18° Passe

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Samira foi muito perspicaz ao colocar meu biquíni na mala.

Durante a semana, quando ela perguntou se eu já tinha "dado tibum na piscina maravilhosa", entendi bem as intenções dela. Mas eu não podia convidá-la, já que sou uma convidada aqui.

Meu biquíni azul-ciano é quase da mesma cor da água dessa piscina que reluz sob o sol.

Apesar de eu não ter grandes problemas de autoestima em relação ao meu corpo, me sinto acanhada quando chegamos no deck e colocamos nossos pertences na mesinha entre duas espreguiçadeiras, pois é a hora de tirar o short jeans.

Perco a coerência de raciocínio quando vejo Zac tirar a camisa, revelando o abdômen definido.

Desvio os olhos rapidamente, sentindo o calor subir pelo rosto. O que deu em mim? Não sou uma adolescente bobinha para ficar constrangida vendo o tronco monumental de um homem.

O breve vislumbre do abdômen desenhado de Zac persiste em minha mente enquanto desabotoo meu short e o desço pelas pernas.

Termino de tirar a peça e caminhamos até a beirada da piscina. Zac olha para mim com um brilho competitivo nos olhos.

— Que tal uma aposta para ver quem chega primeiro do outro lado? — ele sugere.

— Você não aguenta ver uma competição, né?

— Me pegou — Zac dá um sorrisinho culpado, coçando a nuca.

— Olha, eu não gosto de competições. Além disso, eu nem sei na... QUEM CHEGAR POR ÚLTIMO É A MULHER DO PADRE!

Mergulho na água, cortando a superfície com um tibum.

Embaixo da água, escuto Zac pulando atrasado atrás de mim. Mergulho com minha máxima velocidade até o que imagino ser a metade da piscina e retorno à superfície para continuar em braçadas. Escuto Zac emergir também, mas continua para trás.

Nado como se minha vida dependesse disso. Meus braços e pernas reclamam pelo esforço, mas pouco importa, chego primeiro.

Três segundos depois, Zac alcança a borda, passando a mão no rosto para tirar a água dessa cara de perdedor.

— RÁ! Eu venci! Você não é de nada! — jogo água na cara dele, sentindo uma onda de triunfo.

— Você é uma tremenda trapaceira — ele joga água de volta, exibindo um sorriso contagiante que reluz mais que o sol sobre a água.

Passo as mãos no rosto e deslizo meus cabelos para trás.

— Manchete: Zac Dilan é derrotado em competição por garota de menos de cinquenta quilos — lanço em uma clara referência ao dia em que eu falei que jogo melhor que Zac Dilan e ele disse que eu tenho menos de cinquenta quilos. Atrevido.

— Não me esqueci que você me deve uma partida de futebol — ele diz passando uma mão nos cabelos molhados, os fios indo para trás em um visual incrivelmente sexy.

Tudo nesse homem já é sexy normalmente, não precisava de um cenário desse com ele sem camisa e gotas de água escorrendo do seu peitoral para complicar ainda mais a minha situação.

— Desde quando? — desvio os olhos para o outro lado fingindo estar interessada em um acontecimento importante por lá, mas a área da piscina está vazia.

— Desde que você disse que joga melhor que eu — ele provoca em tom debochado.

— E eu jogo mesmo — sustento, olhando para ele de queixo erguido.

— Vai ter que provar — ele me dirige um olhar cheio de desafio, tentando me intimidar.

Como se eu fosse mulher de me intimidar.

Jogada de CraqueOnde histórias criam vida. Descubra agora