o amor de uma irmã para um irmão, de uma amiga para o seu melhor amigo é algo inexplicável. Dizem que almas gêmeas não são somente de casais e quando eu conheci o Veneno foi isso que eu senti ele é a minha alma gêmea o amor da minha vida de uma forma pura e fraternal, estou colocando desfazendo a última mala da viagem a que eu trouxe muitas coisas bonitas muitas roupas de cama diferentes e bonitas quando O Alan entra no closet e me olha e pelo olhar dele sei que coisa boa não é. 

- O que foi? Pergunto e ele vem até mim. 

- Vem aqui, senta aqui. Ele me puxa para o sofá que eu tenho no meio do closet e se senta comigo. 

- O que foi Principe? Ele segura a minha mão e vejo seus olhos se encherem de lágrimas. 

- Princesa, o Veneno.... Ele nem precisa terminar só pela cara dele eu sei muito bem o que aconteceu. 

- Não fala isso Alan. É inevitável as lágrimas vem sem pedir licença e rolam pelo meu rosto como uma cachoeira triste e desesperada. 

- Eu sinto muito. Ele me abraça enquanto chora comigo até que eu me levanto. 

- Eu não vou chorar. Digo limpando o meu rosto. - Não está vendo que isso é uma pegadinha do Veneninho, mas eu vou quebrar a cara dele quando ele chegar aqui. 

- Alina... 

- Ele não morreu principe, é do Veneninho que estamos falando isso é só para nos perturbar como só que dessa vez ele pegou pesado. Meu marido me olha como se eu fosse louca e eu sorrio até parece que eu vou cair nessa patifaria deles, ele o Jeff e o Rogérinho devem estar se acabando de rir pensando na nossa cara com essa noticia falsa, meu marido tenta me convencer de todas as formas, mas não consegue continuo fazendo as minhas coisas normalmente não vou cair nessa, a noite cai e Alan continua me seguindo pela casa como se eu fosse doida deve estar nessa com os meninos assim como na história do susto lá no clube, tomo meu banho e então finalmente a campainha toca é o Jeff assim que ele entra estou desendo as escadas olho para ele e coloco a mão na cintura. 

- Onde está o descarado do Veneninho? Pergunto e meu irmão olha para o meu marido. 

- Ela simplesmente surtou e não aceita de jeito nenhum que ele se foi. 

- Eu não vou cair nessa brincadeira onde está o Pedro? Passo pelo meu irmão e vou até o lado de fora procurar o meu amigo. - Veneninho não tem graça pode aparecer. Falo e olho no carro em volta da casa e nada dele. - PEDRO? Olho para trás e vejo meu irmão meu marido e meu filho me olhando. - Eu não vou cair nessa. Falo chorando. - Ele não morreu Jeff, onde está o Veneninho? Meu irmão me abraça. 

- Eu sinto muito. 

- Não. Me afasto dele e limpo as lágrimas vocês querem me enganar, corro por todos os lados vou na casa do meu irmão e lá encontro a minha cunhada a mãe dela e a irmã dela chorando. PAREM DE CHORAR ELE NÃO MORREU É UMA PEGADINHA DELES. É o que eu quero acreditar tento me agarrar nisso o máximo que posso, mas quanto mais o tempo passa mais fica nitido que meu amigo se foi caio de joelhos no chão a dor é insuportável Alan me pega no colo. - Ele não morreu, ele não morreu. Falo e meu marido me consola sinto uma picada no meu braço olho para o lado e vejo a enfermeira da facção. - Ele não morreu. E não vejo mais nada o doce sono induzido pelas drogas que injetaram em mim me levam da dura realidade onde meu melhor amigo não estar mais. 

É TRISTE, MAS NECESSÁRIO CONFIEM EM MIM POR FAVOR. 

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Proibido - AmanteOnde histórias criam vida. Descubra agora