Fabinho aparece na frente do prédio em uma limusine preta brilhante, algo tão fora de contexto que não consigo conter o riso.
— Preparados para a melhor noite de suas vidas? — ele pergunta, abrindo a porta da limusine com um sorriso satisfeito.
Zac e eu nos entreolhamos.
— Ele sempre tem que fazer um show, né? — pergunto, rindo.
— É Fabinho, o que você esperava?
Assim que nos acomodamos nos bancos ultra macios, Fabinho estoura uma garrafa de champanhe com um sorriso travesso.
— Essa é só a prévia — diz Fabinho, distribuindo as taças. — A noite é uma criança.
Levanto uma sobrancelha para ele. Ele sopra o ar inflando as bochechas.
— Tá bom, é uma criança que vira abóbora meia-noite. Então vamos aproveitar cada segundo! — dito isso, ele completa nossas taças até quase transbordar.
Quando chegamos à festa, já estou sentindo os efeitos do álcool.
O lugar está lotado e a energia é contagiante. Sinto a excitação no ar, quase palpável, como se todos ao nosso redor estivessem sintonizados na mesma frequência vibrante.
Fabinho nos arrasta direto ao balcão de bebidas, onde nos faz acompanhá-lo em uma virada de dose de tequila.
Ele ri da minha careta, mas Zac faz careta também, o que me leva a supor que, assim como eu, Zac não tem costume de beber algo tão forte.
Resistimos à insistência de Fabinho em virar uma segunda rodada por tempo o suficiente para o álcool em nosso organismo começar a fazer efeito.
Fabinho se aproveita do nosso início de embriaguez e tenta nos convencer a lançar os passinhos de dança dele. Fico morrendo de vontade que Zac ceda, pois adoraria assisti-lo dando esses rebolados para lá de sugestivos.
De repente, na transição da troca de DJ, a música animada acaba e começa uma romântica.
Zac olha para mim.
Engraçado, porque olhar para ele foi a minha primeira reação também.
— Dança comigo? — ele estende a mão para mim, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que faz meu coração se atropelar em seu próprio ritmo acelerado.
Me desmancho em um sorriso bobo.
— Claro — aceito sua mão e ele me conduz até a pista de dança.
Na pista, Zac segura minha cintura e gentilmente me puxa para si. Envolvo o pescoço dele com os braços. Nos movemos lentamente ao som da música.
Duvido que ele saiba, mas a canção que está tocando é muito marcante na história de Clark Kent e Lana Lang, em Smallville.
'Time after time', na voz tranquila de Eva Cassidy, nos braços desse homem, me faz flutuar.
A melodia é linda, calma, reconfortante. Traz paz e segurança; Tudo o que Zac tem sido para mim.
A respiração dele roça minha pele, e o mundo ao redor desaparece. Somos os únicos na Terra, dançando pertinho, imersos na melodia suave que nos envolve.
Zac aproxima os lábios no meu ouvido.
— Acho que nunca te vi tão linda — seu sussurro é como uma carícia em minha orelha, provocando um arrepio que desce pela minha espinha.
Fecho os olhos e repouso a cabeça no peito dele, reconfortada pelo seu calor, seu cheiro, e as batidas de seu coração.
O que eu sinto por esse homem não é uma simples paixão. E o amo. Profundamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Jogada de Craque
RomanceAs probabilidades não poderiam estar mais enganadas ao afirmar que as chances de Zac Dilan - o grande camisa dez do Cruzeiro - chutar a bola na direção da arquibancada e acertar em cheio a cabeça de Rebeca - a odiadora número um do esporte - eram ze...