Capítulo 58- Realidade

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Ele olhava para mim como se houvesse encontrado um fantasma. Rapidamente endireitou-se a cama e continuou a mirar os meus olhos. Eu sorri nervosa não entendendo o que estava acontecendo. Principalmente porque eu não conseguia acordar desse sonho e para falar a verdade eu não queria acordar.

- Você está aqui. Ele sussurrou. - Você está aqui!

Ele segurou os meus ombros e me trouxe para perto de si. Apertou o meu corpo como se há muito tempo não me visse. Beijou meu pescoço, juntamente com toda a extensão da minha face. Ele estava desesperado.

- Não acredito que voltou para os meus braços! Ele beijou os meus lábios e eu o sentia com nitidez. - Eu sabia que iria me perdoar. Dou a minha palavra que volto com a decisão de lhe rejeitar.

- Você me quer como sua companheira?

- É claro, Kira. Eu jamais queria que fosse embora. Eu disse aquilo tudo em um momento de fraqueza. Me perdoe, por favor.

Nos beijamos novamente. Aquele era um beijo de perdão, de saudades, de um amor mútuo que jamais deixou ser abatido. Eu sentia o seu corpo quente junto ao meu, principalmente quando me segurou e me jogou sobre a cama deixando o seu corpo suspenso.

- Como você fez falta...

Ele atacou os meus lábios como um lobo predador que era. A fome e a vontade de ter o meu corpo, eram perceptíveis em cada movimento seu. Ele apertava minha cintura como se fosse quebrá-la, e eu confesso que não ligaria se isso acontecesse. Estávamos envoltos de luxúria e euforia. Há muito tempo não nos encontrávamos e quando o casal de companheiros se reúne, é como fogos e explosões, algo mágico acontecia, estávamos entorno disso.

Ele retirou a roupa que eu estava, deixando cair levemente ao colchão. Ele beijou os meus ombros enquanto suas mãos exploravam a minha pele. Não precisava dizer o quanto eu estava extasiada com aquilo. Ter o meu companheiro novamente era incrível. Lua estava iluminada, e eu não estava diferente.

- Não se apaixonou por ninguém além de mim, não é mesmo?

Ele sussurrou em meus lábios. Não poderia dizer que eu considerei que Christopher fosse a minha segunda chance. Apertei os olhos e balancei a cabeça, ele era passado.

- Não, eu não poderia me apaixonar por ninguém que não fosse o meu alfa.

As palavras saíram da minha boca como uma cadela obediente. No final de tudo era isso que eu era. Uma cachorrinha do dono, e eu não reclamava por isso. Gostava de ser submissa dele, estar debaixo da sua supervisão, isso me deixava exitada.

- Muito bem, minha menina.

Novamente nos beijamos, sedentos por mais. Eu queria que o tempo parasse. Não precisava de mais nada além dos nossos corpos fundindo. Estar com ele era a resposta para todas as minhas perguntas.
Ele continuou. Eu estava totalmente entregue ao seu toque. A forma que conduzia a situação era totalmente avessa do abuso que eu sofri. Não estava sendo obrigada a nada, isso era essencial. Esqueço Richard e tudo que ele me fez passar. Esconderia esse segredo eternamente, pois não quero mais problemas para ele. Caso Tyson descubra o que ocorreu, não exitará em assassiná-lo.

Eu replicava os seus movimentos, o acariciando como ele fazia comigo. Aparentemente o alfa gostava quando eu tomava atitude, então levei toda a situação conforme eu queria. Retirei totalmente a calça que o cobria, deixando disposto para mim. Minha boca salivou ao constatar a sua protuberância.

- Tyson.

-- Vem, minha menina.

Então eu fiz o que tinha vontade. Minha boca ganhou forma, ao coloca-lo dentro de mim. Eu fazia os movimentos calculados. Apesar de não ter experiência, a minha inexperiência o divertia. Mordi levemente, e o olhei como uma garota perversa. Ele balançou a cabeça repreendendo a minha atitude.

Continuei a instigá-lo, sugando toda a extensão, colocando o mais fundo possível. Posteriormente eu avancei os meus seios, e os posicionei entre eles. Enquanto eu apertava, aumentando a sua excitação, ele me olhava com os olhos de poucos amigos. Sorri em rebeldia, e aquilo foi a gota d'água.

- Não brinque comigo. Eu não sei jogar.

Rapidamente ele me puxou pelos ombros e me pressionou ao colchão. Era inútil fazer força oposta e eu não queria. Estava rendida, totalmente liberta para aquele homem. Ele desceu os lábios em minha sensibilidade e devorou como somente um macho alfa sabia fazer. Eu me contorcia, lutando para não gritar, inevitavelmente isso aconteceu.

- Tyson!

Eu sentia que puxava forte, como se fosse a sua última refeição. Jamais havia sentido sensação como aquela, rapidamente me fez chegar ao limite. Ele queria mais, eu queria mais, então em poucos segundos estava afundando forte em meu ser. Novamente eu soltei um grito desesperado da garganta como se minha lua quisesse sair de mim.

- Eu te disse, não sei brincar. Por que me provoca, se não gosta do meu lado monstro e obscuro?

- Quem disse que não gosto?

Essa foi a última egota d'água para o lobo. Ele se transformou em algo sanguinário, jamais havia o visto dessa forma. Tomando impulso, ele colocou de uma forma, a qual eu não sabia que gostava. Em seus braços eu delirei gritando como uma gata manhosa, não parecia mais que ele era uma loba. Eu o sentia dentro, fundo, e aquele era o melhor lugar para estar. Depois de algumas investidas, logo ele se derramou dentro de mim, e eu também não demorei.

Seu corpo cansado caiu sobre o meu, o nosso suor e respirações atravessaram uma a outra. Aquela era a melhor noite que eu tive em toda minha vida. Novamente eu olhei para o seu rosto, mas algo estava estranho. Aos poucos ele foi sumindo, como se fosse um sonho.

- Tyson.

- Kira

- Tyson!

Então eu despertei. Minha cama estava molhada de suor, meu coração batendo descompassado e minha respiração desregulada. Novamente eu não enxergava nada. Então era realmente um sonho? Soltei um suspiro cansado. Dei um passo para fora da cama e nesse momento senti meu ventre se acontecer. Coloquei a mão por debaixo e constatei que eu estava nua. Os sinais da transa anterior estavam presentes, juntamente com as dores no corpo, nos locais exatos em que Tyson pôs a mão.

- Não era um sonho.

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A companheira cega do alfaOnde histórias criam vida. Descubra agora