LM 14

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A pior dor que existe é a da traição e nesse últimos dias o que mais está me acontecendo é isso, eu gostava da Andréia de verdade sempre gostei não entendi nada quando ela sumiu do nada e então quando ela apareceu contando uma história que costuma acontecer e muito nos morros que o cara que era meu chefe estava tentando fazer com uma outra menina eu não tinha porque desconfiar dela que sempre demonstrou que gostava de mim na mesma intensidade que eu gostava dela, o casso é que eu sou um otário mesmo olha só a quantos anos a minha mãe vem me enganando. 

Quando nos mudamos para a CDD eu já ia completar oito anos então eu me lembrava do meu pai e dos meus irmãos não tinha como ela apagar isso da minha memória bem que ela tentou me dizendo que o Jorge era o meu pai e tudo, mas eu sabia que não era e rebatia então ela sentou e me contou a mesma história que me disse no dia que foi me buscar na escola que o meu pai e os meus irmãos foram pegos pelos os inimigos que finalizaram eles que só tinha sobrado nós dois e que para continuarmos vivos era necessário esquecermos isso para os inimigos não nos achar. 

Eu acreditei em cada palavra dela que chorou junto comigo por várias e várias noites enquanto eu sentia falta do meu pai, dos meus irmãos e da nossa casa com o tempo fui aceitando o Jorge ele era bom comigo me tratava como filho e me criou como tal quando os cú azul ceifaram a vida dele eu sofri para caralho foi o pai que eu tive por anos quem me criou e me educou e mesmo assim o amando como um pai eu nunca esqueci o meu pai de verdade e nunca deixei de sentir falta dele. 

Volto para a CDD depois de guardar uma mentira dessas por anos minha mãe sabe que na hora que isso cair nos ouvidos do Negão ele vai vir atrás dela para cobrar o que ela deve a ele e por mais que eu esteja com muita raiva e decpcionado com ela não deixa de ser a minha mãe e ela foi uma boa mãe para mim não quero ver ela morta , volto para a CDD e vou para a casa dela que está arrumando as coisas para fugir. 

- Onde pensa que vai? Me encosto no batente da porta do quarto dela. 

- Embora o Willian vai vir me matar. 

- E no momento que pisar o pé fora desse morro sem proteção quem te mata são os meus inimigos o Pastor vai te picotar e mandar os pedaços para mim. 

- Então me ajuda, me protege dele. 

- E você acha que merece? Ela me olha com lágrimas nos olhos meu rádio toca e os vapor da barreira me dizem que o Negão do Alemão está querendo subir o morro. - Deixa ele subir. Dou a ordem. 

- Não filho, por favor. 

- Não vou deixar ele te matar, mas será cobrada o que não chega nem perto do que você merece pelas suas mentiras e não ouse a sair daqui porque então não vou mover um dedo para te ajudar. Ela senta em sua cama e me olha chorando quem teve coragem o suficiente para fazer bandido de otário tem que ter coragem de enfrentar as consequências, e para ela ainda será suave que não vai morrer saio e vou para a boca central esperar por ele que não demora muito chega com o meu vapor de confiança. 

- Lucas? Eu não me lembro do rosto dele aos poucos a lembrança foi se apagando, mas ao escutar a sua voz parece que voltei no tempo eu o abraço. 

- Eu fantasiei esse dia por tantas vezes que até perdi as contas, como senti a sua falta pai. Ele me aperta mais ainda em seus braços. 

- Eu sabia que a sua mãe tinha pulado com o amante para a facção do Conde por muitas vezes eu quis vir atrás de você e te ver mesmo que de longe, mas eu não poderia arriscar a minha vida porque seus irmãos só tinham a mim e eu já arriscava de mais. 

- Eu entendo, sinto muito pelo o que a minha mãe fez com a gente. Ele beija a minha cabeça e me abraça mais forte, sonhei com esse abraço por tantos anos que é inexplicavel o que estou sentindo nesse momento estar nos braços de uma das pessoas que mais ama no mundo e achou que nunca estaria é tão reconfortante que não sinto vergonha em chorar e baixar a minha guarda para ele porque sei que acima de tudo ele é o meu pai e nada mais importa. 

- Filho eu te amo muito mesmo, sonhei com esse dia por anos mesmo sabendo que não era meu sangue ainda continuava sendo meu filho quem dei banho troquei fraudas passei noites em claro.

- Minha mãe disse que mentiu, que sou seu biológicamente. 

- E eu não me aguento em mim de felicidade sobre isso, só que a palavra da sua mãe não é confiavel o amante dela já não está mais vivo e isso pode ser uma forma dela se proteger. Entendo o que ele quer dizer e mesmo que seja doloroso admitir minha mãe depois de tantas mentiras não é alguém que podemos confiar na palavra. 

- Vamos fazer um exame de DNA eu quero tirar isso a limpo. Ele concorda. 

- Independente do resultado eu quero que saíba que não deixa de ser meu filho amado de quem eu senti falta por vinte anos todos os dias da minha vida. Abraço ele. 

- Eu também te amo pai. Ele sorri. 

- Sua mãe.....

- Eu sei que o que ela fez precisa ser cobrado, mas apesar das suas mentiras ela foi uma boa mãe para mim então cobre só não mata por favor. 

- Eu não vou matar ela por você e espero muito filho, de coração mesmo que não esteja criando uma cobra para te picar. 

- Eu também espero. Mando os seguranças que deixei na contenção da casa dela trazer ela para a boca não vou ficar para ver o estrago e nem a surra que ele vai dar nela é doloroso de mais ter que jver algo assim, olho para ela que está chorando e vejo o medo em seus olhos assim que olha para o meu pai não me atrevo a olhar para ele porque sei que tudo o que vou ver é ódio. 

- Lucas Miguel? Ela me chama quando passo por ela. - Filho? Não olho para trás subo em minha moto e vou para o posto só deixo a ordem para os vapor a levar para lá quando ele terminar, entro no posto e me sento todos me olham e ninguém pergunta nada não ousariam e vinte minutos depois o meu vapor de confiança entra com a minha mãe em seus braços toda arrebentada e sem cabelo ele raspou a cabeça dela, mas deixou viva assim como pedi. 

Ela passa pelo atendimento e fica internada com um braço e duas costelas quebradas, me sento ao lado da sua cama e passo a noite com ela que não acorda devido a cedação de manhã uma enfermeira entra medica ela com remédio para dor e quando ela finalmente acorda seus olhos estão tão inchados que eles nem abrem direito, ela segura a minha mão e chora enquanto espera para alguém vir ajudar ela a tomar banho deixo ela chorar e quando a enfermeira entra beijo a testa dela e vou para casa, tomo um banho e vou para a boca meu pai está lá sentado no sofá da minha sala me esperando. 

- Obrigado por não matar ela. Ele concorda e me abraça eu desabo em seus braços e ele chora junto comigo mas não posso culpa -lo eu quero matar a Andréia aos poucos pelo o que ela fez comigo e nem sei do que serei capaz se descobrir que o garoto que o meu irmão cria for mesmo meu, então entendo o porque ele fez isso e sou grato por ele levar em conta o meu pedido. 

- Eu preciso ir para o Alemão não sou mais o dono, mas mesmo assim ainda tenho as minhas obrigações por lá ainda mais em meio a essa guerra. 

- Eu sei, agradeço por ter ficado aqui. 

- Eu não iria sem te ver. Ele beija o meu rosto e eu beijo o dele. - Eu te amo filho. 

- Eu também te amo pai, vamos marcar para fazer esse exame e tirar essa dúvida de vez. 

- Pode marcar e só me avisa que eu venho fazer. 

- Combinado, nos abraçamos de novo e saio com ele o vejo subir em sua moto e sumir morro a baixo então volto para a boca e começo a trabalhar não é o fim do mundo minha mãe vai se recuperar e para o bem dela espero que essa não seja mais umas de suas mentiras. 



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